Como outrora se dizia à luz de categorias marxistas, a
correlação de forças mudou. Após a Segunda Grande Guerra, o avanço da
União Soviética e o êxito da Revolução Chinesa (1948) estabeleceram um
equilíbrio pendular no mundo conhecido como Guerra Fria.
Os países capitalistas metropolitanos,
em especial da Europa Ocidental, adotaram políticas social-democratas que
beneficiaram a classe trabalhadora. O objetivo do Estado de bem-estar social
era evitar que fosse atraída pela agenda comunista. A elite entregou os anéis
para não perder os dedos.
Antonio Candido dizia que a maior
conquista do socialismo não tinha ocorrido nos países que o adotaram, e sim
na Europa Ocidental que, por temê-lo, concedeu direitos aos trabalhadores.
Derrubado o Muro de Berlim (1989), os direitos também vieram abaixo.
Como Hitler e Mussolini encarnavam o que
se considerava direita, se assumir como tal era tido como politicamente
incorreto. No Brasil, após a redemocratização (1985), na polarização
partidária o PT representava a esquerda e o PSDB, a direita, embora este
partido traga em sua sigla a marca de social-democracia.
Dissolvida a União Soviética (sem que
se disparasse um único tiro) e derrubado o Muro de Berlim, a direita decidiu
“sair do armário”. Hoje, a polarização ideológica não é entre esquerda e
direita, é entre direita e extrema-direita, como Kamala e Trump. Em nosso
país, diante do avanço da extrema-direita, boa parte da direita tenta se
disfarçar de “centro”. É o caso do PDT, do MDB e de outros, que não advogam
uma sociedade pós-capitalista.
A eleição de Trump é a cereja do bolo
que faltava à ascensão da direita no mundo. Sem dúvida, ela haverá de anabolizar
a extrema-direita no Brasil. A diferença entre direita e extrema-direita é
que a primeira respeita as regras da democracia burguesa; a segunda, as ignora
e adota medidas autocráticas. O tema tem sido exaustivamente tratado por
autores como Roger Eatwell, Matthew Goodwin e Cas Mudde.
Como ficam os partidos progressistas como
PT, PSOL, PcdoB, UP e outros? Pelo andar da carruagem (eleição de Trump e
resultados das eleições municipais) dificilmente haverão de amealhar um
número significativo de votos nas eleições de 2026.
O próximo Congresso, a ser eleito em 2026, será tão ou mais conservador que o atual. Quem garante isso? O orçamento secreto, agora apelido de emendas parlamentares. Nenhum cacique municipal ou estadual correrá o risco de perder a boquinha na próxima legislatura federal. Quem vai querer abrir mão dessa cornucópia da qual jorram, a cada ano, bilhões de reais a serem embolsados por 81 senadores e 513 deputados federais?
Quais as alternativas para a esquerda e
os partidos progressistas? Um dos desafios é lidar política e
profissionalmente com as redes digitais. Não se pode depender de iniciativas
pessoais ou grupais. Se um partido quer emitir mensagens (análises de
conjuntura; dados do governo progressista; contrapontos às fake news da
direita etc.), deverá contar com equipes de profissionais especializados em
mídias digitais e politicamente identificados com as propostas de esquerda.
Não repetir o erro de certas campanhas eleitorais de candidatos de esquerda,
cujos marqueteiros são de direita... Há que se ter equipes que se revezem de
8 em 8 horas de modo a atuar 24h por dia, de domingo a domingo. E cujos
conteúdos emitidos tenham linguagem popular e sejam de forte impacto visual.
O que levou Lula três vezes à
presidência da República? Não foi a perícia dos marqueteiros nem as
alianças partidárias, e sim o trabalho de base, de educação política, que
acumulou em torno dele vultoso capital eleitoral. Trabalho desenvolvido em todo
o Brasil a partir da década de 1970, através das comunidades de base das
Igrejas cristãs, dos movimentos populares, do sindicalismo combativo, da
militância remanescente da luta contra a ditadura. Trabalho conduzido pela
pedagogia de Paulo Freire.
Por que agora as classes
populares dos EUA votaram em Trump? Por que há “pobres de direita”? Por que
só a direita consegue promover, hoje no Brasil, manifestações de rua com
número significativo de pessoas?
Tomemos o exemplo de dona Maria. Diarista,
sentia-se excluída, oprimida, condenada à invisibilidade. Ansiava, como é
natural, sair do círculo do inferno. Sonhava em ser socialmente reconhecida e
respeitada, como todo ser humano. Não lhe bastava ter um nome, documentos de
identidade e uma atividade para sustentar, mal, a sobrevivência dela e dos
filhos. Desejava “algo mais” que lhe imprimisse identidade social, sejam bens
materiais (moradia, escola para os filhos, renda maior), sejam bens simbólicos
(cultura, qualificação profissional, aprimoramento de seus dons artísticos).
