Já se tornou comum na América Latina, local onde a
Teologia da Libertação é amplamente aceita e difundida por inúmeros setores da
sociedade como algo benéfico para ela e sendo essa uma sociedade oprimida:
dos pobres, dos negros, das mulheres e dos homossexuais. Na terra tupiniquim essa teologia caiu como
uma luva. Várias placas
abraçaram essa teologia, de modo que hoje, ser cristão aqui é algo tão banal quanto
dizer que no Brasil tem muito brasileiro. O cristão pode se dizer do espírita
kardecista, espírita de terreiro, católico, evangélico (não importa se judaizante,
membro de seita, pentecostal, neopentecostal, tradicional ou reformado).
Há algum tempo conhecia a linha de
pensamento de Augusto. Ao presenciar um debate nas redes sociais
sobre seu cristianismo, e alguns defendendo suas ideologias, percebi o quanto cristãos têm se envolvido com
sua(s) tese(s). Ler sua entrevista à Ultimato foi o que impulsionou a escrita
deste artigo. Duas questões me vieram a
mente: Augusto Cury, cristão? Ultimato divulgando Augusto Cury? Uma vez que o
termo cristão diz respeito a alguém tão genérico nesses dias, ok, Cury é
cristão. E da mesma forma a Ultimato tem todo o direito de publicá-lo e fazê-lo
ainda mais notório.
No entanto, podemos qualificar
esse cristianismo de Cury através de suas premissas. Como minha intenção é
escrever este artigo direcionado a cristãos reformados não vou me deter em
explicações das premissas básicas dessa teologia. Mesmo assim, se algum leitor
necessitar de maiores esclarecimentos, terei prazer em fornecê-los.
Em sua resposta à primeira
pergunta, Cury conclui que transtornos psicológicos são causados por fatores
físicos, emocionais, descontrole da mente, traumas, perdas, sofrimento por
antecipação, conflitos familiares. Esse tipo de análise é justamente o que se
espera de um médico. Alguém que de fato não tem conhecimento de causa
teológica, bíblica, espiritual. O problema da raça humana começa em Gênesis
quando Adão quebra o pacto. Os problemas decorrentes deste ato, sejam físicos,
psíquicos, familiares, etc. são de origem espiritual, tão somente. Tratar destes problemas com chazinho,
remédios, técnicas budistas ou de controle da mente (que aliás em essência são
a mesma coisa), podem trazer melhoras? Claro que sim. Se não trouxessem não
existiriam tantas pessoas fazendo uso delas. A questão é: resolve o problema do
homem? Absolutamente NÃO! Não se resolve o Problema Espiritual do homem destas
maneiras. Paulo ao escrever aos coríntios afirma: “Ora, o
homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura;
e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente ( 1 Coríntios
2:14). Não é definido aqui no texto que este homem espiritual, diz respeito
a qualquer homem que se julgue espiritual, religioso ou qualquer outro título
que empunhe para si mesmo. Este título deve ser analisado dentro do contexto
bíblico como um todo. Diz respeito ao homem convertido de fato.
Para alguém que se diz cristão, me estranha o
fato de Cury destacar em sua entrevista que ele doou o método freemind (mente
livre? De que?). Me lembrou muito a oração do fariseu que orava de si para si
mesmo e se furtou ao direito de exercer humildade
cristã (Mateus 6.3). Mas segundo a era do marketing, qual o problema de um
pouco da autopromoção?
A segunda pergunta é
fantástica: “2. Muitos relacionam a religião com fanatismo e,
consequentemente, com desequilíbrios emocionais e mentais. Que contribuições o
Cristianismo poderia dar para nossa saúde mental e emocional?” Cury: “O fanatismo, o
radicalismo, a rigidez, a necessidade neurótica de estar sempre certo, são
sintomas de doenças psíquicas. Se as religiões e as ciências humanas tivessem
estudados as ferramentas psicológicas que Jesus utilizou na educação da emoção
dos seus alunos ou discípulos, a humanidade não seria a mesma.”
