segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Politicagem, política e pastorado.

“O homem é um ser político”. Aristóteles já definia séculos antes do surgimento de outros termos e definições mais modernas de república ou democracia, que a política é parte essencial do ser humano. Se é humano, é político. Na sua definição mais remota, política é a arte de governar a polis (cidade). Mas esta arte desde a sua mocidade exige um determinado comportamento ético relativo a ela. Um comportamento que seja aceitável pela proposta moral uniforme entre os homens. Mas não existe um consenso definido nesta dita uniformidade uma vez que a aceitação dos conceitos éticos, morais são subjetivos. Cada um pensa e define como quer. E quando esta diferença extrapola o consenso geral diz-se a respeito dela que não é ética, consequentemente não é moralmente aceita pela maioria, chamam-na de imoral ou, em extremos, amoral. Daí se vê a definição do que vem a ser a politicagem, ou seja: uma distorção da verdadeira política baseada em uma moral considerada ética, se assim podemos concatená-las, pela maioria. Mas há uma diferença que precisa ser levada em conta. A moral é algo que Deus colocou no coração do homem feito à sua imagem e semelhança. Em nós havia sido implantada um espelho da perfeita moral divina, que deveria ser usada para o governo. (... e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar”... deu-lhe domínio....). Com a entrada do pecado, a distorção desta moral é o que restou para a humanidade praticar o governo. Influenciados por esta condição política do homem, muitos pastores levam a politicagem para o seu círculo de relacionamento, como um modelo humano de política a ser seguida. Tentam desvencilhar a politicagem, a que chamam de política equivocadamente, do padrão ético e moral exigido por Deus em suas vidas, uma vez que, dizem, são nova criatura. Entretanto, a politicagem se torna seu padrão de comportamento ao invés da Escritura que afirma: “Com efeito, dos que em ti esperam, ninguém será envergonhado; envergonhados serão os que, sem causa, procedem traiçoeiramente (Salmos 25:3). “...se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;”(Romanos 12:18); e decorrente disso: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14). Existem momentos nestas relações que me causam asco em perceber que ao invés de praticarem a Palavra, ministros estão praticando a politicagem para satisfazerem aos seus próprios desejos e inclinações politiqueiras. Alguns destes ministros chegam a se elevarem e serem elevados pelas ovelhas de que tomam conta à categoria de semi-deuses. Elevam-se por que acham o que fazem normal e chegam a ter sensação de dever cumprido, mas se esquecem que todos os nossos atos, por mais puros que imaginam ser, estão completamente recheados da podridão do pecado e que precisam ser pesados na balança da justiça divina, como disse Isaías: “todas as nossas justiças são como trapos da imundícia”. Tudo aquilo que julgamos ser a mais justa e justificada ação, obra, ou pensamento, são como farrapos cheios da sujeira humana. Os tempos se aproximam! Tenha misericórdia de nós Senhor!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Círio de Nazaré, cultura, religião e celebração da estupidez humana.

