domingo, 30 de dezembro de 2012

TEXTO I - Instituição Humana x Inspiração Divina.



CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
CAPÍTULO I
DA ESCRITURA SAGRADA
I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda.  Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.
Referências - Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor.  1:21, e 2:13-14; Heb.
1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa.  8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.

II. Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática:
O VELHO TESTAMENTO
Gênesis ,   Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel,  I II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias
O NOVO TESTAMENTO
Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos, Romanos, I II Coríntios, Gálatas, Efésios,Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses , I  e II Timóteo, Tito, Filemon, Hebreus, Tiago, I e II Pedro,  I, II e III João, Judas, Apocalípse.
Ref. Ef. 2:20; Apoc. 22:18-19: II Tim. 3:16; Mat. 11:27.

III.  Os livros geralmente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração divina, não fazem parte
do cânon da Escritura; não são, portanto, de autoridade na Igreja de Deus, nem de modo algum podem ser aprovados ou empregados senão como escritos humanos.
Ref.  Luc. 24:27,44; Rom. 3:2; II Pedro 1:21.

IV. A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende
do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus.
Ref.  II Tim. 3:16; I João 5:9, I Tess. 2:13.

V. Pelo testemunho da Igreja podemos ser movidos e incitados a um alto e reverente apreço da Escritura Sagrada; a suprema excelência do seu conteúdo, e eficácia da sua doutrina, a majestade do seu estilo, a harmonia de todas as suas partes, o escopo do seu todo (que é dar a Deus toda a glória), a plena revelação que faz do único meio de salvar-se o homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e completa perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser ela a palavra de Deus; contudo, a nossa plena persuasão e certeza da sua infalível verdade e divina autoridade provém da operação interna do Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica em nossos corações.
Ref.  I Tim. 3:15; I João 2:20,27; João 16:13-14; I Cor. 2:10-12.

VI. Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espíri'to, nem por tradições dos homens; reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas.
Ref.  II Tim. 3:15-17; Gal.  1:8; II Tess. 2:2; João 6:45; I Cor. 2:9, 10, l2; I Cor. 11:13-14.

VII.  Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas.
Ref.  II Pedro 3:16; Sal. 119:105, 130; Atos 17:11.

VIII.  O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam  a esperança pela paciência e conforto das escrituras.
Ref.  Mat.  5:18; Isa. 8:20; II Tim. 3:14-15; I Cor. 14; 6, 9, ll, 12, 24, 27-28; Col. 3:16; Rom. 15:4.

IX. A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente.
Ref.  At.  15: 15; João 5:46; II Ped. 1:20-21.

X. O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura.
Ref.  Mat. 22:29, 3 1; At. 28:25; Gal. 1: 10.
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Não, não estamos sendo contraditórios. A ênfase do blog é justapor a Escritura contra qualquer um que a usurpe a centralidade da Palavra em qualquer medida que seja. Iniciamos aqui uma série de textos que irá tratar desse assunto e escolhemos o primeiro capítulo da Confissão de Fé de Westminster, CFW,  exatamente para mostrar o que os reformadores pensavam acerca da Escritura Sagrada e o legado que deixaram sobre esse pensar a e sobre  a Escritura. Obviamente, se os leitores forem sinceros em ler o texto acima na íntegra perceberão nitidamente que a própria CFW coloca toda autoridade da interpretação da Escritura, não nela mesma (na CFW), ou na instituição que defende (a CFW) qualquer que seja, mas coloca a Escritura acima de todas as instituições, concílios, interpretações pessoais, por mais antigas, ou eruditas que sejam. E, creio pessoalmente, que faltou uma visão de futuro, na última seção deste capítulo acerca de escritores e concílios  que ainda viriam acontecer na história. Creio que apenas faltou uma ênfase neste aspecto na frase “todas as doutrinas de homens e opiniões particulares”.
        Algo salientar deve ser dito acerca dessa perspectiva futura mais enfática que a CFW se absteve de pensar. Quando percebemos o andar da história e as instituições que abraçaram a CFW como ponto de partida para uma interpretação coerente da Escritura com a Escritura, hoje, cada vez mais, abraçam a modernidade, a cultura, até mesmo a ressurreição de tradições pagãs antigas, por que não se previu que as determinações futuras tivessem de estar sempre sendo reavaliadas com certa constância segundo a perspectiva bíblica e não da filosofia, cosmovisão, tradição, erudição de cada época, ou de um pequeno e restrito colegiado acadêmico. Não desfaço aqui as páreas citadas, mas exalto a Escritura acima delas.
      Historicamente, a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) desenvolveu seu sentimento de paralelismo e em determinados assuntos, de estarem acima da Escritura exatamente por que não prestaram a atenção nas nuances doutrinárias extremamente discretas e de mesma intensidade sofrendo distorções, ao longo de séculos e concílios, até ao ponto de ser possível compará-la à Sinagoga de Satanás. Isso assim ocorreu por que a Instituição assumiu um papel que não era seu. Perderam a noção das diferentes aplicações entre o que seja: deduzir, inferir, extrair, distorcer, interpretar, reinterpretar ou simplesmente expôr a Escritura.  Algumas delas aceitáveis, enquanto outras jamais. 

