sexta-feira, 25 de abril de 2025

Série: O CRISTÃO E AS FINANÇAS: “O amor ao dinheiro”.

     No último texto da série, vimos que dificuldades financeiras podem surgir dentro da Igreja, afetando a vida de alguns irmãos. Nesse momento, é responsabilidade da Igreja amparar os que estão em necessidade (Romanos 15:26; 1 Coríntios 16:1-4). No entanto, alguns podem dizer: “Não tenho nada com isso”. Apesar de estar claramente expressa na Escritura a responsabilidade de quem possui meios em ajudar aos irmãos necessitados, como diz 1 João 3:17: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e ver a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?”, muitos ainda ignoram essa orientação. 

    Além disso, vimos que, quando Jesus alertou ao jovem rico para que vendesse suas propriedades e desse aos pobres, Ele não estava sugerindo que para entrar no céu é necessário ser pobre. O problema do jovem rico era outro: ele estava demasiado apegado ao dinheiro, e isso se tornara o seu verdadeiro "Deus". O amor ao dinheiro é uma forma de idolatria, e Jesus nos ensina que esse apego pode nos afastar do Reino de Deus. 

    Contudo, o amor ao dinheiro não é um problema exclusivo dos ricos. Ele é originado por outro pecado que está enraizado na alma humana: a cobiça. Tiago explica claramente: “De onde procedem as guerras e contendas entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tiago 4:1-3). 

    A cobiça é a raiz de todo tipo de pecado, incluindo adultério, mentira, maledicência, assassinato e idolatria. A vida cobiçosa, seja de um rico ou de um pobre, terá um fim merecido, como está escrito em Gálatas 5:19-21: “...prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o Reino de Deus os que tais coisas praticam.” 


Você é nosso convidado: 

🕘 Domingos às 09h da manhã e às 19h30 da noite 

📍 Rua Firmino da Silva Santos, esquina com João Paulo – Mojú 

IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL EM MOJÚ:

✨ Uma igreja que ama a Palavra, busca a santidade e vive para a glória de Deus. 

“Ó vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou.” (Salmo 95:6)

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domingo, 20 de abril de 2025

Série: O CRISTÃO E AS FINANÇAS - "Não tenho nada com isso"

   No último texto desta série, refletimos sobre a realidade de enfrentarmos dificuldades ao longo da vida, algo que é comum a todos: “...No mundo, passais por aflições...” (João 16:33). Esses momentos de aflição são inevitáveis e fazem parte da experiência humana. Quando essas dificuldades atingem a nossa estabilidade financeira — seja pela perda de um emprego ou por uma doença que nos impede de trabalhar — é natural que muitos não tenham reservas para enfrentar essas tribulações e precisem de auxílio. E é justamente neste momento que a Igreja tem a responsabilidade de ajudar os seus membros (Romanos 15:26; 1 Coríntios 16:1-4).

No entanto, como já vimos, esse papel não deve ser delegado ao Governo. A obrigação de ajudar aos irmãos em momentos de necessidade recai sobre os cristãos, mas, infelizmente, muitos dizem: “Não tenho nada com isso”. O governo pode, sim, intervir politicamente nas questões sociais, mas isso jamais pode ser usado como argumento para que os cristãos, especialmente aqueles com posses, se isentem de ajudar seus irmãos quando têm a capacidade e o dever de fazê-lo.

A Escritura nos adverte com seriedade sobre isso: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e ver a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (1 João 3:17). Essa solene advertência pesa sobre aqueles que tentam se eximir de uma responsabilidade divina, escondendo-se atrás da ideia de que não têm nada com isso. Isso revela uma falta de compreensão do amor cristão, que, como nos ensina a Palavra, é expresso em ações concretas de ajuda ao próximo.