Veja onde o ser humano é capaz de chegar na sua busca para preencher o seu vazio espiritual. Todos os anos vemos uma multidão de pessoas agarradas a uma corda que conduz uma imagem de Maria de Nazaré. Pessoas passam mal, sofrem, pagam penitência, tudo para chegar perto de uma imagem que tem olhos e não vê; tem ouvidos, mas não ouve; tem mãos, mas não pegam nada; tem pernas e precisa de quem a carregue. Cantam louvores a essa imagem, rogam para que ela interceda por eles, mas é surda, pois é feita de gesso, como pode ouvir? Vai de uma igreja a outra, de um estado a outro, mas não pode ir por conta própria, é uma imagem, uma estatueta sem vida, e sem vida espiritual, mortos espirituais, são todos os que a conduzem, que a louvam, que sangram seus pés para vê-la, para conduzi-la. Da mesma forma acontece com qualquer outra das facetas de Maria criadas pela tradição católica espúria à Palavra de Deus. Dizem que isso é devoção, demonstração de fé. Mas a Bíblia aponta que isso é crendice popular e pagã, também fala claramente que é um pecado terrível chamado idolatria. Idolatria é prestar qualquer tipo de culto a uma imagem que representa qualquer coisa, ou qualquer um que pisou ou pisa sobre a terra, ou nada sob as águas, ou voa nos céus. Por longos anos a Igreja Católica vangloriou-se de ser a primeira igreja a surgir após Jesus Cristo ter fundado o cristianismo e esse se espalhou pelo suor dos seus apóstolos. E se hoje os apóstolos estivessem aqui, se pudéssemos ver ao Senhor Criador dos céus e da terra, Jesus Cristo, o que eles diriam acerca dessa tradição da igreja Católica, e outras de  suas tradições que não tem qualquer fundamento na Palavra de Deus que é a Bíblia? Será que as suas palavras seriam diferentes das palavras que Eles disseram no passado? Se hoje a palavra de Jesus Cristo fosse diferente das que Ele disse no passado, Jesus Cristo não seria Deus, não seria digno de louvor, pois teria mudado de idéia. Quando se muda de idéia é por que se considerou errado e se Cristo errou Ele não é Deus. O testemunho que hoje a Igreja Católica dá de si mesma é que ela deixou de ser a igreja de Cristo para se tornar uma igreja que conduz milhões de pessoas ao inferno por incentivá-las à prática do pecado de idolatria. Em outras palavras, deixou de ser a igreja de Cristo para se tornar a sinagoga de Satanás. A mente das pessoas crédulas de que estão no caminho certo está tão cauterizada por causa deste pecado que mesmo elas lendo o texto bíblico sagrado em suas próprias Bíblias católicas não conseguem se convencer de seus erros. Pois crêem mais na igreja do que na Bíblia, crêem  mais no papa do que nas palavras inspiradas a Moisés, ou aos outros profetas; crêem mais no papa do que  nas próprias palavras de Jesus Cristo, ou dos apóstolos. Acreditam que o papa não erra, por que um deles a pouco mais de 100 anos disse que não errava; é o cúmulo da arrogância de um homem afirmar tal coisa, e um cúmulo da ignorância aqueles que lhe deram e lhe dão crédito. Entretanto, cremos na misericórdia de Deus que pode, através do Espírito Santo falando através da Escritura Sagrada, convencer os homens de seus pecados e conduzi-los ao único mediador possível entre Deus e os homens, o próprio Deus que se encarnou para este fim, para ser mediador: Jesus Cristo. Mas a igreja Católica colocou sua mãe carnal em seu lugar, e se esquecem que sua mãe poderia ser qualquer uma. Maria foi escolhida não por que era menos pecadora do que as outras, mas por que ela mesma disse: “o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,”(Lucas 1.47). A humilde jovem se confessou pecadora, pois declarou que Deus era seu Salvador, e não se precisa de um salvador quem não tem pecado. Foi escolhida por que sabia que era uma pecadora carente de um Salvador. Rev. Júlio Pinto Igreja Presbiteriana do Brasil em Baião

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ignorantes por conveniência

