sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Benção organização IPB em Baião – 12 de agosto de 12




            Meus irmãos.
Tendo um dia eu e vocês em um passado distante ou perto nos reconhecido como pecadores ; Tendo um dia eu e vocês sido transformados de criaturas em filhos de Deus; Não foi através de outra coisa a não ser através da maravilhosa graça do Senhor Jesus;
Não nos foi concedida a graça por que eu e vocês somos merecedores dela; Não nos foi concedida a graça por que eu e vocês somos melhores que o restante do mundo; Do contrário, se assim fosse, a graça já não seria graça e sim uma compra, ou um direito
Mas nos foi concedida a graça por que Deus é Soberano sobre todas as coisas e assim ele determinou por seu grande amor que fez com que nos enviasse o seu Filho para pagar o preço e apagar a nossa culpa pelos nossos pecados.
E hoje recebemos a benção de sermos chamados filhos de Deus, com a eternidade garantida ao lado de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, por que o Espírito Santo de Deus nos regenerou para uma nova vida, quando então por esse motivo passamos a ver o nosso passado o quão distantes estávamos de Deus; passamos a olhar o presente vivendo um dia de cada vez mas de olhos fixos para o Senhor de nossa salvação da qual desfrutaremos em sua companhia e assim somos consolados acerca  de nossa eternidade.
Muitas vezes somos levados a crer que estamos distantes da vontade do Senhor por causa de um ou outro problema; mas esta é uma visão esgoísta que nos faz pensar que tudo tem que ser feito conforme nos achamos ser o certo. Mas não é assim, pois  mão do Senhor esteve conosco em todo o tempo. Não seria possível a organização desta congregação em igreja exceto pela presença do Senhor à frente deste trabalho bem como à frente em nossas vidas, pois somos miseráveis pecadores e dEle não merecemos nada. Mas Deus é longânimo e asas benigno.
Que a Graça, a misericórdia, a paz e o consolo do Nosso Deus nos sejam derramados hoje e sempre sobre toda a igreja do Senhor, sobre a IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL EM BAIÃO. Amém.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

De fato existe verdade relativa



            O Mecanicismo pós Iluminismo foi um movimento que trouxe algumas conseqüências no que diz respeito à maneira do ser humano estruturar seu pensamento. Se o Iluminismo crivou tudo sob a razão, o Mecanicismo determinou que o homem é como uma máquina e como tal pode ser particionado para ser estudado.  Da mesma forma o pensamento, a linguagem, a biologia, etc. tudo pode ser estruturado para ser entendido. Com essas premissas surge a relativização da verdade. Dizem que “não há verdade absoluta”, mas isso é uma incógnita, pois não pode ser absolutamente provado.
Dizem que Einstein já provou a teoria da relatividade, e que isso é físico e matemático, não tem contestação. O problema é que esta teoria de Einstein foi construída sob a perspectiva de um valor absoluto que é a velocidade da luz. Ou seja, a teoria matemática da relatividade só é possível pela existência de um absoluto, de forma análoga, a verdade é, isso é lógico!
Já está em crise esse modelo científico. Já se provou que as sensações são falhas cientificamente, já se provou cientificamente que a ciência é falha. Como crer em algo que se diz inerrante, mas prova por si mesma ser falha? Então, se é falha a ciência não se pode afirmar  por ela mesma que a ciência é falha; mas se não se tem certeza disso então tudo é falho.
O problema está em saber o que torna a relativização da verdade um fato, não porque não exista uma verdade absoluta, mas por que uma visão relativa não tem qualquer capacidade de contemplar o absoluto. Não estou afirmando que temos como ter uma visão absoluta das coisas, mas afirmo que temos como contemplar esse absoluto pela fé, e só desta maneira é possível.  Mas não se trata de uma fé cega nas sensações, mas de uma fé verdadeira e objetiva, direcionada, divergente do empirismo.   
Vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos, falamos, são todas as maneiras de nos relacionarmos, de trocar informações com o mundo à nossa volta. Somos seres sensitivos, por que vivemos sob a égide das sensações. Dizemos que somos racionais, por que nossa geração tenta racionalizar as sensações. Então o que de fato acontece é que se crê nas sensações.  Digo crê, por que as sensações sobre qualquer coisa podem estar equivocadas, nem sempre estão certas; e se nem sempre estão certas não podem nunca ser absolutamente confiáveis.
            Vemos que até mesmo os apóstolos e profetas passaram por situações em que as sensações lhes enganaram e que por esse motivo foram tidos como homens de pouca fé, ou pior, homens duros de coração. Falamos, como por exemplo, a noite em que Jesus e os discípulos estavam no barco sendo assolados pela tempestade. Os discípulos com medo (sensação, sentimento), clamaram pelo auxílio do Senhor.
       Doutra sorte os discípulos atravessando o mar da Galiléia e não conseguiam chegar à outra margem viram (sensação – empirismo) Jesus vindo por sobre as águas e pensaram ser Ele um fantasma (engano produzido pela sensação).  Mesmo nós crentes produzimos falsas sensações até mesmo acerca do Senhor Jesus, fundamentados em nosso achismo, em nossas convicções, em nossas sensações sobre a verdade.
            Tanto a humanidade decaída quanto os crentes desviam-se da Verdade Suprema, Absoluta, quando esperamos ser uma total verdade aquilo que pode ser produzido, avaliado, mensurado, pesquisado, observado pelas sensações, pelos nossos sentidos. Cristo nos chama para olhar a Verdade além de nós mesmos, além do nosso mundinho sensacional. É por isso que ele rechaçou com os discípulos a caminho de Emaús que não O estavam reconhecendo devido ao fato de eles não estarem crendo exclusivamente na revelação suprema, na verdade absoluta a Palavra de Deus, a Bíblia.
            Deus nos chama para darmos, o que muitos chamam de um salto no escuro. Mas este escuro não é por que não exista nada lá, ou se trata de um abismo sem fundo, mas o escuro é a nossa própria cegueira em não enxergar a absoluta verdade, e o salto é o que a Bíblia chama de fé. Por isso muitas de nossas ações fracassam, e nos lançamos cada vez mais no pecado por que não cremos nessa verdade; e preferimos lançar nossas vidas, desejos, atitudes, futuro naquilo que estamos enxergando, sentindo, falando, apalpando, cheirando, ao contrário de nos lançarmos naquilo que é mais seguro: ao ver de muitos um salto no escuro, mas para nós um salto na luz da revelação da Verdade Absoluta inspirada e inerrante de Deus, a Bíblia.    