Rev. Júlio Pinto 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Duas datas, duas festas, uma única ordenança.




             Puxe pela memória e tente se lembrar de dois dias em sua vida: 1.qual foi o dia em que você teve de se calar e se rebaixar de sua posição?..2. Qual foi o dia mais doloroso da sua vida.? Agora pense um pouco: Você, digo, você mesmo, não outros, gostaria de que te ficassem lembrando desse pior dia de tua vida em que você se rebaixou? Pois é: "Filipenses 2:7  antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,"... para Cristo foi o dia de seu nascimento.... E o dia mais doloroso de sua vida? "Filipenses 2:8  a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz". o interessante é que NA BÍBLIA, no que diz respeito a esses dois dias, só um deles foi ordenado que lembrássemos perpetuamente até a volta de Cristo: 1 Coríntios 11:24-25  "e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.  Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim."    
           Obviamente estava escrito que muitos iriam se alegrar com o nascimento do Messias. Fiquei confuso> se alegrar tem o mesmo sentido de comemorar com festa, comida, cultos natalinos? Alegrar tem a ver com o coração, comemorar tem a ver com ação. Isso me faz lembrar de outros textos:  "Isaías 1:14  As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Amós 5:21  Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. Judas 1:12  Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas;". Se o natal fosse algo realmente importante que devesse ser destacado como uma prática cristã oriunda da própria Palavra não mereceria o mesmo destaque que teve a instituição da ceia? Pois ambas dizem respeito ao Senhor, uma fazendo referência ao seu nascimento e outra fazendo referência à sua morte. Mas qual motivo só há ordenança de comemorar no tocante à sua morte?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pedido de Perdão

Caros leitores do blog.


                  Há alguns meses atrás adicionei um Gadget no blog que nada mais era que um calendário com propagandas do GOOGLE que eram trocadas automaticamente pela citada empresa. Contudo, hoje, e apenas hoje 17/12/2012, às 14:10, (horário de Belém), acessei a visualização do blog para buscar um texto antigo, e vi que acima desse calendário, fazendo parte do gadget havia uma imagem que não era nada convencional para mim que sou pastor da Igreja do Senhor Jesus Cristo. Falando claramente era uma imagem de sexo explicito que foi adicionada automaticamente pelo GOOGLE, no gadget em questão fazendo propaganda de algum site com conteúdos pornográficos. Quando adicionei o gadget não fazia a menor ideia de que fosse acontecer. Portanto, se algum leitor do blog viu esta imagem, ou porventura outra qualquer que eu não tenha percebido, por favor me perdoe. Já tomei as devidas providências e retirei o gadget responsável pela inclusão automática de imagens. Espero sinceramente que isso não aconteça novamente.

No Senhor Jesus Cristo

rev. Julio César Pinto