Às vezes a ignorância pode ser uma benção. Não saber de fatos tristes do dia a dia no mundo, não saber de uma traição, não desmascarar uma mentira. Algumas destas vezes preferimos não saber a verdade por que ela dói, preferíamos permanecer na ignorância. Mas a ignorância religiosa não se trata apenas de uma questão cultural, não se trata de desprezar a cultura do próximo, trata-se do que vai ser de você quando morrer. Em busca da verdade toda a humanidade está, em busca de uma salvação eterna todos estão, mas quem está com a verdade? Existe um contraponto do cristianismo bíblico para todas as outras religiões e que as pessoas não se dão conta disso. Esse fator isola o cristianismo bíblico de todas as outras religiões e até mesmo de crendices populares, ou tramas culturais tradicionais. O catolicismo ensina que a salvação vem por meio das nossas obras, casamento, missa, batismo, nas procissões, na demonstração física (estúpida) de fé, etc. Os evangélicos pentecostais ensinam que não se salva quem não é batizado, quem não ora em línguas, e que perde a salvação se cometer pecado. O espiritismo ensina que as boas obras fazem com que nosso espírito ascenda a um nível superior após a morte. O mormonismo ensina que a prática dos parâmetros estabelecidos no livro dos mórmons proporcionará a salvação. Da mesma forma qualquer outra religião a salvação depende de uma forma ou de outra do ser humano, do seu esforço, da sua luta em ser aquilo que não é, puro moralismo sem fundamento. Mas o cristianismo bíblico mostra que na Bíblia o único meio de salvação é por meio da fé, que não é nossa é emprestada (cf. Hebreus 12.1-2), na graça imerecida do único e suficiente Senhor e Salvador Jesus Cristo (cf. I Timóteo 2.5 e Efésios 2.8-9). Mostra também que a salvação é um ato exclusivo da parte do Deus Triúno sem qualquer merecimento humano para obtê-la, muito menos de co-participação no processo salvífico. (cf. Romanos 8.29-30) . Graças a Deus por que a salvação daqueles que receberam a misericórdia de Deus para receberem a fé necessária para crer em Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador, não receberam por que mereceram, muito menos por que aceitaram a Cristo, antes, como disse Paulo, “nos escolheu nEle antes da fundação do mundo para sermos santos” (cf. Efésios 1.4). Se a salvação que recebemos dependesse de nós, mesmo que em uma mínima parte, estaríamos todos, sem qualquer exceção na humanidade, condenados ao inferno e ao lago de fogo e enxofre, por que todas as nossas ações que achamos serem as mais inocentes e justas, diante de Deus não passam de trapos da imundícia (cf. Isaías 64.6). Dizendo de outra maneira, o cristianismo bíblico nos mostra que a salvação não depende em absolutamente nada do ser humano. E glória a Deus por isso, por que se dependesse... ai de nós. E isso é completamente distintivo do cristianismo bíblico para qualquer outra religião no mundo. A ignorância por conveniência não consegue romper com o legalismo e as tradições cegas e infundadas, não consegue enxergar estas verdades na Palavra de Deus, preferem não saber, não ler a Bíblia e pensar, mas preferem continuar crendo (cf. crendice) naquilo que um reles pastor fala, naquilo que um reles padre ensina, naquilo que um reles papa define como verdade, ou que um louco que disse ter visto um anjo e recebeu a revelação de Deus, ou qualquer outra coisa parecida. Se esquecem que o Senhor Jesus afirmou com todas as letras: “Pai, santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (João 17.17). A Palavra de Deus, a Bíblia, é o fundamento, ela é a rocha que nos assegura a verdadeira informação, com a qual o Espírito Santo nos convence e que por fim nos conduz à salvação em Cristo Jesus. Louvado seja Deus por Sua Santa e inerrante Palavra.

domingo, 2 de outubro de 2011

Testemunho de um pastor que já foi Pentecostal