Em primeira mão pensei se a
resposta com respeito ao fanatismo... e a necessidade de sempre estar certo foi
uma resposta de autoanálise. Mas fiquei me perguntando se os verdadeiros
cristãos que leram esta entrevista prestaram a atenção ao que foi dito aqui. Na
pergunta a revista se refere ao cristianismo, na resposta Cury enfatiza que “as
religiões” deveriam abraçar técnicas (ferramentas) que Jesus usou. Ora, isso é
nada menos que ecumenismo. Todos os
caminhos levam a Deus? Esta é a conclusão final com esse pensamento malévolo. Não
existe uma só religião no mundo que pregue o reconhecimento de Cristo como
Senhor (sem paralelos) e a necessidade arrependimento (metanóia-abandono) dos pecados, e a declaração solene por meio da
fé recebida de forma exclusiva do próprio Deus (dom de Deus), de que Ele
ressuscitou a Cristo de entre os mortos. Sem a expressa posição, reconhecimento
e confissão não há salvação independentemente da cor de sua bandeira.
Certamente uma leitura parcial
e subjetiva dos atos de Jesus Cristo levam à comoção e ao engano sobre o que de
fato vem a ser fanatismo, radicalismo, ou mesmo ser acusado de ser um bitolado.
Primeiramente vamos à justificativa filológica dos apelidos: radicais e
fundamentalistas. A palavra “radical” vem de raiz. Em outras palavras o sujeito
chamado de radical está sendo comparado ao sujeito que tem raízes. O sentido da
palavra radical não é aquele sentido usado pela mocidade de nossos dias para
expressar que alguém é super legal, ele faz coisas incríveis. Pois quando
querem dizer isso, eles dizem: Vejam o fulano, ele é radical. Não é esse o
sentido da palavra que usamos aqui. Da mesma forma o fundamentalista é aquele
que tem fundamento. Desta forma os dois apelidos podem ser usados para
expressar a mesma coisa, pois o sujeito radical ou fundamentalista é aquele que
se se fundamenta, ou está enraizado em uma ideia, em uma crença no caso dos
crentes. Quanto ao termo bitolado este só pode ser usado para aqueles que não
possuem argumento para suas ações, palavras ou pensamentos. Em outras palavras,
fazem por que fazem, mas não sabem o motivo que as levou para se comportarem
daquela forma e quando arguidos seus argumentos são evasivos e não possuem
fundamento, não possuem raiz. Por isso, daqui por diante estarei usando as
palavras radicalismo e fundamentalismo como sinônimas.
Assim sendo, se você é uma pessoa que se diz
crente, mas suas respostas são do tipo: por que gosto... por que me
identifiquei... por que eu acho Jesus Cristo um cara legal... por que eu gostei
da mensagem do evangelho...por que eu gosto do culto da igreja tal... por que
idolatria é pecado... Apesar de algumas delas serem dadas na mais pura
sinceridade e tiradas da própria Bíblia, nenhuma delas pode servir para
responder à pergunta do motivo que te levou a ser crente. Todas estas respostas
não possuem qualquer fundamento firme, é puro sentimentalismo e a sua religião
é vã.
Quando o salmista no capítulo 1 fala do justo
ele o faz contrastando com o ímpio. V.3 “Ele
é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o
seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido.4
Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa.” Ele
compara o justo com a árvore plantada junto às correntes de águas. Este justo é
comparado com aquilo que tem raiz, que se alimenta sempre. Ao contrário ele também
compara o ímpio com a palha que o vento dispersa, ou a leva para onde quer, ou
seja, não tem raízes. Para o ímpio ou para o crente relapso é fácil acusar o
verdadeiro crente de radical, pois eles mesmos não têm raízes. Quando o ímpio,
ou o falso crente acusa o verdadeiro crente de radical, ou fundamentalista ele
está fazendo o que a Psicologia chama de transferência. Projeta seu defeito de não ter a Bíblia de fato como regra de fé e prática, mas a psicologia ou outra ciência qualquer, acusando o crente de ser fundamentalista, pois ele lê a psicologia, ou qualquer outra ciência com
os óculos da bíblia, pois seu fundamento (fundamentalista), sua raiz (radical), é a Bíblia e nada mais. O acusador transfere seu defeito para o
outro e o acusa. O defeito do não crente é exatamente o fato de não ter raízes
de não ter fundamento e olha para aquele que tem e para não ficar por baixo
transforma o radical, o fundamento como algo ruim, o que não é.