Maria se sentia humilhada pela árdua
jornada diária. Abandonada pelo marido, buscava conciliar seu trabalho de
faxina com o cuidado dos filhos. Além de trabalhar muito, passava horas do dia
no transporte coletivo e se sabia socialmente invisível. O filho adolescente
queria ao menos um tênis de marca para ser socialmente reconhecido. Os sonhos
de consumo podiam torná-lo vulnerável aos tentáculos da criminalidade.
Tudo mudou no dia em que Maria ingressou
em uma comunidade religiosa que a trata como “irmã”, se interessa por sua
vida, ajuda-a a transpor dificuldades. Para consolidar esse reconhecimento, ela
abraçou a ideologia da comunidade. O pastor ou o padre a convenceu de que essa
sociedade - capitalista - oferece oportunidades a todos, basta abandonar os
vícios. Assim, deixou de gastar seu minguado salário em apostas e cigarros.
Agora mira as famílias abastadas, em cujas casas faz faxina, como abençoadas
por Deus, graças à prosperidade alcançada. Ainda que as pessoas continuem
considerando-a uma “ninguém”, Maria aprendeu na Igreja que Deus a ama como
filha e isso alimenta sua autoestima.
Mesmo que o governo dê a Maria moradia
própria graças ao “Minha casa, minha vida” e uma renda adicional através do
Bolsa Família; e mesmo que seus filhos tenham escolas e empregos, ela não
dará o salto epistêmico da ideologia da direita para a esquerda.
Maria se inocula da naturalização do
sistema capitalista por todos os meios que a cercam: a cultura que respira, as
famílias que a contratam, a TV, o rádio, as redes digitais em seu celular.
Como analisa o sociólogo estadunidense Seymour Martin Lipset em sua obra
“Political man”, Maria admira pessoas ricas e poderosas, vota em políticos que
prometem combater a politicagem, a corrupção, e tratar com mão de ferro
bandidos e traficantes de drogas.
Maria só dará o salto epistêmico
quando participar de uma comunidade que a convença de que Deus não criou o
mundo para que a humanidade se dividisse em pobres e ricos, nem uma sociedade
onde uns poucos esbanjam muito e muitos clamam por um prato de comida. Ou
quando se integrar a um movimento popular que, além da organização para
adquirir casa própria ou uma área no campo onde possa produzir, ofereça a
ela uma educação política que a faça entender as causas das desigualdades
sociais, da criminalidade, da dependência de drogas.
Na cabeça de Maria, homens como Trump e
Bolsonaro merecem sua admiração porque são duros com a bandidagem e, por
isso, os “frouxos” tratam de acusá-los injustamente de toda sorte de mentiras.
Maria não sonha em ter a vida das madames para as quais trabalha. Sonha em
andar pelas ruas sem medo de lhe roubarem a bolsa ou o celular; em ver os
filhos empregados; em ter seu bairro com saneamento e ruas asfaltadas. Jamais
imaginou que se na sociedade houvesse menos ricos, haveria também menos
pobres. Ela nunca teve oportunidade de receber educação política. Por isso,
vota confiante na direita, como nos EUA eleitores votaram majoritariamente em
Trump, convencidos de que ele fará a roda da história girar ao contrário e o
sonho americano se fará realidade para todos.
Se a esquerda brasileira não tirar Paulo
Freire das prateleiras, reabrir equipes e escolas de educação popular,
capacitar militantes para atuar junto às classes populares, assumir a ética
como princípio inegociável, trocar o projeto de poder pelo projeto de Brasil,
ela haverá de sofrer, em 2026, sua pior derrota desde o fim da ditadura em
1985.
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Como outrora se dizia à luz de categorias marxistas, a correlação de forças mudou. Após a Segunda Grande Guerra, o avanço da União Soviética e o êxito da Revolução Chinesa (1948) estabeleceram um equilíbrio pendular no mundo conhecido como Guerra Fria.
Entretanto, essa visão simplista ignora o papel fundamental do Ocidente na
expansão dos direitos individuais e na contenção dos regimes totalitários que
massacraram milhões de pessoas sob o pretexto de igualdade.
A afirmação de que os regimes comunistas da União
Soviética e da China representaram avanços na busca pela igualdade é falaciosa
e ignora o custo humano dessas experiências. A realidade histórica revela que
esses regimes, longe de promoverem a igualdade, se tornaram verdadeiros
exemplos de totalitarismo, massacrando milhões de pessoas desde a primeira
investida do comunismo por Stalin.
O Holodomor, um genocídio proposital de milhões de
ucranianos por Stalin, é um claro exemplo do que o regime soviético foi capaz
de fazer em nome da implementação de sucesso do comunismo em seu país. O
governo soviético não hesitou em usar a fome como uma arma política, resultando
na morte de entre 3 a 7 milhões de ucranianos, sem contar os milhões de outras
vítimas que sofreram com os expurgos e as purgas estalinistas.
Na mesma linha, a implementação do comunismo na China sob
Mao Tsé-Tung causou a morte de milhões durante o “Grande Salto Adiante e a
Revolução Cultural”. Durante o Grande Salto Adiante (1958-1962), por exemplo, a
política desastrosa de coletivização forçada e a má gestão agrária resultaram
em uma fome que matou estimados 45 milhões de pessoas. A Revolução Cultural
(1966-1976) levou à destruição de toda uma geração, com milhões sendo
perseguidos, torturados e mortos.
