Depois
de dezessete anos no ministério, convivendo com milhares de pessoas, podemos
resumir as mais variadas personalidades a dois tipos apenas; e é acerca desses
dois tipos que vou tecer um breve comentário.
Quando
chegamos em uma igreja e começamos a desenvolver relacionamentos, ao mesmo
tempo começamos a enxergar quem é quem dentro desse contexto. As pessoas interagem de duas formas distintas.
Essa
interação é vista no comportamento posterior ao ensino recebido. Uma das
reações que podemos ver é o interesse no ensino recebido. Elas questionam com a
finalidade de saber um pouco mais, querem aprofundar no assunto. De mesma sorte
se lembram de alguns casos e procuram tirar a dúvida quanto a relação do que
vivenciaram com aquilo que foi ensinado.
Ainda
esses, quando se veem confrontados com o ensino, analisam a própria maneira de
ser, de falar, de agir, de pensar, passando a repudiar a si mesmo mediante o incômodo do Espírito causado pela Palavra de Deus impulsinando o indivíduo à santificação.
A
última observação que farei desse tipo de crente é o seu sentimento com
respeito ao pastor. Esses, não enxergam o pastor como ameaça, nem mesmo têm
pensamento do tipo: “Não tenho medo dele...”; “Não devo nada a ele...”, ou
ainda: “Ele não tem nada a ver com a minha vida”. E quando não pensam dessa
forma, atendem à ordenação divina.
Dessa maneira,
tais crentes que não pensam dessa maneira, respeitam o pastorado, respeitam a figura
do pastor, pois entendem corretamente o que é a figura do pastor: O pastor é
apenas um porta-voz da Palavra de Deus. E, como tal, o princípio do Quinto
Mandamento se aplica na figura pastoral, o que vale igualmente para os oficiais
da igreja diáconos e presbíteros.
É sobre esse
tipo de crente que a Palavra de Deus afirma: *2 Porque a minha mão
fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o SENHOR, mas o homem
para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha
palavra. (Isaías 66:2)*. Acaso não é por meio do ensino
pastoral que a Palavra aflige o pecador, abate o espírito altivo e faz tremer a
alma de pavor do inferno diante da Palavra exposta?
O outro tipo de crente que podemos ver, deles não há muito o que dizer. De fato, não há o que temer da figura pastoral, mas a maneira como ele enxerga isso e continua vivendo sua vida, sem buscar intensamente mudanças significativas, desprezando o ensino, isso só demonstra uma total falta de temor dos princípios bíblicos trazidos por ele. Esse tipo, ao ler esse texto, seu primeiro pensamento será de desprezo.
Não há muito o
que se dizer acerca desse tipo, exceto que se comportam como joio e continuando
assim o inferno será seu recanto. Lá será o lugar onde o choro será compulsivo com
incessante arrependimento porém, tarde demais.