Rev. Júlio Pinto

domingo, 19 de agosto de 2012

O pastor e a comunidade cristã... Saberes e práticas.




·         Mitos sobre o pastorado.
o   Muitos cristãos desenvolveram ao longo de tempos mitos e ideias equivocadas acerca do papel do pastor frente à  comunidade cristã.
o   Tais ideias são, em muitos casos, distorções a partir de textos bíblicos que são entendidos de forma rasa, portanto parcial. Na pior das situações os entendimentos expostos na prática da vida de cada um são feitos de acordo com a situação que estão vivendo. Daí a situação deixa de ser analisada conforme os preceitos bíblicos e passa a ser analisada de acordo com o problema que se vive. Isso é pragmatismo, não é cristianismo. E isso é feito desta forma pela grande maioria dos cristãos, até mesmo os reformados.
o   Tais entendimentos são levados a cabo em várias situações: quando há disciplina; quando há problemas familiares sérios como o divórcio; quando um filho ou parente se afasta da igreja e cai em pecado, ou cai em pecado e se afasta da igreja, quando há assembléias para escolha de pastores e oficiais.
o   Nestes momentos os mitos relativos ao pastorado assumem uma aparência cristã, mas que de bíblicas não têm absolutamente nada. As práticas não são analisadas à luz da bíblia, mas o que acontece é a bíblia passa a ser analisada de acordo com o problema. Ou seja: se tem um problema, fazem uma análise superficial do problema, pegam a bíblia e tentam achar uma justificativa para os seus atos, e colocam a culpa nos oficiais da igreja.  Isso é tirar o foco de Deus, da Bíblia e colocá-lo no homem e seus problemas.
o   O que acontece então nestes momentos é que as manifestações, em muito dos casos assumem um ideal particular de querência e ideal de como deve ser um pastor, ou um presbítero ou diácono. Ou seja, desejam um pastor, um oficial segundo o que eles entendem ser um pastor, ou um oficial ideal, segundo a sua necessidade e não segundo os padrões bíblicos.
o   Desta forma os líderes que querem não são líderes bíblicos, mas líderes que atendam às suas necessidades, líderes que atenda às suas próprias ideias líderes.
·         Um erro grave de cristãos professos, sinceros, é o de querer manipular o pastorado segundo seus próprios interesses egoístas, como se o pastor fosse um empregado que precisa atender aos seus interesses. É desta forma que surgem aqueles que nos corredores eclesiásticos são conhecidos como os “donos da igreja”.
·         Esta preocupação com quem vai ficar à frente, na liderança da igreja com uma ideia aparentemente bíblica de ideal não passa de uma preocupação egoísta de defender seus próprios interesses e que, via de regra, são completamente contrários ao ideal bíblico.