A PEDIDO DE UM PASTOR ESCREVI ESTAS OBSERVAÇÕES por Nelson Nincao, quinta, 29 de setembro de 2011 às 11:58 (data de publicação no FACEBOOK) 1). O que o irmão citou sobre o Pentecostalismo realmente não é tudo. Porque o que acontece lá dentro é muito, muito pior. Eu estive mais de trinta (30) anos dentro daquele movimento. Vi quase tudo o que ocorre lá dentro. É de arrepiar. Hoje, depois que o bom Deus abriu os meus olhos, vejo o quanto eu estava enganado. Sair do Pentecostalismo, para mim, foi uma das maiores bênçãos da minha vida. Nesses anos todos em que estive lá dentro a única coisa boa que posso falar de lá é que há forte motivação e entusiasmo para fazer as coisas. Os pentecostais são muito dedicados. Mas, diga-se de passagem, os Mórmons, Testemunhas de Jeová e Maometanos também o são. Muitos dos pentecostais também são muito sinceros e realmente querem agradar a Deus, mas estão cegos. Têm um zelo sem entendimento (Rom. 10.2). 2). Eu comecei a conhecer o Evangelho numa igreja pentecostal. Eles não davam ênfase na leitura da Bíblia, mas eu queria conhecer a Palavra de Deus. Fui ensinado que os demais crentes, evangélicos não tinham o Espírito Santo. Também fui ensinado que os pastores são ungidos de Deus, quase infalíveis. Ninguém podia julgar o que diziam. Ai daquele que tocasse o “ungido de Deus”. Seria amaldiçoado. Aliás, amaldiçoar as pessoas que discordam deles é uma prática comum no meio pentecostal. Eu mesmo fui vítima dessa maldição algumas vezes. Dois líderes que mais considerava me amaldiçoaram. 3). Línguas estranhas. Aqui foi onde tudo começou. O movimento pentecostal começou com a chamada “segunda bênção”, que tinha como sinal ou evidência o “falar em línguas”. Todos ali são quase que obrigados a falar em “línguas”. Durante todo esse tempo que estive ali eu nunca ouvi uma língua estrangeira ou um dialeto. O que ouvia eram algaravias, - sons incompreensíveis que não dizem nada e que cada um interpreta como quer. As “profecias” eram sempre em torno de coisas óbvias, ou coisas que ninguém podia provar, e até bobagens como “profecias” sobre a vida dos outros, relacionamentos, vestimentas, etc; as “revelações” nunca podiam ser comprovadas. Se era sobre alguma enfermidade, geralmente nem mesmo a própria pessoa tinha conhecimento da enfermidade. Assim por diante. 4). Mais tarde alguns setores do movimento pentecostal não enfatizavam tanto a necessidade do falar em “línguas”, mas o ensino sobre uma “segunda benção”, uma experiência após a conversão, continuou sendo ensinado. Essa “segunda benção”, não é de graça ou por graça. Você tem que “pagar o preço”. Oração, jejuns, santificação, busca, busca e mais busca. E mesmo assim, nem todos a recebiam. Eu ficava desesperado. Achava que não era crente. Pensava que Deus não me amava. Após anos de angustiante luta pela “benção” que nunca vinha, fui ensinado a tentar emitir alguns sons com a boca. Qualquer coisa servia – glo-glo-glo-glo... alabas-alabas-alabas... ripalá...balalá... etc. De repente você está “falando em outras línguas”. Quando não lhe vem nada a mente você fica observando como os outros falam e você os imita. Quem está fora do movimento vê o absurdo, mas quem está lá dentro acha aquilo normal. Fui ensinado a não pensar mas apenas sentir. Se alguém não consegue “falar em línguas” é porque tal pessoa é muito racional. “Não pense” diziam “apenas flua, deixe o espírito fluir”. É verdade que há também os que “fluíram” a coisa sem muito esforço, mas a maioria pena para consegui-lo. 5). Depois que você “aprende” a balbuciar as algaravias, você fica dependente delas e não consegue mais orar sem que aquela coisa lhe encha a mente. É maligno! Todos que “oram em línguas” (algaravias) precisam de libertação. Precisam desaprender aquilo que aprenderam. As algaravias atrapalham você de orar, porque a oração deve ser pensada e quando você pronuncia as tais algaravias não precisa pensar em nada, ou pior pode pensar em qualquer coisa, menos no que está falando. É ridículo! 6). Quando numa reunião todos começam a dançar e falar algaravias, uma ‘alegria’ geral toma conta do ambiente e vira uma “farra”. Um solta gargalhadas, outro cai ao chão, outro pula, treme, etc... Claro que isso não acontece em todas as reuniões. Mas acontece demais por lá. Os pentecostais são ávidos por novidades, e não pelas “antigas veredas” (Jer. 6.16). 