quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Insubmissão – um perigo para a igreja, uma semente da discórdia.

              Certamente já ouvimos falar daqueles que se sentem donos da igreja. Suas atuações variam desde atitudes de rebeldia, até semear a discórdia e conseqüente divisão da igreja. Qualquer que seja sua atuação a raiz é uma só, o pecado. Muitos homens de Deus passaram por tais circunstâncias, sendo eles pivô, ou vítimas da insubmissão. A atitude nasce de uma ponta de orgulho no coração.   
             Essa ponta de orgulho pode ser detectada quando o submisso acha que não precisa ser mais submisso, por vários motivos: seja por estar cansado de receber ordens, seja por estar querendo algo mais que lhe é dado, seja por estar achando que não precisa mais de ser ensinado por que já sabe muito. Estas pessoas perderam o foco do cristianismo e estão perdidas achando que não precisam mais da liderança lhes ensinar alguma coisa, ou pior, acham que a liderança já ensinou o que tinha de ensinar. Mas certamente não conseguem nem mesmo amarrar os seus sapatos do evangelho sozinhas, são crianças espirituais com crises de adolescentes. Ainda precisam do leite.
            A razão de existir pastores e mestres na igreja é exatamente para educar os crentes na verdade, como Paulo afirma em Efésios 4.11-14. Rejeitar a orientação destes homens é rejeitar a ordenança divina. Agora, existe uma matéria de competência dos crentes que não visa simplesmente discordar, por discordar. É o que os ouvintes de Beréia faziam com Paulo: Ele pregava e eles conferiam na Bíblia e acatavam sua palavra, pois era coerente com a Bíblia. Ou naquilo que a Bíblia não afirma ser pecado, Jesus Cristo delegou sua autoridade à igreja tendo à frente dela estes homens que são autoridades instituídas por Deus para ensinar o seu povo.
           Se estes homens não estão agindo e ensinando de acordo com a Palavra é matéria que outros homens de mesma patente os julgue. É o que Paulo afirmou aos coríntios em I Coríntios 14.29. Profetas julgando profetas. E se isso não funcionar dentro da igreja estes serão julgados por Deus, pois como está escrito: “a quem muito é dado, muito será cobrado”. Pois o erro se confronta biblicamente, não com o pensamento individual de cada um. Para provar que alguma atitude está errada e é pecado, tem de se mostrar biblicamente, não o achismo de cada um.  E baseados nesse achismo acabam por semear discórdia entre o pastor e o restante da igreja.
           Este foi o comportamento de Miriã e Arão, Corá e seus filhos e mais uma trupe de seguidores que acabaram sendo engolidos pela terra por não concordarem com a liderança e as atitudes que Moisés tomava. Esta foi a atitude da pecaminosa igreja de Corinto que colocava em dúvida o apostolado de Paulo. Esta foi a atitude de Absalão contra seu pai Davi. Esta foi a atitude de muitos outros na Bíblia que não se mostraram submissos à liderança que Deus lhes colocou.
          Tal comportamento tem como base que estas pessoas começam a pensar de si mesmas além do que convém. Pensam que sabem muito e não precisam aprender mais nada, sobre coisa alguma, ou não precisam aprender mais nada sobre determinado assunto. São como a igreja de Corinto que tinha poucos anos de existência, em conseqüência os crentes que ali estavam eram neófitos na fé e achavam que eram o suprasumo dos crentes ao ponto de desprezarem a Paulo e os seus ensinos; foi a atitude de Judas que desprezou tudo aquilo que aprendeu do Senhor Jesus.
          Estas pessoas para insuflarem-se contra a liderança afirmam que a educação pode ser desprezada em vista do conhecimento que possuem. Assim é que também a igreja de Corinto desprezou o conhecimento de Paulo. Esqueceram-se de que ele era doutor na Lei mosaica. Passou anos a fio estudando acerca da Lei de Deus. E Deus no final das contas usou todo este conhecimento dele para sua própria Glória. O que podemos perceber nos escritos de Paulo.
          Se a educação não fosse necessária para se ensinar a igreja, os apóstolos não teriam que ter passado por um seminário intensivo de 3 anos com o próprio Deus encarnado lhes ensinando sobre tudo o que deveriam ensinar à igreja. E estas pessoas acham que por que leram uma meia dúzia de livros não precisam aprender mais nada com seus pastores. É deste tipo de atitude que João escreveu: “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.” Apocalipse 3:17 
          Não estou defendendo uma submissão cega ao pastor da igreja, mas defendo que o ensino seja submetido à palavra como faziam os de Beréia, por que se não for assim é rebeldia não contra o pastor, mas contra quem o colocou ali.

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