O ímpio ou o falso crente se
sente como aquele que de fato não tem raízes, sua mente luta todos os dias para
ser livre (freemind). Mas a Palavra nos convoca a sermos escravos, escravos de
Cristo. De modo que não há liberdade alguma na raça humana. Por que se de outro
modo for, se não se é escravo de Cristo, ainda se permanece como escravo dos
próprios pecados. (Rm 6.6; 6.17; 6.20 ;
Tt 3.3; 2 Pe 2.19x I Co 6.20; 2 Co 10.5,
23).
A ferramenta escolar é
redundante e ineficaz, uma vez que o que de fato é causador de todas as mazelas
humanas não está sendo tratado, o pecado. Sem o tratamento adequado tudo se
torna apenas paliativo. É como se o homem que depois de adulto ainda, como
criança, não retém sua urina na cama à noite. Levado por um longo tratamento psicológico, não resolve a questão,
mas passa a sentir muito orgulho do que faz. No final das contas os tratamentos
psicoemocionais sem o tratamento espiritual, biblicamente são o maior engodo da
história. Tratam das consequências, mas não do mal enraizado. Mas fazer o que? Precisa-se
justificar a venda de livros e as consultas, e sem falar nos anos de pesquisa e
desenvolvimento científico.
“Muitos
religiosos fundamentalistas cometeram atrocidades em nome de Cristo, feriram,
excluíram, mataram. Enfim, criaram um Cristo a imagem e semelhança da sua
vaidade. Se de fato conhecessem o homem que dividiu a história, a humanidade
não seria manchada de sangue, violência e hipocrisia ao longo das eras. Jesus
foi “o poeta da generosidade” e da
inclusão social. Investiu tudo o que tinha nos que pouco tinham. Nunca
pressionou ninguém a segui-lo. Não queria mentes adestradas, mas mentes livres
que o amasse o seguisse espontaneamente.”
Aqui na própria resposta, à
pergunta sobre qual a contribuição da psiquiatria para o conhecimento bíblico
encontramos a negação da própria resposta: NADA. Na resposta encontra-se um
desserviço à leitura da Escritura. A leitura da Bíblia é algo bem amplo, todos
devem ter acesso à ela. Mas daí a criar doutrinas e interpretações, essa é
outra questão.
Por que uma única Bíblia e
tantas religiões e denominações?
Esta é uma resposta ao mesmo
tempo simples e complicada. É simples porque tudo gira em torno da hermenêutica
(ciência que define os pressupostos para interpretação) usada para
interpretação dos textos bíblicos. Cada religião, e por sua vez cada denominação
dentro delas, usa um método de hermenêutica particular de interpretação. E se
torna complicada porque podemos destrinchar cada seguimento hermenêutico a fim
de entender o que acontece, como aconteceu e acontecerá para o surgimento de
tantas denominações.
Para que possamos olhar a
hermenêutica individual de cada segmento, primeiramente devemos destacar
diversos ângulos de como a Bíblia pode ser encarada.
· Podemos olhar para ela como um livro
qualquer, perceber nela alguns belos cânticos, um monte de estórias
interessantes e quiçá algumas poesias e meros ensinamentos morais, até mesmo
acadêmicos/científicos;
· podemos olhar como se ela fosse o
reflexo dos pensamentos religiosos de um povo antigo;
· você pode pensar que a Bíblia contém algumas mensagens de Deus e descartar aquelas
que não forem de sua conveniência;
· você pode não definir que se trata de
uma revelação progressiva e se perder em um emaranhado de pensamentos
religiosos de diversos grupos neotestamentários;
· pode também conceituar a bíblia crendo
que há um grande número de mitos, e que o trabalho do pregador é extrair estes
mitos para ter uma mensagem pura;
· ou você pode considerar que a Bíblia é
uma fonte de autoridade, revelada por Deus, mas colocar paralelas outras fontes
de revelação, igualmente ou superiores a ela.