7). Espiritualidade de fato, nunca vi ali dentro. Vi, isso sim, muita carnalidade. As pessoas “falavam línguas” mas mentiam, roubavam, adulteravam, brigavam, agiam com brutalidade, faziam negócios escusos, enganavam os irmãos, eram insensíveis, deselegantes, etc. Isso tudo eu vi, e não uma só vez, mais muitas vezes. Eu poderia falar indefinidamente, por horas. De modo que o tal ‘enchimento’ do Espírito não adiantava nada. 8). O que me fez sair de lá? Primeiro é Deus quem nos abre os olhos. É exatamente como na conversão ou como para alguém sair de uma seita. Só Deus. Mas por outro lado, vários fatores me motivaram a sair daquele movimento. Primeiro eu via que, embora nos dissessem que conosco acontecia exatamente igual como no primeiro século da Igreja, eu nunca vi, nem as línguas, nem os sinais apostólicos, nem as maravilhas que aconteceram no primeiro século. Em mais de 30 anos eu nunca vi algo que realmente me reportasse aos tempos apostólicos. Nunca. Nada. A falsificação é bem ruim. Havia uma preocupação dos pastores com o falso, isto é, crê-se que muito do que acontece no meio pentecostal é falso, mas que existe o verdadeiro. Mas enquanto se está atrás do suposto “verdadeiro” todos acabam envolvendo-se com o falso. 9). Eu via que na Bíblia era muito diferente. E ficava deprimido por não ver acontecendo aquilo em nosso meio. Claro, nem podia ser diferente, pois a época dos milagres apostólicos já passou. Os apóstolos passaram. Os sinais dados por Deus para autenticar a mensagem apostólica também ficaram no passado. Demorei para entender isso, mas entendi a tempo. Li muitos livros antigos, dos homens sérios do passado. Então vi que algo estava errado. Ou com eles ou conosco. 10). Eu aprendi a observar a história da Igreja. Temos muito a aprender com a história. A Igreja de Cristo existiu na terra por 1900 anos sem o movimento pentecostal. Irmãos e irmãs, enfrentaram Roma, os Césares, os Papas; encararam as feras, as arenas, as piras ou fogueiras, escreveram livros que nos abençoam até hoje, e tudo isso fizeram “sem o Espírito”??? Será que aqueles irmãos não foram cheios do Espírito??? Segundo os pentecostais, só eles têm o Espírito e essa bênção foi descoberta só pelo final do século XIX e início do século XX. Teria Deus deixado Sua Igreja na terra por 19 séculos sem uma bênção tão especial e necessária??? E se aqueles irmãos do passado não tinham essa bênção, como conseguiram enfrentar o que enfrentaram? Vencer e trazer a chama do Evangelho até nossa geração? E mais, se eles não receberam o Espírito Santo porque não buscaram, então eles cometeram um grande erro. O fato é que eles foram muito diferentes dos crentes das últimas gerações. Então ou eles erraram lá ou nós erramos cá. Os dois grupos não podem estar certos. Um dos dois está errado. E eu prefiro crer os irmãos (remanescentes) daqueles 19 séculos estavam certos, e os pentecostais estão errados. 11). Há alguns anos fizemos um estudo sobre os efeitos do movimento pentecostal sobre a Igreja, seus principais expoentes, e vimos que esse movimento dividiu, criou inimizades, e seus principais líderes se envolveram com falsos ensinos, heresias, escândalos morais, crimes, etc. Por esse estudo eu vi onde desembocou esse movimento. Toda heresia, toda irreverência, toda adulteração nos cultos, todo mundanismo dentro das igrejas, todo comércio vergonhoso do evangelho que vemos hoje, tudo isso teve sua origem no movimento pentecostal. Se não tudo, pelo menos 99%. Disso estou certo. Outra coisa que chamou-me a atenção foi que todos os livros profundos sobre teologia, comentários bíblicos, etc, foram escritos por não-pentecostais. Dos escritores e teólogos pentecostais só li coisas superficiais e de pouca utilidade. 