A outra questão que precisa ser esclarecida é visão
simplista que opõe “fascismo” a “comunismo” como opostos absolutos e que ignora
uma realidade histórica revelando um entendimento pobre das ideologias
políticas desses regimes. Embora os regimes de Hitler e Mussolini sejam, pela
esquerda, classificados como fascistas e de direita, muitos dos ideais que implementaram
e defenderam surpreendentemente encontram seus pares com os princípios adotados
simplesmente por partidos de esquerda contemporâneos, no Brasil e em outros
países, especialmente no que diz respeito ao controle estatal e à centralização
do poder. O que é totalmente avesso às políticas conservadoras liberais de
direita em qualquer tempo na história; mas é visto, ainda hoje em certo nível,
em todos os países comunistas.
Digo ‘em certo nível’ pois após o período de vivência da
desastrosa implementação do comunismo na China, por exemplo, que foi o país com
o maior número de mortos; a China adotou uma série de reformas implementadas a
partir do final da década de 1970 sob a liderança de Deng Xiaoping, que marcou
uma mudança significativa na condução financeira do país, dentro de seu regime
comunista, que foi a adoção de uma economia de mercado. Mesmo assim, o regime
continua totalitário em vários aspectos, a começar por repressões severas às liberdades individuais e por haver um único partido
político no país, e ai de quem ousar se levantar, ou falar algo contra esse partido.
O regime de Hitler na Alemanha e o regime de Mussolini na
Itália eram abertamente nacionalistas, mas também defendiam uma forte
intervenção estatal na economia e na vida social, muito em linha com o que se
observa em regimes de esquerda, tanto no passado quanto no presente. O próprio
nome do partido nazista fala por si só, Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores
Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei – NSDAP); ou seja: Essa foi a primeira versao do PT só que na Alemanha Nazista. Hitler, por exemplo, defendeu a criação de um Estado forte, onde
o governo central controlava a produção, inclusive com a utilização de empresas
estatais e um sistema de economia planejada para garantir o poder do Estado.
Isso é algo que se alinha com a visão socialista de controle estatal dos meios
de produção, como defendido pela esquerda. O que também é o extremo
oposto das políticas conservadoras liberais.
Mussolini, que fundou o regime fascista na Itália, também implementou um sistema de corporativismo, onde o governo controlava fortemente os sindicatos e os setores econômicos, promovendo um modelo de economia que deixava de lado o livre mercado em favor de um planejamento centralizado. Os sindicatos, sob o regime fascista, eram usados como ferramentas para garantir a fidelidade ao Estado, e não para representar interesses independentes dos trabalhadores. Os sindicatos eram apenas mais um instrumento de controle de massas.
Essa ideia de controle dos sindicatos e da produção pelo
Estado é também um pilar central da ideologia de muitos partidos de esquerda
contemporâneos, que defendem a estatização de setores estratégicos da economia
e a centralização do poder no governo. Que, acerca disso, precisamos lembrar dos
pretensos sindicatos como que preocupados com o trabalhador; e essa é uma estória só para
quem acredita em papai Noel e na Tinker Bell. Na real, aqui a verdade apareceu como foi o caso de atuantes
políticos de esquerda no Brasil à época do regime militar entre as décadas de
1960 a 1990, quando atuavam como sindicalistas. A história que ninguém (a
esquerda) quer contar é sobre a manipulação dos sindicatos aos trabalhadores incentivando-os a entrarem em
greve e depois vendiam o fim das greves para os empresários obtendo seus lucros
como bons capitalistas selvagens.
Além disso, tanto o regime de Hitler quanto o de
Mussolini procuraram implementar uma ideologia de “coletivismo nacional” – um
conceito de unidade da nação sob um Estado forte, onde os interesses do
indivíduo eram subordinados ao coletivo. Isso ecoa, e não é coincidência, a
ideia de um Estado totalitário que controla todas as esferas da vida, sendo o
mesmo princípio defendido tanto pelo socialismo como pelo comunismo, como visto
ainda hoje na Rússia, China, Coréia do Norte, Venezuela e seus pares.
Como já visto, os regimes fascistas e nazistas, embora se
apresentassem como anticomunistas, carregavam os mesmos princípios que hoje são
característicos de movimentos de esquerda, como o controle da produção pelo
governo, a defesa das estatais e a centralização do poder econômico e político, bem como a defesa e criaçao dos sindicatos como formas de controle do trabalhador.
O fascismo e o socialismo, ambos regimes totalitários, compartilhavam um
desprezo pelos direitos individuais e uma crença na intervenção do Estado para
moldar e controlar a sociedade. Ambos os regimes eram profundamente estatistas
e se opunham ao livre mercado, favorecendo uma forma de planejamento
centralizado da economia. O que é a própria expressão da esquerda dos dias
atuais.
Portanto, vê-se que a narrativa de que os regimes de
Hitler e Mussolini são completamente opostos aos ideais da esquerda é falaciosa.