Esse é um princípio fundamental da Escritura, conhecido como a Mordomia Cristã. A Mordomia Cristã nos lembra que somos responsáveis pela forma como fazemos uso dos bens que Deus nos concede. Na verdade, nada nos pertence. Tudo o que temos é dado por Deus para que o utilizemos de maneira responsável, o que inclui ajudar aqueles que carecem de apoio, especialmente nossos irmãos na fé. (Gálatas 6.10).

Quando Jesus orientou o jovem rico a vender suas propriedades e dar o dinheiro aos pobres, Ele não estava sugerindo que, para entrar no céu, é necessário ser pobre. O problema do jovem rico era outro: ele estava excessivamente apegado às riquezas, amava o dinheiro, e isso havia se tornado o seu verdadeiro "Deus". Esse apego é uma forma de idolatria, e a Bíblia nos ensina que os idólatras não herdarão o Reino dos Céus.

*Venha aos cultos, você é nosso convidado:*

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“Ó vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou.”

(Salmo 95:6)

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sexta-feira, 18 de abril de 2025

O QUE É MAIS LÓGICO E SENSATO? A TEORIA DO BOLO


     Você chega em casa e encontra, sobre a mesa, um belo bolo de chocolate, com cobertura de lascas de chocolate meio amargo, cerejas e um suculento recheio de brigadeiro. Naturalmente, começa a se perguntar como aquele bolo foi parar ali. A partir disso, você desenvolve duas teorias.

     Na primeira, você imagina que um caminhão de supermercado descia a rua em alta velocidade. De repente, um cachorro atravessa seu caminho. Para não atropelá-lo, o motorista dá um brusco golpe no volante, fazendo o caminhão capotar. Durante as cambalhotas, os ovos que estavam no baú se quebram, misturam-se com a farinha de trigo, que também se espalha, tudo na quantidade exata da receita. Os litros de leite se derramam na proporção ideal, e o mesmo acontece com o chocolate em pó, o açúcar e o fermento. No meio do caos, essa mistura acaba caindo dentro de uma forma de bolo que, por coincidência, também estava no caminhão. Logo após, o caminhão explode e, com o calor, a massa assa.

    Quando os bombeiros chegam e apagam o fogo, uma barra de chocolate meio amargo derretida cai sobre o bolo, seguida das cerejas de um vidro que se quebrou no acidente. Um dos bombeiros encontra a forma com o bolo exatamente em frente à porta da sua casa. Por achar que pertence a você, ele pega o bolo e o coloca em cima da sua mesa.

    Essa é a primeira teoria.

 A segunda teoria que você considera é bem mais simples: alguém que conhece a receita, sabe as quantidades corretas, domina o método de preparo, fez o bolo, confeitou com cuidado e, depois de pronto, o deixou na sua mesa.

Qual das duas teorias é mais plausível?

Qual é a mais racional e lógica?

     Obviamente, a segunda. A ideia de que alguém intencionalmente preparou o bolo é infinitamente mais coerente do que supor que uma sequência improvável de acidentes aleatórios gerou aquela iguaria com perfeição. A primeira teoria, por mais detalhada e cheia de coincidências que seja, é absurda.

    E, no entanto, é justamente esse o tipo de lógica adotado por quem defende que o mundo e a vida surgiram por acaso — fruto de incontáveis coincidências acumuladas ao longo do tempo (Diga-se da Teoria da Evoluçao, Big, Bang e outras páreas). Ainda assim, ironicamente, são os que creem em uma narrativa planejada e inteligente da origem de todas as coisas que costumam ser chamados de irracionais.

 A RAZÃO DOS ANTIGOS

Essa percepção de ordem e intenção na origem de tudo não é novidade entre os que buscam a verdade. Filósofos como Platão e Aristóteles, mesmo sendo gregos e rodeados por narrativas mitológicas acerca da cosmogonia, não concebiam um mundo surgido ao acaso. Para eles, a harmonia e a regularidade expressas nas leis da natureza apontavam para algo maior — para um princípio racional, para uma Causa Primeira, um Logos, ou como Aristóteles dizia, um Motor Imóvel. Onde há leis, pressupõe-se um Legislador; onde há ordem, existe propósito. O caos não gera beleza funcional.

