Nascemos numa perspectiva dicotômica da vida. Não existem meios termos, não existem isenções, não existe imparcialidade. Tudo está, em todo tempo, sendo encaminhado para duas realidades opostas: o céu e o inferno.
Nossas decisões e indecisões, nossos passos, pensamentos,
palavras, angústias, alegrias, tristezas, ódios, amores, omissões, tudo, desde o
nosso nascimento até o momento de nossa morte, caminha para o céu, ou para o inferno.
No
centro de tudo e para onde tudo concorre está O Criador. Fora dessa dicotomia,
acima dela, está Sua perfeita moral e, a partir dela, exige que aqueles feitos conforme
à sua imagem e semelhança, também se ocupassem, se preenchessem, se moldassem à
ela. Mas, foram tomados de assalto pela concupiscência do próprio coração.
A
partir desse momento, a criação é incapaz de fazer e ser à imagem de seu
Criador como havia sido criada; ainda assim, ela continua sendo responsabilizada
a ser e fazer. Sabendo de nossa incapacidade, O Criador providencia, fora do tempo,
antes mesmo dele existir, o meio eficaz de sermos vistos perfeitamente morais, perfeitamente santos. E, para tanto, nos dá o necessário, entre o céu e o inferno, para que sejamos vistos
tais como Ele é, não todos, mas apenas aqueles escolhidos por sua soberania e majestade.
O
Eterno, que subsiste em Três, proporcionou o único meio necessário para que
alcancemos a perfeição. Enviou a Segunda Pessoa, em carne, em semelhança de
homem: Perfeitamente moral, Perfeitamente Santo, Perfeitamente homem, Perfeitamente Deus para ser a redenção
dos escolhidos. E esses, entre o céu e o inferno, escolhem por vontade
determinada na eternidade, que aceitam sua redenção, sua mediação se tornando perfeitamente morais e santos por meio Dele, por causa Dele e para Ele.
Tal
escolha determina o fim, o local da eternidade: céu ou inferno? Mas afinal, o
que há antes disso, antes do céu e o inferno? A terra? Não, não falo do local,
mas me refiro ao tempo. Entre o céu e o inferno temos única e exclusivamente o tempo como
nosso aliado, ou nosso inimigo. Como aliado se ouvirmos a voz do Criador e aceitarmos seu Único Meio; e o
tempo servirá como inimigo se não atentarmos para nossa origem, para nossos
dias, e para qual será nosso fim.
Rev. Julio César Pinto
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