Embora o fascismo se baseasse em um nacionalismo extremo, e na criação de uma
identidade nacional homogênea, o que ambas ideias não definem ser de direita, fez
uso de métodos de controle social e econômico que também foram empregados pelos
regimes de esquerda, como o totalitarismo estatal, o controle da produção e a
interdependência entre governo e sindicatos. O controle das estatais e a
centralização da economia são, de fato, princípios que também estão na base de
muitos partidos de esquerda até hoje.
Atualmente, embora as circunstâncias possam ser
diferentes, encontramos nos partidos de esquerda que ainda se baseiam nesses
mesmos princípios autoritários, mesmo que a retórica da igualdade e da justiça
social seja mantida, um mero conto da carochinha.
Os países capitalistas metropolitanos, em especial da Europa Ocidental, adotaram políticas social-democratas que beneficiaram a classe trabalhadora. O objetivo do Estado de bem-estar social era evitar que fosse atraída pela agenda comunista.
No entanto, tal narrativa esquece que o
desenvolvimento econômico proporcionado pelo capitalismo foi o verdadeiro motor
para a melhoria das condições de vida, e não concessões feitas por medo do
comunismo. Uma prova disso é o que a China promoveu de mudança na sua área econômica
após ter matado milhões de chineses com a implementação do regime comunista. O
crescimento econômico da China se deve a uma série de reformas implementadas a
partir do final da década de 1970 sob a liderança de Deng Xiaoping que introduziu
a economia de mercado, mas manteve o status ditatorial para área social e
política.
Antônio Candido dizia que a maior conquista do socialismo não tinha ocorrido nos países que o adotaram, e sim na Europa Ocidental que, por temê-lo, concedeu direitos aos trabalhadores. Derrubado o Muro de Berlim (1989), os direitos também vieram abaixo.
A queda do Muro de Berlim em 1989 não representou o fim dos direitos dos trabalhadores na Europa Ocidental, mas sim a derrocada definitiva de um sistema que se sustentava por meio da repressão e do fracasso econômico. A afirmação de que o socialismo teria forçado os países ocidentais a conceder direitos ignora que a prosperidade europeia foi resultado de políticas liberais e democráticas, enquanto os países socialistas mergulharam na estagnação econômica, na repressão política e na miséria da população.
A Alemanha Oriental, antes da reunificação, era um
exemplo claro do fracasso econômico socialista. Apesar de estar localizada na
mesma região geográfica que a próspera Alemanha Ocidental, sua economia permaneceu
atrasada, com severas restrições às liberdades individuais e um Estado
policialesco que mantinha sua população sob vigilância constante. Após a queda
do regime comunista, a reunificação alemã demonstrou que a adoção de políticas
de livre mercado era o caminho para o crescimento e a prosperidade.
O caso da Coreia do Norte é outro exemplo do embromo comunista.
Enquanto a Coreia do Sul, adotando uma economia de livre mercado, tornou-se uma
potência econômica global, a Coreia do Norte permaneceu isolada, mergulhada na
fome e na repressão extrema. O contraste entre os dois países evidencia como o comunismo
real é um engodo pregando que iria gerar progresso mas o que acontece é justamente a imposiçao de sofrimentos inimagináveis à
sua população até os dias de hoje.
Cuba, outro experimento comunista implementado com sucesso, mostra como continua a enfrentar dificuldades severas, mesmo após décadas de promessas revolucionárias. A economia da ilha depende de subsídios externos e do turismo, enquanto os cubanos sofrem com a escassez de produtos básicos e a repressão política. A promessa de igualdade deu lugar à pobreza generalizada e à falta de liberdade pessoal. Essa é a real situaçao do comunismo: O comunismo só funciona enquanto há dinheiro alheio sendo gasto. Acaba-se o dinheiro, a realidade comunista aparece: fome, miséria, repressao política, caça aos direitos individuais e o fim da liberdade em todos os aspectos.
O caso mais recente, a Venezuela, ilustra como políticas
socialistas podem levar rapidamente um país próspero à ruína. Detentora das
maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela experimentou décadas de
crescimento antes da adoção do modelo chavista. Sob um regime socialista, o
país passou por hiperinflação, desabastecimento e uma crise humanitária que
levou milhões de cidadãos ao exílio. E, vimos a realidade da população venezuelana
que, vítima do colapso socialista em seu país, buscou refúgio no Brasil durante
o governo anterior, atravessando a fronteira pelo Estado de Roraima. Essa
realidade influenciou de tal maneira a política local, que tornou Roraima o
estado com o maior número de prefeituras avessas às políticas comunistas, como
demonstrado nas últimas eleições municipais.
A atual realidade do Brasil segue o mesmo caminho. Após
um período de franco crescimento econômico e saldo positivo em caixa deixado
pelo último governo findo em 2022[1],
o país agora enfrenta um cenário de rombo econômico devido à implementação de
políticas comunistas. O avanço do intervencionismo estatal, o aumento
descontrolado dos gastos públicos e a insegurança jurídica afastam
investimentos, geram desemprego e comprometem a estabilidade financeira da
nação[2].