· ainda você pode considerar que a
Bíblia é uma fonte de autoridade revelada por Deus e que nada, nem ninguém
possa substituir, suprimir, ou até mesmo igualar a sua autoridade e que ela é
suficiente em si mesma.
Para entendermos melhor vamos
dividir as religiões que aceitam a Bíblia como sendo a verdade de Deus revelada
aos homens em três grupos maiores que são a Igreja Católica (I.C.A.R.), a
Igreja Evangélica Pentecostal com suas diversas denominações, que será
analisada juntamente com a Neopentecostal também com suas denominações e a
Igreja Reformada (igrejas oriundas da reforma do século XVI) idem. Os outros
grupos que não aceitam a Palavra como fonte de autoridade revelada por Deus, de
cara, serão descartados, pois não é nosso propósito elucidá-los aqui.
A I.C.A.R. tem em sua base
hermenêutica o princípio de que a tradição da igreja tem valor igual ou
superior às Escrituras (Bíblia); bem como a palavra do papa que é entendida
como sendo autoritativa e equivalente
também à escritura. Assim sendo, podemos entender como pode acontecer de
existir práticas estranhas à Palavra de Deus dentro da igreja católica como,
por exemplo, a veneração aos santos e o uso de imagens de escultura que são
doutrinas baseadas em livros tradicionalmente históricos, contudo não
inspirados, que são os livros apócrifos acrescidos a Bíblia no concilio de
Trento há apenas cinco séculos atrás. Até então, estes livros eram considerados
apenas históricos, enquanto os livros
inspirados fazem parte do cânon bíblico desde o final do segundo século para o
Novo Testamento e de, pelo menos, cinco séculos antes de Cristo para os últimos
livros do Antigo Testamento, e de mais de vinte séculos para os primeiros
escritos. Pois estas práticas se relacionam com a tradição destes livros
históricos e não com a Bíblia, causando assim um choque de idéias entre o campo
da tradição e o campo da revelação (Bíblia). (Gálatas 1.6)
As igrejas pentecostais e
neopentecostais se aproximam bastante em sua hermenêutica. Crêem que a Bíblia é
a Palavra revelada de Deus e que deve ser a nossa regra de fé e prática. Mas ambas
colocam a experiência espiritual de cada indivíduo como parte desta revelação
de Deus, como regra de fé e prática para serem seguidas e praticadas. Aqui
neste ponto há um divórcio entre as duas. As pentecostais chegam ao máximo de
igualar a experiência (pragmatismo) à revelação em autoridade; e as
neopentecostais colocam o pragmatismo acima da autoridade da Revelação Escrita.
É evidente que se questionados por esta ótica a negação será inevitável, mas na
prática é exatamente o que acontece. (Mateus 24.24; 2 Pedro 2.1)
Em situações vividas por
membros destas igrejas, mesmo que seja algo regido única e exclusivamente pela
emoção, o que é cem por cento dos casos, são colocados como verdades
espirituais vívidas, válidas e com o mesmo peso de autoridade da Palavra ou
acima dela. (Gálatas 1.8)
Com base na chamada
“sensibilidade” do crente (cretino)
ele pode desencadear uma nova religião, ou uma nova denominação fundamentado
não na Palavra, mas na sua experiência pessoal, na sua visão pessoal da
Escritura. Ou seja, as igrejas neopentecostais e as pentecostais estão calcadas
no subjetivismo em parceria com a Palavra, se é que isso seja possível. Contudo,
a Palavra de Deus é clara quando afirma que o coração e desígnio do homem são
totalmente corrompidos pelo pecado (Jeremias
17.9).
Como confiar em uma
hermenêutica corrompida pelo pecado do homem?
O que acontece é que vemos que o universo de denominações pentecostais e
neopentecostais é tão grande quanto o número de indivíduos que as fundaram
baseados em suas experiências pessoais. É uma discrepância tão absurda quanto à
hermenêutica da igreja Católica. Na verdade, tanto aquela como essas inserem significados
e interpretações estranhos à Escritura como um todo. Uma iguala ou sobrepõe a
tradição à Escritura, enquanto as outras igualam ou sobrepõem a experiência
pessoal à Escritura.
