Procurei em todo lugar. Procurei na relação familiar
Procurei nela, neles, no trabalho, procurei no lar.
Instado, procurei na sede, na fome, na angústia, na fobia.
Cego, procurei na ansiedade, na tristeza e na alegria.
Onde ela está?
Trôpego, de novo, continuava sem saber onde encontrar
Vacilante suspirava, torto, manco, sem mais onde vasculhar
Entediado, cansado, relutante sigo sondando o olhar
Na mulher, no filho, na filha, no gesto, no gosto a saborear
Onde ela está?
Na saúde, na doença, na riqueza, ou na pobreza
No vício, no amor, no ódio, no odor
Por ela procuro penso que por obstinação ou destreza
Calado, gritante, até na amálgama em PATHOS o portentor
Onde ela está?
Não está na Sophia, nem nos seus amigos
Não está no monte, nem mesmo na boa sorte
No lago, ou na fonte, desapareceu seus ritos
Em seu lugar sobreveio a sombra da morte
Onde ela está?
Semiótica já responde para o próprio coitado
A franqueza se foi e quem se importa com sinceridade?
O que vale não são fatos ou origem de significado
Vale é a perversão da mente que pretende esconder a verdade.
Onde ela está?
Verdade, para onde se foi? Qual seu esconderijo?
Na narrativa da mente doentia tudo é relativo
Diz o insensato: Tenho absoluta certeza disso.
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