Então vamos começar pelos mitos criados pelos egocêntricos acerca do pastorado.
1.    O pastor é responsável por uma condição de vida dos crentes. Oriunda de um pecado ou irresponsabilidade pessoal ou familiar. Antítese: o crente é o responsável pela sua condição de vida e pelas consequências pelos seus pecados – Romanos 14:12  Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.;;; Gênesis 4:7  Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo
2.    .O pastor tem que estar presente em todos os trabalhos da igreja...  antítese: afinal o pastor não é a igreja, o pastor não não é onipresente. O pastor também se cansa, fica doente, fica triste, tem problemas em casa com os filhos, com a mulher, o pastor também peca, não é onipotente não é Deus. A igreja tinha pastores e mestres, diáconos para cada um estar atendendo à igreja em sua necessidade. Efésios 4. 11  E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12  com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,
3.    O pastor tem que fazer todas as visitas, antítese: ele ensina como se faz e faz algumas delas, o pastor não é onipresente. Aliás, já foi falado que o pastor deveria estar presente às visitas. Contudo, não foi nem uma nem duas vezes que propus à igreja que façam as visitas e nos casos mais difíceis o pastor se faria presente quando informado pelo crente. Eu avisava: “MARQUEM AS VISITAS E ME AVISEM O DIA E A HORA”. A questão é, quem marcou e me avisou? Ninguém! Já me disseram que seria necessário fazer uma visita a fulano e a beltrano, e afirmei, “ENTÃO MARQUE A VISITA E ME AVISE DO DIA E DA HORA”. Ninguém retornou.  
4.    O pastor tem que organizar tudo na igreja sua esposa também, afinal ela é mulher do pastor.... Antítese – para isso a liderança (presbíteros e diáconos são eleitos) Exemplo: Moisés: Somente as causas mais complicadas eram levadas perante ele. Mostrar um diagrama estrutural de organização de trabalhos... ver slide. Efésios 4.12; I Co 12.23  
5.    Nós crentes não precisamos fazer exatamente da forma que o pastor está ensinando. Esta é a visão do pastor, outros pastores fazem de outro modo e então podemos fazer de outro modo também...
a.    antitese   o pastor é autoridade máxima sobre o ensino na igreja, ir contra seu ensino é ir contra sua autoridade delegada por Cristo.
b.    Quando o crente é batizado ele admite se sujeita à autoridade da igreja local, que é o pastor, e agora aos presbíteros e diáconos. Ir contra o ensino do seu pastor mesmo que outros pastores fazem diferente é pecado.
c.    Só há uma única possibilidade de fazer diferente do que o pastor ensina; mas para isso o que se precisa avaliar é se o que o seu pastor está dizendo está coerente com as Escrituras ou não.
d.    Nosso ponto de avaliação sobre o que podemos fazer ou não podemos fazer, nunca pode ser as outras pessoas, nunca pode ser o que outras pessoas fazem ou deixam de fazer, mesmo que sejam essas outras pessoas sejam pastores também. Fazer algo simplesmente por que o outro faz é antibíblico e anticristão. Pois a regra de fé e prática do crente não pode ser o outro, mas tem de ser a Palavra.
e.    Todo o comportamento que temos e fazemos na vida tem de encontrar respaldo, tem ser autorizado na bíblia e não na vida do outro. Neste ponto, como saber se o que o pastor fez está certo ou errado para que eu possa copiar ou não o seu comportamento? Só por que o pastor fez não quer dizer que está certo. Mas o que se fez deve ser confrontado com a Palavra, mesmo o pastor. E se estiver contra a palavra é pecado e passível de disciplina e exclusão também.
f.     Mas o pastor não pode ser excluído da igreja, por ele ser membro do presbitério e não da igreja; então se o pastor cometeu um pecado e não foi disciplinado, excluído do pastorado, quem vai responder diante de Deus sobre sua permanência é o presbitério. Mas alguns crentes ao invés de perceber nestes acontecimentos o erro do presbitério, eles preferem pegar o modelo de comportamento pecaminoso do pastor e fazer uso dele para justificar o seu comportamento pecaminoso também.
6.    O crescimento da igreja é dependente da atuação dos membros com relação ao evangelismo. O pastor não pode se dedicar inteiramente ao evangelismo, pois a igreja exige dele uma presença mais intensa nos trabalhos, aconselhamentos. Muitos irmãos não estão na casa do pastor e não percebem que tem dias que o pastor precisa fazer 3  a 6 aconselhamentos que muitas vezes duram até três horas cada um.
a.    Os santos estão sendo pouco aperfeiçoados e, assim, desempenhando pouco seu serviço, tendo, como conseqüência, pouca edificação do corpo de Cristo. Para isto mudar é necessário e essencial um discipulado pessoal. As pregações são muito importantes, mas é no discipulado do dia a dia que as verdades pregadas são lembradas, se tornam realidade e prática de vida.
b.    Para que isto aconteça, é necessário que todos se disponham a trabalhar e usar seus dons, a visitar e acompanhar uns aos outros . Deve haver as reuniões maiores com toda a igreja, reuniões com grupos menores e acompanhamento individual . Multidões passam, o discípulo é quem permanece firme! Todos devem ser discipulados, porque até um pequeno membro é importante e todos temos um serviço a prestar no corpo:
c.    Neste aspecto os crentes precisam atuar diretamente na questão do discipulado. Efésios 4.15-16


ESTUDO NA EBD BAIÃO EM 19 DE AGOSTO DE 2012