Em todos os casos acima o
ajuste da Bíblia às experiências se torna inevitável, quando o que seria certo
e necessário é que tanto a tradição como
a experiência individual deveriam ser passadas pelo crivo da Escritura, e não o
inverso como acontece. Não quero de maneira nenhuma por à prova aqui a
sinceridade em querer buscar a Deus de cada uma destas pessoas inseridas nestas
igrejas, mas quero enfatizar o que Paulo alertou em 1 Timóteo 4:7 "Mas rejeita
as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na
piedade." Como fazer isso? Paulo dá a chave em 1 Coríntios 14:29: "Tratando-se de profetas, falem apenas
dois ou três, e os outros julguem". E o padrão de julgamento, ou o
padrão de aferição não é o entendimento pessoal de cada profeta, mas a própria
Palavra de Deus como registrado em 1
Pedro 4:11: "Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus";
os oráculos a que Pedro se refere é a Palavra escrita de Deus como podemos
confirmar em Romanos 3:2 “... porque aos
judeus foram confiados os oráculos de Deus"; e também em Hebreus
5:12: Pois, com efeito, quando devíeis
ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de
alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos
oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de
alimento sólido".
Quanto às igrejas reformadas
que mantêm seu corpo doutrinário baseado no ensejo da reforma que tinha como um
de seus principais pontos SOLA SCRIPTURA, já podemos entender sua hermenêutica
só com este ponto, ou seja, só a Escritura. Para estas igrejas só a Palavra de
Deus é que pode ditar as regras de interpretação dela mesma. Regras simples
baseadas neste princípio nos levam a entregar à Escritura sua devida autoridade
como Palavra Revelada de Deus, como única regra de fé e prática dos crentes. Neste
caso, a experiência do crente não é descartada, mas ela é submetida à
Escritura, no e em seu todo, para sua validação.
Os olhos de Cury ainda estão
cegos pela ciência. Ele quer enxergar o mundo, os homens, o próprio Deus e Sua
Palavra através dos olhos da ciência isso é corromper a suficiência e
autoridade da Escritura. Ele usa como exemplo o fato de Jesus ter chamado ao
seu traidor de amigo. Dizendo com isso que Jesus foi afável, e transformou o
pequeno traidor em grande? Hããã? Humanamente falando isso é óbvio, mas e da
perspectiva do Criador para sua criatura? Transformou-o em grande para então lança-lo no inferno? Isso é sadismo. Na verdade
dessa perspectiva, chama-lo de amigo foi a pior coisa que poderia lhe ter
acontecido. O peso da condenação foi ainda maior. Na parábola acerca do juízo
final (das bodas) em Mateus 22.12, o homem que não estava
vestido com as vestes apropriadas foi chamado pelo Rei (Jesus) de “amigo” e nos
versículo seguintes: “ Então, ordenou o rei aos serventes:
Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e
ranger de dentes. 14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.” (Mt
22.13-14). O que se vê aqui é justamente o que se passou com Judas e
Cristo, o texto evidencia a soberania de Cristo sobre suas criaturas, não
exaltou o traidor.
“Os ensinamentos do maior
educador da história é um convite a sabedoria, a tolerância e a saúde
emocional.” Gostaria de saber onde estava isso com respeito aos fariseus e aos
vendedores no templo? Onde estava isso quando Cristo afirma a condenação eterna
e sem perdão de seus acusadores (Mateus
12.22-32). Esses e outros acontecimentos registrados.
A cegueira dos cristãos adeptos de Cury é tamanha que vêm em suas
palavras um testemunho de conversão. A Ultimato o questiona se ele é cristão e
qual a experiência de fé que ele teve. Sua resposta é bem esclarecedora: “Fui um dos maiores ateus que pisou nesta
terra. Mas depois de estudar a personalidade de Jesus sob o crivo da ciência,
percebi claramente que ele não cabe no imaginário humano. Tornei-me um cristão
sem fronteiras. Mas não defendo uma religião, e dentro das minhas limitações
procuro como escritor através do Freemind contribuir com a saúde emocional de
todos os homens. Escrevo para dezenas de milhões de pessoas, inclusive para
acadêmicos e ateus.“ Não é
necessário ser um gênio, ou um expert em teologia para ver que a resposta
incutida nas palavras de Cury é: SOU UM CRISTÃO GENÉRICO E NÃO TENHO NENHUMA
EXPERIÊNCIA DE FÉ. Não há qualquer declaração de Cristo como Senhor, não há qualquer
reconhecimento de ser pecador, não há qualquer declaração acerca da
ressurreição de Cristo. Essencial para que tivesse ocorrido salvação nas
palavras de Paulo em Romanos 10.9-10.