Assim como nos outros exemplos históricos, a guinada ao socialismo demonstra
ser um erro que custa caro à população.
Esses exemplos históricos demonstram que o socialismo não foi o motor do progresso dos trabalhadores no Ocidente. Pelo contrário, onde foi aplicado, gerou atraso político e econômico, repressão à população, e perseguição aos oponentes políticos e o fim das liberdades individuais.
A prosperidade em vários aspectos e os
direitos dos trabalhadores, as liberdades de expressão, política e religiosa
foram conquistadas dentro de democracias liberais, onde se provou o crescimento
econômico, onde também a inovação e liberdade de consciência permitiram
melhores condições de vida para toda a população.
Como Hitler e Mussolini encarnavam o que se considerava direita, se assumir como tal era tido como politicamente incorreto.
No
entanto, essa categorização ignora que tanto o nazismo quanto o fascismo eram
fortemente estatistas, intervencionistas e coletivistas, características que se
alinham às ideias da esquerda ao invés do liberalismo conservador. A defesa de
estatais, o controle governamental da produção e a dependência do povo ao
Estado são elementos comuns entre os regimes de Hitler, Mussolini e os partidos
de esquerda.
No Brasil, após a redemocratização (1985), na polarização partidária, o PT representava a esquerda e o PSDB, a direita, embora este partido traga em sua sigla a marca de social-democracia.
Essa divisão
artificial ignora o fato de que o PSDB sempre teve uma orientação progressista
e nunca representou uma direita autêntica, diferentemente do que ocorre em
democracias maduras. Na realidade, o PSDB e seus correlatos sempre fizeram
parte da chamada "teoria das tesouras", sendo apenas uma versão mais
lenta e disfarçada do projeto político do PT. A parceria entre Fernando
Henrique Cardoso e Lula sempre existiu, e ambos colaboraram para a perpetuação
do mesmo esquema de poder sob rótulos diferentes.
Dissolvida a União Soviética (sem que se disparasse um único tiro) e derrubado o Muro de Berlim, a direita decidiu “sair do armário”. Hoje, a polarização ideológica não é entre esquerda e direita, é entre direita e extrema-direita, como Kamala e Trump.
Essa colocação falaciosa corrompe
a realidade ao confundir conservadorismo com extremismo, enquanto ignora a
radicalização da esquerda, que flerta abertamente com ideologias autoritárias.
A eleição de Trump é a cereja do bolo que faltava à ascensão da direita no mundo. Sem dúvida, ela haverá́ de anabolizar a extrema-direita no Brasil.
A diferença entre direita e extrema-direita é que a
primeira respeita as regras da democracia burguesa; a segunda, as ignora e
adota medidas autocráticas. O tema tem sido exaustivamente tratado por autores
como Roger Eatwell, Matthew Goodwin e Cas Mudde. A real diferença é que a
esquerda tem dificuldades em aceitar a democracia quando não está no poder,
recorrendo a narrativas de extrema-direita para desqualificar seus opositores.
Como ficam os partidos progressistas como PT, PSOL, PcdoB, UP e outros? Pelo andar da carruagem (eleição de Trump e resultados das eleições municipais) dificilmente haverão de amealhar um número significativo de votos nas eleições de 2026.
Isso se deve ao fato de que a população está cada vez mais ciente dos desastres econômicos e sociais que essas agremiações promoveram quando estiveram, e como agora voltaram ao poder. Ou como afirmou o atual vice-presidente Alk-min, acerca de Lule quando ainda, dito oponente de Lule, algo como: “Voltará a cena do crime...”. O crescente descontentamento com as gestões passadas, especialmente em relação à inflação, ao desemprego e à corrupção, tem levado muitos a buscar alternativas políticas fora do espectro tradicional da esquerda.
Por outro lado, o esclarecimento da população,
especialmente no Brasil, foi amplamente impulsionado pelo advento da internet.
A democratização do acesso à informação, proporcionada pelas redes sociais e
pela possibilidade de consultar múltiplas fontes, tem sido crucial para que os
cidadãos possam formar suas próprias opiniões sobre a política e os governos. A
internet se tornou um espaço onde o debate sobre a realidade política e social
do país ocorre de forma ampla e livre, sem uma censura contundente — ao menos
ainda — no Brasil.
Contudo, essa liberdade tem sido desafiada por forças
políticas dentro do próprio Brasil. Tanto a esquerda brasileira quanto o S-T-F,
que apoia suas políticas legislando de ofício, têm se empenhado em um esforço
para "regulamentar as redes sociais", com o objetivo de controlar, ou
pelo menos limitar, a disseminação de informações que eles considerem
prejudiciais ou falsas e que exponham seus projetos de poder. Projetos como o
PL 2630/2020, conhecido como "Lei das Fake-News", e as ações do S-T-F
sobre a moderação de conteúdo nas plataformas digitais estão no centro dessas
discussões. Tais iniciativas possuem um discurso falacioso de criar um
equilíbrio entre a liberdade de expressão e a necessidade de combater a
desinformação, o que claramente é um projeto de cerceamento à LIBERDADE DE
EXPRESSÃO. Se, se trata de desinformação, opere de acordo com o ordenamento
jurídico Brasileiro: Processe o mentiroso dentro do devido processo legal. Do
contrário, regulamentar as redes sociais é exatamente seguir o exemplo de Cuba,
China, Coreia do Norte e da Gestapo de Hitler a seu tempo.