 ORDEM, PROGRESSÃO, PROPÓSITO

    Contudo, ao olharmos para a narrativa da Criação descrita em Gênesis, vemos exatamente o oposto da aleatoriedade: há ordem, intencionalidade, progressão e propósito. Tudo segue uma sequência lógica e funcional, com cada parte preparando o ambiente para a próxima. É uma estrutura de planejamento — e não de acidente. A natureza não apenas funciona com harmonia, mas exige uma base precisa para existir como é: leis físicas ajustadas com exatidão, ciclos interdependentes, estruturas biológicas interligadas.

    Negar a lógica de um Criador inteligente em favor do acaso absoluto é como acreditar que um bolo nasceu de um desastre.


NATURALISMO ANTIGO: AS RAÍZES FILOSÓFICAS DO ACASO

    Contudo, a ideia de que a vida poderia ter surgido sem propósito também não é nova. Muito antes de Darwin, alguns filósofos naturalistas da Grécia Antiga propuseram hipóteses semelhantes às que hoje sustentam a teoria da evolução: 

  • Tales de Mileto (c. 621–543 a.C.) propôs que a água era o princípio de tudo, e que os processos naturais, e não divinos, originaram o mundo.
  •  Anaximandro (c. 610–547 a.C.), seu discípulo, acreditava que tudo se formou a partir de quatro elementos (terra, água, ar e fogo), derivados de um princípio indefinido chamado apeiron. Ele também sugeriu que os seres vivos evoluíram por transformações graduais.
  •  Empédocles (c. 492–430 a.C.) foi mais explícito: afirmou que os organismos se formaram separadamente e sobreviveram aqueles que estavam mais bem adaptados — uma ideia ancestral da chamada seleção natural.
  •  Leucipo e Demócrito (séc. V a.C.) defenderam que tudo é composto por átomos em movimento no vazio. Embora Leucipo reconhecesse ordem e necessidade (“nada acontece por acaso”), o foco da escola atomista era explicar a realidade de forma puramente material e mecânica.

 Esses pensadores lançaram as bases filosóficas do naturalismo que séculos depois seriam retomadas, secularizadas e popularizadas por Darwin.

 A lógica nos mostra que quando há design, complexidade, simetria e funcionalidade, há também inteligência por trás. A verdadeira irracionalidade está em não reconhecer o óbvio: há um Autor por trás da receita.



Obras primárias 

Platão

  1. Timeu

    • Principal obra onde Platão descreve a criação do mundo por um "demiurgo" (artesão divino), que organiza o caos conforme a razão e a ordem.

    • Tradução: Platão. Timeu, edições Loyola ou Martins Fontes.

  2. República (especialmente Livro VI e VII)

    • Aqui Platão introduz a ideia do "Bem" como causa suprema de tudo o que é bom e racional, e fala da "alma do mundo".

    • Tradução: Platão. A República, edições Nova Cultural, Vozes ou Martins Fontes.

Aristóteles

  1. Metafísica (Livros VII, VIII e XII são centrais)

    • Fala sobre o "Motor Imóvel", a causa primeira de todo movimento e ordem no universo.

    • Tradução: Aristóteles. Metafísica, edições Abril Cultural (Os Pensadores) ou Loyola.

  2. Física (especialmente Livro II)

    • Discute a ideia de finalidade (causa final) na natureza. Tudo tem um propósito — o que indica direção e design. Tradução: Aristóteles. Física, edições Abril Cultural ou Unesp.


Tales de Mileto

Tales não deixou obras escritas conhecidas, mas seus pensamentos foram preservados por autores posteriores.