12). A experiência (negativa) também ajudou bastante em minha decisão de abandonar o pentecostalismo. Eu havia sido ensinado a não aceitar nenhuma doença. Contudo eu tenho enxaqueca e nunca fui curado. Deus tem orientado o tratamento e hoje estou muito melhor. Deus me ensinou que ninguém tem o dom de curar hoje. Ele cura, quando assim deseja, mas se não, Ele irá sustentar nossa vida com Sua graça. E esse é o melhor para nós. Contudo, vi pessoas declarando que estavam saudáveis, confessando que não estavam doentes, que não aceitavam nem mesmo o diagnóstico médico, as vi morrerem doentes e brigando com Deus e revoltadas com Ele. Minha esposa é médica. Ela me conta que atende inúmeras pessoas evangélicas, principalmente das igrejas pentecostais e carismáticas, que estão doentes, deprimidas, agitadas, perturbadas emocionalmente, desequilibradas. Muitas dessas pessoas são líderes em suas igrejas (pastores, presbíteros, líderes de célula, líderes de coral, integrantes de bandas, etc. Hoje eu sei que o pentecostalismo faz muito mal à saúde das pessoas. 13). Se você falar com um pentecostal, talvez ele aceite que existe muita coisa falsa por lá – línguas falsas, curas falsas, revelações falsas – mas ele continua crendo que existe o verdadeiro. Agora, eu nunca vi nada ali que fosse digno de ser testemunhado. De fato, tenho é muita vergonha do meu tempo no pentecostalismo. Mas creio que o Deus Soberano usa todas as coisas para nos ensinar. 14). Outra observação que me fez aborrecer o pentecostalismo foi quando comprovei que não éramos os únicos que “falávamos em línguas” (algaravias), mas que isso era também “privilégio” dos Católicos Romanos Carismáticos, adoradores da Virgem Maria (ou melhor, da Deusa-Mãe), também dos Espíritas, invocadores de estranhas entidades, e também dos Mórmons que seguem o falso profeta Joseph Smith e seu anjo Moroni, e que até os Hindus e Maometanos “falam línguas” (algaravias). Quando vi que os pentecostais estavam na mesma categoria dessas seitas, isso me enjoou. E não apenas eles manifestam as algaravias, mas também fazem curas e milagres muito parecidos com os curandeiros pentecostais. 15). O crescimento espantoso do movimento pentecostal também me encucou. O Senhor Jesus disse que a porta é estreita e o caminho apertado e são poucos os que acertam-nos. Então, multidões não entram pela porta estreita e sim pela larga. Elas não andam no caminho restrito e sim no espaçoso e liberal. Quando os pentecostais proclamam que estamos vivendo um grande avivamento, caem num ridículo porque nunca tivemos uma geração de crentes incrédulos, desobedientes, mundanos, imorais. Políticos evangélicos são corruptos, cantores gospel são verdadeiros mercadores, pastores, ou bispos, bispas, apóstolos e apóstolas são trambiqueiros. Nunca se barateou tanto a mensagem do evangelho, nunca se vulgarizou tanto a mensagem da cruz do Calvário, nunca as coisas estiveram tão vergonhosas. Avivamento? Onde? O que vemos, isto sim, é um reavivamento do paganismo, do espiritualismo, do misticismo, da fé metafísica. Mas não um avivamento da Igreja de Cristo. Ainda não. 16). Quem está fora do pentecostalismo percebe que eles dão uma ênfase no Espírito Santo em detrimento de Jesus Cristo. Mas o que ocorre é pior que isso. Nem mesmo o Espírito Santo recebe qualquer honra ali. Quando eles enfatizam o Espírito Santo é só por causa do Seu poder. Tudo o que querem é o poder do Espírito para fazerem maravilhas. Então, de fato, nem mesmo é a Pessoa do Espírito que enfatizam, mas o poder dele. E não querem o poder do Espírito para serem bons esposos, bons pais, bons cidadãos, bons políticos, bons ministros de Cristo, mas querem ser poderosos para serem adorados como pequenos deuses. É só por isso que falam muito no Espírito Santo. 17). Li sobre os antídotos que vocês sugeriram para resguardar as igrejas sadias do veneno do pentecostalismo. Achei-os bons, mas temos que ser absolutamente radicais. Não podemos ceder nem um milímetro. Se abrirmos um milímetro o mal entra e aí não há limites. Vejo que muitos crentes históricos pensam que a coisa não é tão grave. Digo que é muito pior do que se pode imaginar. Por isso precisamos nos humilhar debaixo das mãos de Deus e lhe pedir misericórdia. Nelson Nincao