Essa regulamentação das redes sociais se tornou um tema
central no Congresso Nacional e no S-T-F, com debates acirrados sobre como
garantir um ambiente digital seguro, mas sem comprometer direitos fundamentais.
O Congresso, por exemplo, tem discutido a responsabilidade das plataformas em
moderar conteúdos que considerem prejudiciais, enquanto o S-T-F tem tomado
decisões de ofício relacionadas à atuação do Estado para controlar o fluxo de
informações nas redes. Esses movimentos refletem um cenário político tenso,
onde a liberdade de expressão e o controle informativo estão em constante
confronto.
O próximo Congresso, a ser eleito em 2026, será tão ou mais conservador que o atual. Quem garante isso? O orçamento secreto, agora apelido de emendas parlamentares. Nenhum cacique municipal ou estadual correrá o risco de perder a boquinha na próxima legislatura federal.
No governo anterior, ficou claro na fala do articulador, que o nome que se dava às já existentes emendas parlamentares era o “orçamento secreto”. Nome fomentado pela midia mainstream e os politiqueiros de plantão da esquerda ardiam em febre afirmando que era um ato maldito querendo afirmar com isso que, tal coisa, era ilegal, obscuro ou algo dessa natureza. Mas, agora, é legal, são apenas as Emendas Parlamentares operando da mesma forma que antes.
A afirmação de que o Congresso de 2026 será "tão ou mais conservador" do que o atual, e que
isso se deve ao uso do orçamento secreto (emendas parlamentares), ignora uma
dinâmica central da política brasileira: o fisiologismo. Este não é um problema
exclusivo de um espectro político, mas uma prática comum em todas as alas
políticas, sendo uma das principais características de como a política
brasileira, e até a mundial, funciona, com parlamentares e governantes
negociando apoio em troca de vantagens pessoais ou regionais, como recursos
públicos ou cargos.
O fisiologismo pode ser explicado como a prática de
políticos usarem seu poder para garantir benefícios a seus aliados ou a si
mesmos em troca de apoio, frequentemente através de emendas parlamentares ou a
nomeação de aliados para cargos de confiança. Esse tipo de acordo favorece a
manutenção de uma rede de poder baseada na troca e não na meritocracia ou no
interesse coletivo, priorizando, em última instância, a perpetuação de um
sistema político baseado em benefícios pessoais. Uma verdadeira distorção do
que seria uma política de fato democrática.
Um exemplo claro disso é o “governo de Jair Bolsonaro”.
Durante seu mandato, Bolsonaro tentou adotar uma postura de distanciamento
desse fisiologismo, resistindo aos acordos que muitos de seus aliados políticos
buscavam em troca de apoio. Isso levou a um grande confronto com o Congresso e
com a velha política, que sempre se utilizou dessa prática para garantir apoio.
Bolsonaro se recusou a fazer as concessões que seus aliados esperavam, não
"comprando" o apoio político com emendas ou outros tipos de negociatas.
Isso causou um distanciamento entre o presidente e o Congresso, o que resultou numa
série de dificuldades políticas para o governo, incluindo a perda de apoio em
momentos estratégicos e a falta de uma base sólida dentro do parlamento.
Esse enfrentamento contra o fisiologismo e a recusa em
seguir o "jogo político" tradicional foi um dos fatores que
contribuíram para a fragilidade política do governo Bolsonaro, especialmente
nas vésperas da eleição de 2022. O sistema político, que é sustentado por essas
práticas de troca de favores e apoio, acabou se voltando contra ele. No processo
eleitoral de 2022, muitos dos mecanismos políticos usados para minar sua base
de apoio já estavam em vigor, como vimos durante a campanha, com manipulações e
influências externas, como a própria USAID, além da utilização de recursos
nacionais de maneira estranha a um pleito que deveria ser considerado
democrático.
Assim, o que a análise falha em perceber é que o
fisiologismo não é uma prática que depende apenas de quem está no poder, mas
sim uma característica estrutural da política brasileira, que transcende a
simples diferença entre direita e esquerda. A resistência de Bolsonaro a essa
prática tradicional, embora baseada em um ideal de governar sem a troca de
favores, acabou enfraquecendo sua posição e abrindo caminho para o sistema
político "peitar" sua gestão, criando condições que muitos
consideraram prejudiciais à sua reeleição. A eleição de 2022, com seus eventos
e dinâmicas atípicas, refletiu em grande parte o impacto dessa recusa do
presidente em se alinhar com o fisiologismo.
Portanto, ao afirmar que o Congresso continuará sendo
dominado por práticas como o orçamento secreto e que o fisiologismo seria uma
prerrogativa da direita, a análise deixa de reconhecer que isso é uma
característica do sistema político em si. O fisiologismo, seja na direita ou na
esquerda, é uma prática transversal, e quem tenta se distanciar dela, como no
caso de Bolsonaro, acaba enfrentando uma resistência sistêmica que pode
enfraquecer sua posição e até inviabilizar sua continuidade no poder.