  • Fonte indireta:

    • Os pré-socráticos – Giovanni Reale e Dario Antiseri (Ed. Loyola)

    • Diels & Kranz – Fragmentos dos Pré-Socráticos (edição crítica alemã traduzida em várias línguas)

    • História da Filosofia Ocidental – Bertrand Russell, Vol. 1 (L&PM ou Ediouro)

Anaximandro de Mileto

  • Obras indiretas:

    • Fragmentos em:

      • Diels & Kranz – Die Fragmente der Vorsokratiker

      • Os Pensadores – Pré-Socráticos (Ed. Abril Cultural)

      • A Origem da Filosofia – Gerd A. Bornheim (Ed. Vozes)

Empédocles de Agrigento

  • Obras (fragmentos):

    • Empédocles: On Nature and the Sacred – tradução e comentários de Brad Inwood (inglês)

    • Os Pensadores – Pré-Socráticos (Ed. Abril Cultural)

    • Giovanni Reale – História da Filosofia Antiga, Vol. 1 (Ed. Loyola)

⚛️ Leucipo e Demócrito

  • Fragmentos disponíveis em:

    • Os Pensadores – Pré-Socráticos (Abril Cultural)

    • História da Filosofia – Frederick Copleston, Vol. 1 (Ed. Paulinas)

    • Demócrito e o atomismo antigo – André Pichot (Ed. Papirus)


Obras secundárias 

Frederick Copleston – História da Filosofia, Vol. 1: Grécia e Roma

  • Excelente introdução com comentários sobre a concepção platônica e aristotélica de ordem no cosmos. Editora: Edições Paulinas.


Étienne Gilson – O Espírito da Filosofia Medieval

  • Mostra como os pensadores medievais cristãos receberam e reinterpretaram Platão e Aristóteles à luz da Criação. Editora: Martins Fontes.Edward Feser – Aristotle’s Revenge: The Metaphysical Foundations of Physical and Biological Science

  • Obra contemporânea que mostra como as ideias aristotélicas de ordem, finalidade e causa ainda sustentam o entendimento do mundo natural.

  • Editora: Editiones Scholasticae (em inglês).

Alvin Plantinga – Where the Conflict Really Lies: Science, Religion, and Naturalism 

  • Embora mais moderno e voltado ao cristianismo, Plantinga mostra como o raciocínio teleológico tem raízes antigas, inclusive em Aristóteles. Editora: Oxford University Press. 

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Série: O CRISTÃO E AS FINANÇAS - "Vamos tentar a sorte".

 


A mulher virtuosa “...não come o pão da preguiça...” (Pv 31.27), já dizia Salomão. Mas isso é só um espelho do homem que também é virtuoso. Pois, ao contrário desse, o homem preguiçoso é visto como alguém que não é digno de confiança (Ec 10.18), é visto como alguém a quem não produz algo significativo para a comunidade (Pv 6.6), é visto como alguém que não merece consideração diante daqueles que, diferentemente dele, trabalham, como Paulo afirma: “Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma.” (2 Tessalonicenses 3:10). O princípio por detrás desse ensino bíblico provém da única forma com a qual o Senhor ordenou ao homem que obtivesse o seu sustento: “... em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. 18 Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. 19 No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra...”(Gênesis 3:17-19). Tornou-se muito popular no Brasil, nos últimos tempos” os jogos de apostas digitais como o “Tigrinho” e outros similares. Esta é a forma com que o preguiçoso procura se livrar das “fadigas” e do “suor do rosto” para obter seu sustento. Em vez disso, “come o pão da preguiça” que, na imensa maioria dos casos são as dívidas que, ao invés de sumirem, se multiplicam; ou quando se tornam vítimas da própria cobiça perdendo a vida na cobiçosa busca pela sobrevivência pela sorte, pela ilegalidade ou pela marginalidade. Seja honrado, digno de confiança, alguém que busca o sustento pela força do próprio trabalho honesto e bem quisto diante de Deus.

 

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Rev. Júlio César Pinto