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Mitos sobre o pastorado.
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Muitos cristãos desenvolveram ao longo de tempos
mitos e ideias equivocadas acerca do papel do pastor frente à comunidade cristã.
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Tais ideias são, em muitos casos, distorções a
partir de textos bíblicos que são entendidos de forma rasa, portanto parcial. Na
pior das situações os entendimentos expostos na prática da vida de cada um são
feitos de acordo com a situação que estão vivendo. Daí a situação deixa de ser
analisada conforme os preceitos bíblicos e passa a ser analisada de acordo com
o problema que se vive. Isso é pragmatismo, não é cristianismo. E isso é feito
desta forma pela grande maioria dos cristãos, até mesmo os reformados.
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Tais entendimentos são levados a cabo em várias
situações: quando há disciplina; quando há problemas familiares sérios como o
divórcio; quando um filho ou parente se afasta da igreja e cai em pecado, ou
cai em pecado e se afasta da igreja, quando há assembléias para escolha de
pastores e oficiais.
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Nestes momentos os mitos relativos ao pastorado
assumem uma aparência cristã, mas que de bíblicas não têm absolutamente nada. As
práticas não são analisadas à luz da bíblia, mas o que acontece é a bíblia
passa a ser analisada de acordo com o problema. Ou seja: se tem um problema,
fazem uma análise superficial do problema, pegam a bíblia e tentam achar uma
justificativa para os seus atos, e colocam a culpa nos oficiais da igreja. Isso é tirar o foco de Deus, da Bíblia e
colocá-lo no homem e seus problemas.
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O que acontece então nestes momentos é que as
manifestações, em muito dos casos assumem um ideal particular de querência e
ideal de como deve ser um pastor, ou um presbítero ou diácono. Ou seja, desejam
um pastor, um oficial segundo o que eles entendem ser um pastor, ou um oficial
ideal, segundo a sua necessidade e não segundo os padrões bíblicos.
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Desta forma os líderes que querem não são
líderes bíblicos, mas líderes que atendam às suas necessidades, líderes que
atenda às suas próprias ideias líderes.
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Um erro grave de cristãos professos, sinceros, é
o de querer manipular o pastorado segundo seus próprios interesses egoístas,
como se o pastor fosse um empregado que precisa atender aos seus interesses. É
desta forma que surgem aqueles que nos corredores eclesiásticos são conhecidos
como os “donos da igreja”.
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Esta preocupação com quem vai ficar à frente, na
liderança da igreja com uma ideia aparentemente bíblica de ideal não passa de
uma preocupação egoísta de defender seus próprios interesses e que, via de
regra, são completamente contrários ao ideal bíblico.
Então vamos começar pelos mitos criados pelos egocêntricos
acerca do pastorado.
1.
O pastor
é responsável por uma condição de vida dos crentes. Oriunda de um
pecado ou irresponsabilidade pessoal ou familiar. Antítese: o crente é o
responsável pela sua condição de vida e pelas consequências pelos seus pecados –
Romanos 14:12 Assim, pois, cada um de nós dará contas de si
mesmo a Deus.;;; Gênesis
4:7 Se procederes bem, não é certo que
serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu
desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo
2.
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pastor tem que estar presente em todos os trabalhos da igreja... antítese: afinal o pastor não é a igreja, o
pastor não não é onipresente. O pastor também se cansa, fica doente, fica
triste, tem problemas em casa com os filhos, com a mulher, o pastor também
peca, não é onipotente não é Deus. A igreja tinha pastores e mestres, diáconos
para cada um estar atendendo à igreja em sua necessidade. Efésios 4. 11 E ele mesmo
concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres, 12 com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo,
3.
O pastor
tem que fazer todas as visitas, antítese: ele ensina como se faz e faz
algumas delas, o pastor não é onipresente. Aliás, já foi falado que o pastor
deveria estar presente às visitas. Contudo, não foi nem uma nem duas vezes que
propus à igreja que façam as visitas e nos casos mais difíceis o pastor se
faria presente quando informado pelo crente. Eu avisava: “MARQUEM AS VISITAS E
ME AVISEM O DIA E A HORA”. A questão é, quem marcou e me avisou? Ninguém! Já me
disseram que seria necessário fazer uma visita a fulano e a beltrano, e
afirmei, “ENTÃO MARQUE A VISITA E ME AVISE DO DIA E DA HORA”. Ninguém retornou.