O problema, no entanto, é que a esquerda acredita que pode manipular as massas por meio de propaganda, ignorando que a internet permitiu a democratização da informação, dificultando a imposição de narrativas como já visto em argumento anterior.
No entanto, esse trabalho de base sempre foi marcado por
um viés doutrinário, pautado nas ideias de Paulo Freire, que não passam de um
instrumento de manipulação ideológica. Freire não desenvolveu um modelo
educacional eficaz, mas sim um método para transformar indivíduos sem instrução
em militantes incapazes de pensamento crítico real, tornando-os meros
repetidores de slogans partidários.
Agora, vamos ver
uma outra versão da história de Maria.
Maria sempre foi uma mulher simples, mas com uma força
interior que a mantinha em pé diante das dificuldades da vida. Trabalhava como
diarista, se desdobrando para cuidar de seus filhos e garantir o sustento da
casa. Todos os dias, após um longo dia de trabalho pesado e cansativo, ela
voltava para sua casa com a sensação de ser invisível, como se o esforço de sua
vida não fosse reconhecido nem valorizado. Mesmo tendo seu nome, seus
documentos e um trabalho honesto, Maria sentia que lhe faltava algo mais: dignidade
e respeito, coisas que o sistema parecia não dar a ela, por mais que ela se
dedicasse a tudo o que fazia.
A grande virada aconteceu quando Maria encontrou uma
comunidade religiosa que a acolheu como irmã. Ali, ela não era mais apenas uma “ninguém”,
uma mulher sem nome ou status. Era vista, reconhecida e, mais importante,
respeitada como filha de Deus. O pastor, com sua sabedoria e generosidade,
ensinou a Maria que, independentemente de sua classe social, Deus a ama e que,
com trabalho duro, oração e fé, ela poderia conquistar uma vida mais digna. A
comunidade lhe ofereceu um espaço onde ela não precisava mais se esconder, onde
a valorização de seu esforço era real.
O maior ensinamento que Maria recebeu foi que o mérito e o
esforço pessoal são fundamentais para alcançar qualquer coisa na vida, conheceu
a meritocracia. Ela começou a perceber que sua luta não era apenas contra a
pobreza material, mas contra uma ideologia que a fazia acreditar que ela não
tinha escolha, que ela estava presa a um destino predeterminado pela sua classe
social. Ela se libertou da ideia de que o sistema estava irremediavelmente
contra ela. Pelo contrário, ao adotar uma visão mais conservadora, Maria passou
a ver que o trabalho árduo, a moralidade e a fé eram fruto de uma vida
regenerada e que, mesmo que a sociedade em seu entorno não a valorizasse, que,
no tempo certo ela teria reconhecimento, respeito e prosperidade espiritual
pelo fato de ter sido alguém alcançada pela graça.
Com a ajuda da igreja, pelo ensino recebido, pela operação
miraculosa da conversão, Maria começou a abandonar os vícios que lhe foram
ensinados como solução rápida para seus problemas — como as apostas e o consumo
de cigarro — e passou a dedicar seus recursos a algo mais valioso: a educação
de seus filhos, o aprimoramento de sua própria capacidade de trabalho e,
sobretudo, o fortalecimento de sua fé e no conhecimento de Deus.
Aos poucos, começou a perceber que as famílias para as quais
trabalhava como diarista, aquelas que antes pareciam distantes e inacessíveis,
não eram “abençoadas” por um sistema injusto, mas sim pelo esforço, pela
disciplina e pela valorização do mérito, quem planta colhe. Mas, tendo a
consciência de que tudo estava debaixo da soberania de Deus (Sl 75.7). Para
ela, essas famílias representavam aquilo que ela poderia alcançar com o devido
esforço e dedicação, se isso fosse da vontade de Deus.
O maior aprendizado de Maria foi o da valorização do mérito
pessoal (2 Tss 3:10) e da importância de lutar por um mundo onde a justiça
social fosse alcançada não por meios externos, mas através da luta pessoal e do
esforço individual se submetendo ao jugo de Cristo (Mt 11.30). Maria aprendeu a
rejeitar a ideologia da esquerda que lhe dizia que seu destino estava atrelado
a um sistema opressor e que sua vida nunca poderia ser mais do que aquilo que
ela tinha vivido até então. Ela entendeu que não precisava ser vítima de um
sistema para justificar suas dificuldades e que a solução estava nela mesma, em
seu trabalho, em sua fé, e no entendimento de que, ao contrário do que o
discurso da esquerda propaga, a verdadeira liberdade e prosperidade se
encontram em Cristo, quando após ser “...selada com o Espírito Santo...” (Ef
1.13) aprendeu a valoriza o esforço individual, a ética e a moral.