Suas palavras quando afirma: “depois de estudar a personalidade de Jesus
sob o crivo da ciência, percebi claramente que ele não cabe no imaginário
humano”, são palavras de um cientista qualquer, não de um cientista
convertido. É necessário ter fé (dom de Deus) no coração para aceitar a Cristo
como Senhor, e Cury afirma que os olhos que ele usou para ter um conceito
diferente de Cristo não foi a fé, mas o “crivo da ciência”. Com toda a
segurança afirmo: Cury, pelas suas palavras não é, nem nunca foi um cristão de
fato, mas de conveniência. Um falso profeta é o que ele é.
À medida que lemos o restante
da resposta, como se não fosse possível, mas acontece, a convicção de que ele
não é um cristão verdadeiro segundo as Escrituras cresce cada vez mais: “Tenho
amigos íntimos e preciosos no protestantismo, no catolicismo, no budismo em
outras religiões. Acho importante que as pessoas através de suas religiões
busquem ao Deus Vivo.” De fato Jesus ensinou: “não te peço que os tires do mundo, mas que os livre do mal”. O isolamento
na sociedade não é o que um verdadeiro cristão deve buscar. Pelo contrário,
Jesus mesmo foi acusado pelos fariseus de comer com publicanos e pecadores. Mas
daí a se ter amigos íntimos no catolicismo, budismo e outras religiões? Isso é
ultrapassar o limite que as Escrituras nos dão: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?
Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago
4:4 ). Amigos íntimos compartilham ideias e um amigo verdadeiro exorta a
outro quando esse errar. Mas o que o ímpio tem a dizer quando um cristão verdadeiro
peca? Absolutamente nada, a não ser escandalizar-se. Ele está condenado ao
inferno, vai dizer o que a um cristão pecador a caminho do paraíso? Algo a
ensinar? Nestes casos o papel do crente não é de amigo, mas de Atalaia (Ezequiel 3.17; 33.1-20).
“Mas não podemos esquecer que uma pessoa é verdadeiramente madura
quando ama os que pensam diferente e tem um caso de amor com a humanidade, como
amplamente fez Jesus, caso contrário irá atirar pedras. “ Algumas questões
são pertinentes aqui: 1. Quem ou o que define a maturidade de um ser
humano? A ciência ou a Palavra de Deus? E o comportamento esperado desse ser
humano maduro é definido novamente por quem? A ciência, ou a Escritura? E esse
amadurecimento diz respeito a amar os que pensam diferente significa aceitar o
comportamento imoral do próximo, ou alertá-lo de estar indo ao inferno? Jesus
amou amplamente a humanidade? Ou apenas aos que de fato já eram seus? Veio ao
mundo salvar ao mundo, ou salvar os seus? A salvação é universal, ou dos
eleitos?
“A única vez que ele aceitou
estar acima dos homens foi quando tremulava sobre um madeiro. Ele desculpou
seus torturadores e abraçou o condenado ao seu lado como um príncipe, mesmo sem
usar os braços e ainda protegeu sua mãe com a expressão “mulher, eis ai teu
filho”. Parece fria a sua resposta, mas foi carregada de afeto. Lembrou-se que
Maria era a mulher das mulheres, mas um dia ela o perderia. Pediu que Joao
cuidasse dela em seu lugar. Ele foi Freemind, teve uma mente livre, mesmo
quando o mundo desabava sobre ele. Quem reagiu como ele na história? Freud, Einstein,
Marx, Spinosa, Sartre, Kant, Hegel?”