4.
O
pastor tem que organizar tudo na igreja sua esposa também, afinal ela é mulher
do pastor.... Antítese – para isso a liderança (presbíteros e diáconos
são eleitos) Exemplo: Moisés: Somente as causas mais complicadas eram levadas
perante ele. Mostrar um diagrama estrutural de organização de trabalhos... ver
slide. Efésios 4.12; I Co 12.23
5.
Nós
crentes não precisamos fazer exatamente da forma que o pastor está ensinando. Esta
é a visão do pastor, outros pastores fazem de outro modo e então podemos fazer de
outro modo também...
a.
antitese
o pastor é autoridade máxima sobre o ensino na igreja, ir contra seu
ensino é ir contra sua autoridade delegada por Cristo.
b.
Quando o crente é batizado ele admite se sujeita
à autoridade da igreja local, que é o pastor, e agora aos presbíteros e
diáconos. Ir contra o ensino do seu pastor mesmo que outros pastores fazem
diferente é pecado.
c.
Só há uma única possibilidade de fazer diferente
do que o pastor ensina; mas para isso o que se precisa avaliar é se o que o seu
pastor está dizendo está coerente com as Escrituras ou não.
d.
Nosso ponto de avaliação sobre o que podemos
fazer ou não podemos fazer, nunca pode ser as outras pessoas, nunca pode ser o
que outras pessoas fazem ou deixam de fazer, mesmo que sejam essas outras
pessoas sejam pastores também. Fazer algo simplesmente por que o outro faz é
antibíblico e anticristão. Pois a regra de fé e prática do crente não pode ser
o outro, mas tem de ser a Palavra.
e.
Todo o comportamento que temos e fazemos na vida
tem de encontrar respaldo, tem ser autorizado na bíblia e não na vida do outro.
Neste ponto, como saber se o que o pastor fez está certo ou errado para que eu
possa copiar ou não o seu comportamento? Só por que o pastor fez não quer dizer
que está certo. Mas o que se fez deve ser confrontado com a Palavra, mesmo o
pastor. E se estiver contra a palavra é pecado e passível de disciplina e
exclusão também.
f.
Mas o pastor não pode ser excluído da igreja,
por ele ser membro do presbitério e não da igreja; então se o pastor cometeu um
pecado e não foi disciplinado, excluído do pastorado, quem vai responder diante
de Deus sobre sua permanência é o presbitério. Mas alguns crentes ao invés de
perceber nestes acontecimentos o erro do presbitério, eles preferem pegar o
modelo de comportamento pecaminoso do pastor e fazer uso dele para justificar o
seu comportamento pecaminoso também.
6.
O crescimento da igreja é dependente da atuação
dos membros com relação ao evangelismo. O pastor não pode se dedicar
inteiramente ao evangelismo, pois a igreja exige dele uma presença mais intensa
nos trabalhos, aconselhamentos. Muitos irmãos não estão na casa do pastor e não
percebem que tem dias que o pastor precisa fazer 3 a 6 aconselhamentos que muitas vezes duram
até três horas cada um.
a.
Os santos estão sendo pouco aperfeiçoados e,
assim, desempenhando pouco seu serviço, tendo, como conseqüência, pouca
edificação do corpo de Cristo. Para isto mudar é necessário e essencial um
discipulado pessoal. As pregações são muito importantes, mas é no discipulado
do dia a dia que as verdades pregadas são lembradas, se tornam realidade e
prática de vida.
b.
Para que isto aconteça, é necessário que todos
se disponham a trabalhar e usar seus dons, a visitar e acompanhar uns aos
outros . Deve haver as reuniões maiores com toda a igreja, reuniões com grupos
menores e acompanhamento individual . Multidões passam, o discípulo é quem
permanece firme! Todos devem ser discipulados, porque até um pequeno membro é
importante e todos temos um serviço a prestar no corpo:
c.
Neste aspecto os crentes precisam atuar
diretamente na questão do discipulado. Efésios
4.15-16
ESTUDO NA EBD BAIÃO EM 19 DE AGOSTO DE 2012