Ao longo do tempo, Maria se fortaleceu com a ideia de que o
trabalho e a fé seriam os pilares de sua mudança. Ela rejeitou a ideia de que
precisaria da “ajuda” do governo ou de assistencialismo para conquistar o que
desejava. Percebeu que o trabalho e a promoção do sustento por si mesma era algo
digno. Ela percebeu que não poderia mudar a estrutura do sistema, mas poderia
mudar sua posição dentro do próprio sistema através do conhecimento e da
valorização de seus próprios esforços.
A política que a direita defendia, com o foco no mérito, no
combate à corrupção, na valorização do trabalho e na proteção das famílias, passou
a fazer muito mais sentido para Maria do que as promessas da esquerda, que lhe
diziam que ela era vítima de algo maior, algo que ela não podia controlar e que
deveria se juntar aos movimentos sociais para lutar, literalmente.
Maria começou a valorizar as qualidades que ela tinha, a fé
que a sustentava, e a visão de mundo que agora adotava: um mundo onde a
responsabilidade, a disciplina, o trabalho árduo e a moralidade cristã eram os
caminhos para a verdadeira ascensão social. Com esse novo olhar, ela passou a
admirar políticos que, como Trump e Bolsonaro, falavam sobre a necessidade de
acabar com a corrupção e de garantir a segurança, a prosperidade e o
reconhecimento das pessoas trabalhadoras.
Ela não sonhava mais em ter a vida das “madames” para as
quais fazia faxina, deixou a cobiça de lado. Maria passou a sonhar com uma vida
em que, com o trabalho e a educação de seus filhos, ela poderia ver sua família
prosperando principalmente espiritualmente, passou a ver que as ruas do seu
bairro também poderiam ser seguras, em que ela poderia andar sem medo de ser
assaltada, e em que seus filhos teriam acesso a oportunidades que antes
pareciam inalcançáveis. Não por que o governo as tornariam mais seguras, mas
por que ela passou a confiar na graça e soberania de Deus (Sl 127.1). Ela não
imaginava que, ao valorizar o mérito e o esforço, ela poderia mudar sua própria
vida e influenciar a vida de muitos ao seu redor.
Maria agora entendia que não era mais uma vítima, mas uma serva
de Deus que se vangloriava na soberania Dele em sua própria história. E, com
essa visão, ela encontrou força para acreditar que a mudança que ela desejava
não viria do governo ou da sociedade como um todo, mas daquilo que ela própria
poderia fazer para entender o seu lugar no mundo. Votando na direita, Maria não
fazia apenas uma escolha política, mas afirmava sua crença no mérito, na
valorização do trabalho, na proteção da família e na importância de um mundo
onde os indivíduos possam prosperar com base em suas próprias escolhas e
esforços, e não em um sistema ideológico que limita sua capacidade de pensar e
agir livremente e ainda tenta se manter no poder por meio de subterfúgios
financeiros transmitindo a falsa de ideia de “distribuição de renda” por meio
de programas sociais que precisam ser vistos como meios de controle da massa
incauta.
Se a esquerda brasileira não tirar Paulo Freire das prateleiras, reabrir equipes e escolas de educação popular, capacitar militantes para atuar junto às classes populares, assumir a ética como princípio inegociável, trocar o projeto de poder pelo projeto de Brasil, ela haverá de sofrer, em 2026, sua pior derrota desde o fim da ditadura em 1985.
Na verdade,
enquanto a esquerda continuar apostando em doutrinação em vez de educação de
qualidade, e se negar a debater suas práticas e seus erros, ela continuará
perdendo espaço para aqueles que realmente oferecem soluções pragmáticas e
eficientes para os problemas do país. Em outras palavras: a saída para a
esquerda é uma guinada à direita.
[1] De
acordo com o Tesouro Nacional, o Governo Federal registrou um superávit
primário de R$ 59,7 bilhões em 2022, superando a previsão de R$ 36,3 bilhões
estabelecida pelo Decreto nº 11.269/2022. Este superávit indica que, naquele
ano, as receitas do governo excederam as despesas, excluindo os gastos com
juros da dívida pública. Este resultado positivo contribuiu para a redução da
dívida pública e para a sustentabilidade fiscal do país.É importante ressaltar
que o superávit primário reflete a capacidade do governo de gerir suas contas
de forma responsável, garantindo recursos para investimentos e políticas
públicas essenciais. https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br/noticias/governo-federal-apresenta-superavit-primario-de-r-59-7-bilhoes-em-2022
[2] De
acordo com o Banco Central do Brasil, o resultado nominal do setor público
consolidado foi deficitário em R$998,0 bilhões (8,45% do PIB) em 2024, ante
R$967,4 bilhões (8,84% do PIB) em 2023.
https://www.bcb.gov.br/estatisticas/estatisticasfiscais
Além disso, as Estatísticas de Finanças Públicas
indicam que a necessidade de financiamento do governo geral aumentou 111,2% em
2023 em relação ao ano anterior, devido a um crescimento nominal de 13,2% das
despesas, enquanto as receitas aumentaram apenas 3,4% no mesmo período.
Esses dados oficiais refletem um aumento significativo
das despesas públicas e do déficit fiscal, o que pode impactar a estabilidade
financeira do país.
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