Estas palavras de Cury acima
mostra o quão arrogante o ser humano pode ser. Fundamentado em que Cury afirma que a “única vez que Jesus aceitou estar acima
dos homens foi quando tremulava sobre um madeiro”? Duas posições precisam
ser distintas aqui, uma é o comportamento de Cristo diante do Pai, outra é o
comportamento de Cristo diante dos homens. Se ele não se posicionasse acima dos
homens Ele não:
1.
teria discutido
teologia quando criança aos doze anos com os doutores do templo.
2.
teria discípulos
3.
ceitaria ser chamado de mestre
4.
aceitaria ser adorado nem por homens, nem por demônios
(mais de uma situação)
5.
condenaria para a eternidade mesmo antes da
morte, aos fariseus que o chamaram de belzebu
6.
repreenderia aos que não cressem nEle.
7.
expulsaria os ladrões e vendedores do templo
8.
se autodenominaria Filho de Deus (Filho como sendo
ele mesmo Eterno)
9.
faria uso de parábolas mostrando ser Ele mesmo o
Deus encarnado
10.
aceitaria, em mais de uma situação, ter sido
chamado de “Filho de Davi” uma designação para o Messias quando viesse. Etc.
Paulo afirma que a maior
humilhação de Cristo foi sua própria encarnação e a morte cruz, mas não diante dos homens, mas
diante do próprio Pai Fp 2.5-9
o absurdo da resposta de Cury chega ao ponto de enquadrar Cristo no seu método Freemind. Aqui o contraditório é escancarado. No início da entrevista ele afirma que Cristo não pode ser enquadrado no “imaginário humano”, mas aqui Cristo é enquadrado no imaginário de Cury, Cristo é Freemind. HEREGE!!!!. E ainda tem cristão defendendo esta podridão?
o absurdo da resposta de Cury chega ao ponto de enquadrar Cristo no seu método Freemind. Aqui o contraditório é escancarado. No início da entrevista ele afirma que Cristo não pode ser enquadrado no “imaginário humano”, mas aqui Cristo é enquadrado no imaginário de Cury, Cristo é Freemind. HEREGE!!!!. E ainda tem cristão defendendo esta podridão?
Com respeito à julgamento parcial...
Obviamente se pegarmos textos fora de contextos em
qualquer situação podem dar margens à má interpretação. Mas quando um autor,
ele mesmo destaca uma conclusão sua, isso é o resumo do que ele mesmo pensa
acerca daquele ponto. Sendo assim, pegar uma conclusão feita pelo próprio
autor, não é um texto fora de contexto, mas o resumo de todo o seu pensamento
acerca daquele ponto. Desta feita, vamos fazer o mesmo destacando conclusões de
certos aspectos de escritores bíblicos sobre o mesmo tópico. Por que se tem
título de doutor não pode ser contestado? Ainda mais agora... façamos como os
bereianos conferindo na Escritura para ver se as coisas são de fato assim...
Mas como ressaltou Paulo em
certa ocasião: “Pois haverá tempo em que
não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo
as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se
recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” (2
Timóteo 4:3-4)
Comparações entre algumas
frases:
Augusto Cury
|
Outros quaisquer....
|
“Resgatar a liderança do eu é
fundamental! Nada é tão belo e relaxante quanto alcançar esta meta. Você
também pode!”.
O resgate do eu, para eu
mesmo, por mim mesmo, para minha glória !!!!!
|
Metas
de outros:
a.
... para que, como está escrito: Aquele que se
gloria, glorie-se no Senhor. 1 Coríntios 1:31
b.
Porquanto aos que de antemão conheceu,
também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de
que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:29 (meta
divina????)
c.
...logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho
de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Gálatas 2:20 (um tal
de apóstolo Paulo)
|
Então, disse Jesus a seus discípulos: Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
Mateus 16:24 (já ouvi falar desse aí também... Jesus Cristo)
|
|
O nosso resgate feito por
Cristo, a nosso favor, não para nós nos gloriarmos, nem por meio de nós, tudo
para glória de Deus.
“Porque dele, e por meio
dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente.” Amém!
