domingo, 19 de agosto de 2012

O pastor e a comunidade cristã... Saberes e práticas.




·         Mitos sobre o pastorado.
o   Muitos cristãos desenvolveram ao longo de tempos mitos e ideias equivocadas acerca do papel do pastor frente à  comunidade cristã.
o   Tais ideias são, em muitos casos, distorções a partir de textos bíblicos que são entendidos de forma rasa, portanto parcial. Na pior das situações os entendimentos expostos na prática da vida de cada um são feitos de acordo com a situação que estão vivendo. Daí a situação deixa de ser analisada conforme os preceitos bíblicos e passa a ser analisada de acordo com o problema que se vive. Isso é pragmatismo, não é cristianismo. E isso é feito desta forma pela grande maioria dos cristãos, até mesmo os reformados.
o   Tais entendimentos são levados a cabo em várias situações: quando há disciplina; quando há problemas familiares sérios como o divórcio; quando um filho ou parente se afasta da igreja e cai em pecado, ou cai em pecado e se afasta da igreja, quando há assembléias para escolha de pastores e oficiais.
o   Nestes momentos os mitos relativos ao pastorado assumem uma aparência cristã, mas que de bíblicas não têm absolutamente nada. As práticas não são analisadas à luz da bíblia, mas o que acontece é a bíblia passa a ser analisada de acordo com o problema. Ou seja: se tem um problema, fazem uma análise superficial do problema, pegam a bíblia e tentam achar uma justificativa para os seus atos, e colocam a culpa nos oficiais da igreja.  Isso é tirar o foco de Deus, da Bíblia e colocá-lo no homem e seus problemas.
o   O que acontece então nestes momentos é que as manifestações, em muito dos casos assumem um ideal particular de querência e ideal de como deve ser um pastor, ou um presbítero ou diácono. Ou seja, desejam um pastor, um oficial segundo o que eles entendem ser um pastor, ou um oficial ideal, segundo a sua necessidade e não segundo os padrões bíblicos.
o   Desta forma os líderes que querem não são líderes bíblicos, mas líderes que atendam às suas necessidades, líderes que atenda às suas próprias ideias líderes.
·         Um erro grave de cristãos professos, sinceros, é o de querer manipular o pastorado segundo seus próprios interesses egoístas, como se o pastor fosse um empregado que precisa atender aos seus interesses. É desta forma que surgem aqueles que nos corredores eclesiásticos são conhecidos como os “donos da igreja”.
·         Esta preocupação com quem vai ficar à frente, na liderança da igreja com uma ideia aparentemente bíblica de ideal não passa de uma preocupação egoísta de defender seus próprios interesses e que, via de regra, são completamente contrários ao ideal bíblico.