Romanos 11:36
|
|
“Há pessoas que malham nas
academias, cuidam do seu corpo, da sua alimentação, mas descuidam assustadoramente
de sua dieta emocional.”
|
Ele vos deu vida, estando vós
mortos nos vossos delitos e pecados, Efésios 2:1 (de novo o tal de Paulo)
|
Antes, o seu prazer está na
lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Salmos 1:2 (Nunca vi
mais gordo!!!)
|
|
Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Mateus
26:41 (esse Jesus)
|
|
Portanto, se fostes
ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo
vive, assentado à direita de Deus. 2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas
que são aqui da terra; Colossenses 3:1-2
|
|
O problema central do homem é
emocional? Ou o problema do homem é espiritual? O pecado atingiu todas as
faculdades humanas, de modo que se tratar do emocional, sem tratar do pecado,
é o mesmo que tomar remédio para dor de cabeça a fim de tratar de um câncer.
Troca-se o tratamento da causa pela consequência. Esse é o método
integracionista.
|
|
Educamos muito mais pelo que
somos pelo que falamos
|
Estas palavras que, hoje, te
ordeno estarão no teu coração; 7 tu as inculcarás a teus filhos, e delas
falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao
levantar-te. Deuteronômio 6:6-7
(Moisés – com esse nome, quem daria crédito?)
|
17 E, assim, a fé vem pela
pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. Romanos 10:17
|
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2 prega a palavra, insta,
quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina. 2 Timóteo
4:2
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4 então, ele me ensinava e me
dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos e
vive; Provérbios 4:4 (um certo
ignorante chamado Salomão)
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A fala não pode ser
hipócrita, mas colocar a ação acima dos próprios mandamentos que ordenam a
fala... o meio de graça é por meio da fala, da pregação, não é da ação. A
ação visa somente mostrar que a pregação, que a fala não é hipócrita. A ação
é o testemunho da fala, e não o meio mais eficaz do ensino.
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Já imaginou ter que ler um
livro inteiro deste homem para saber quanta besteira foi dita? Ah pastor.. aprenda de tudo, retenha o que é
bom... O problema está nas premissas. Se todo o ensino se baseia em uma
premissa Integracionista, que coloca os óculos da ciência para se ler a bíblia,
todo o restante está em ruínas, uma vez que a base é formada pelos sentidos
humanos onde a ciência se baseia. Sim, todos os sentidos humanos são a base da
ciência, seja ela qual for. Se não for, medido, quantificado, visto, apalpado,
etc, então a ciência não concebe como sendo algo factível, verdadeiro. Enquanto
que a Escritura requer de nós outra posição: “Hebreus 11:6 6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto
é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se
torna galardoador dos que o buscam.”... É necessário fé. Se eu passo a crer
em Deus depois de ter analisado, medido, quantificado, isso não é fé, é
ciência. Desta feita como resultado não houve conversão por reconhecimento dos
próprios pecados, houve convencimento por falta de argumentos de minha parte e
argumentos lógicos da outra parte.
Nosso problema hoje não é
diferenciar entre o certo e o errado. Se alguém te chamar a ir a um culto, ou a
ler um livro satânico você iria, ou leria? Mas se alguém te chamar a ir a uma
igreja onde Jesus é pregado, ou a ler um livro de alguém que diz ser cristão,
você o faria? De certo que faria. Mas esse é o evangelho satânico, esse é o
falso cristo sendo pregado. A Biblia afirma que Satanás é capaz de se transformar em anjo de luz para enganar
se possível os próprios eleitos. Como? Pode ter a certeza de que ele não
vai te apresentar algo aterrador, mas algo bem parecido com o evangelho, algo
que tente ser casado com evangelho, algo
que te pareça bonito, com algumas ideias bem convidativas. E tenha a certeza de
que o mundo está cheio de falsos mestres. Carregam o nome de cristãos, mas são
falsos; pregam o nome de cristo, mas o falso cristo. Compare com a Escritura.
Perceba suas conclusões se são compatíveis com os ensinos bíblicos.
E FICA AQUI O MEU
REPÚDIO E DESAPONTAMENTO À ULTIMATO PELA PUBLICAÇÃO DE TAL ENTREVISTA. UM
VERDADEIRO DESERVIÇO AO EVANGELHO.