Então vamos começar pelos mitos criados pelos egocêntricos acerca do pastorado.
1.    O pastor é responsável por uma condição de vida dos crentes. Oriunda de um pecado ou irresponsabilidade pessoal ou familiar. Antítese: o crente é o responsável pela sua condição de vida e pelas consequências pelos seus pecados – Romanos 14:12  Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.;;; Gênesis 4:7  Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo
2.    .O pastor tem que estar presente em todos os trabalhos da igreja...  antítese: afinal o pastor não é a igreja, o pastor não não é onipresente. O pastor também se cansa, fica doente, fica triste, tem problemas em casa com os filhos, com a mulher, o pastor também peca, não é onipotente não é Deus. A igreja tinha pastores e mestres, diáconos para cada um estar atendendo à igreja em sua necessidade. Efésios 4. 11  E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12  com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,
3.    O pastor tem que fazer todas as visitas, antítese: ele ensina como se faz e faz algumas delas, o pastor não é onipresente. Aliás, já foi falado que o pastor deveria estar presente às visitas. Contudo, não foi nem uma nem duas vezes que propus à igreja que façam as visitas e nos casos mais difíceis o pastor se faria presente quando informado pelo crente. Eu avisava: “MARQUEM AS VISITAS E ME AVISEM O DIA E A HORA”. A questão é, quem marcou e me avisou? Ninguém! Já me disseram que seria necessário fazer uma visita a fulano e a beltrano, e afirmei, “ENTÃO MARQUE A VISITA E ME AVISE DO DIA E DA HORA”. Ninguém retornou.  
4.    O pastor tem que organizar tudo na igreja sua esposa também, afinal ela é mulher do pastor.... Antítese – para isso a liderança (presbíteros e diáconos são eleitos) Exemplo: Moisés: Somente as causas mais complicadas eram levadas perante ele. Mostrar um diagrama estrutural de organização de trabalhos... ver slide. Efésios 4.12; I Co 12.23  
5.    Nós crentes não precisamos fazer exatamente da forma que o pastor está ensinando. Esta é a visão do pastor, outros pastores fazem de outro modo e então podemos fazer de outro modo também...
a.    antitese   o pastor é autoridade máxima sobre o ensino na igreja, ir contra seu ensino é ir contra sua autoridade delegada por Cristo.
b.    Quando o crente é batizado ele admite se sujeita à autoridade da igreja local, que é o pastor, e agora aos presbíteros e diáconos. Ir contra o ensino do seu pastor mesmo que outros pastores fazem diferente é pecado.
c.    Só há uma única possibilidade de fazer diferente do que o pastor ensina; mas para isso o que se precisa avaliar é se o que o seu pastor está dizendo está coerente com as Escrituras ou não.
d.    Nosso ponto de avaliação sobre o que podemos fazer ou não podemos fazer, nunca pode ser as outras pessoas, nunca pode ser o que outras pessoas fazem ou deixam de fazer, mesmo que sejam essas outras pessoas sejam pastores também. Fazer algo simplesmente por que o outro faz é antibíblico e anticristão. Pois a regra de fé e prática do crente não pode ser o outro, mas tem de ser a Palavra.
e.    Todo o comportamento que temos e fazemos na vida tem de encontrar respaldo, tem ser autorizado na bíblia e não na vida do outro. Neste ponto, como saber se o que o pastor fez está certo ou errado para que eu possa copiar ou não o seu comportamento? Só por que o pastor fez não quer dizer que está certo. Mas o que se fez deve ser confrontado com a Palavra, mesmo o pastor. E se estiver contra a palavra é pecado e passível de disciplina e exclusão também.
f.     Mas o pastor não pode ser excluído da igreja, por ele ser membro do presbitério e não da igreja; então se o pastor cometeu um pecado e não foi disciplinado, excluído do pastorado, quem vai responder diante de Deus sobre sua permanência é o presbitério. Mas alguns crentes ao invés de perceber nestes acontecimentos o erro do presbitério, eles preferem pegar o modelo de comportamento pecaminoso do pastor e fazer uso dele para justificar o seu comportamento pecaminoso também.
6.    O crescimento da igreja é dependente da atuação dos membros com relação ao evangelismo. O pastor não pode se dedicar inteiramente ao evangelismo, pois a igreja exige dele uma presença mais intensa nos trabalhos, aconselhamentos. Muitos irmãos não estão na casa do pastor e não percebem que tem dias que o pastor precisa fazer 3  a 6 aconselhamentos que muitas vezes duram até três horas cada um.
a.    Os santos estão sendo pouco aperfeiçoados e, assim, desempenhando pouco seu serviço, tendo, como conseqüência, pouca edificação do corpo de Cristo. Para isto mudar é necessário e essencial um discipulado pessoal. As pregações são muito importantes, mas é no discipulado do dia a dia que as verdades pregadas são lembradas, se tornam realidade e prática de vida.
b.    Para que isto aconteça, é necessário que todos se disponham a trabalhar e usar seus dons, a visitar e acompanhar uns aos outros . Deve haver as reuniões maiores com toda a igreja, reuniões com grupos menores e acompanhamento individual . Multidões passam, o discípulo é quem permanece firme! Todos devem ser discipulados, porque até um pequeno membro é importante e todos temos um serviço a prestar no corpo:
c.    Neste aspecto os crentes precisam atuar diretamente na questão do discipulado. Efésios 4.15-16


ESTUDO NA EBD BAIÃO EM 19 DE AGOSTO DE 2012

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