segunda-feira, 7 de novembro de 2011

BATISMO INFANTIL E POR ASPERÇÃO TÊM FUNDAMENTO BÍBLICO?



Muitos crentes e igrejas evangélicas não aceitam o batismo infantil, não por que não há evidências bíblicas acerca dela, mas pelo fato de se assemelhar ao batismo de infantes pela igreja católica (ICAR).  Sendo que essa rejeição é muito mais emocional do que teológica. Isso se dá pela ignorância da  ICAR em afirmar que o batismo infantil é necessário a fim de que a criança, caso morra na infância, não morra pagã, mas que ela tenha um lugar assegurado no paraíso. Nisso todos nós concordamos que não existe fundamento bíblico, pois a salvação depende exclusivamente da obra meritória de Cristo na cruz. Como nos lembra Paulo em Efésios 2.8 “porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isso não vem de vós é dom de Deus, não de obras para que ninguém se glorie.”

Decorrente desse pensamento de rejeitar tudo o que se parece com o catolicismo, igrejas evangélicas repudiam o ato do batismo infantil, mesmo antes de estudar à exaustão para afirmarem com segurança de que o mesmo não é válido, e até mesmo chegam a afirmar que o ato é uma abominação a Deus. Muitos argumentos são utilizados para afirmarem que esse batismo não pode ser feito e traremos à luz, nessa questão de forma enfaticamente bíblica.

1.      O primeiro argumento, e o mais comum, é também o mais superficial deles, e parte do texto da grande comissão (Marcos 16.15-16) dada por Jesus aos apóstolos. Assim diz o texto: “15  E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. 16  Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado....”
a.      O argumento que usam para não batizar uma criança é de que segundo seu entendimento o texto diz que tem que primeiro crer para depois ser batizado.

                        i.     PRIMEIRO CONTRA ARGUMENTO: Aparentemente o argumento pode parecer lógico, mas nem tudo que parece lógico é certo. Se pudermos usar a lógica para determinar a validade desse argumento, também podemos usá-la para invalidá-lo, torná-lo nulo. Para isso podemos usar a matemática como exemplo, nada mais lógico do que a matemática, não é mesmo? Façamos a seguinte conta: 3+2=5. Isso é lógico! Mas também é lógico que 2+3=5. Nesse caso a ordem das parcelas não altera a soma. O argumento que usam sobre a invalidade do batismo infantil nesse texto, fundamenta-se no “e” que aparece entre os atos de “crer E ser batizado”, como se esse “e” determinasse a ordem em que as coisas deveriam acontecer, ou seja primeiro crer “e” depois ser batizado. Da mesma forma que na língua portuguesa, no grego (a língua em que o Novo Testamento foi escrito e inspirado), o e não tem característica de ordem de acontecimentos por si só, mas implica em uma soma das coisas a serem feitas não importando a ordem que venham a acontecer. Um exemplo disso na nossa língua poderia ser a frase: “João, vá para mim na padaria “e” no açougue.” A ordem em que João deveria fazer duas coisas não está explícita no texto, mas está explícito que as duas coisas deveriam ser feitas. Se houvesse uma ordem a ser seguida por João o texto deveria estar assim: “João, vá primeiro na padaria, “e” depois vá no açougue”. Aqui a ordem em que as coisas deveriam acontecer está expressa quando se usou as palavras primeiroe” depois.  A letra “e” por si só não implica em ordem de acontecimentos.

                       ii.     SEGUNDO CONTRA-ARGUMENTO: podemos usar a questão da conversão pessoal e do próprio batismo. A Bíblia claramente tem vários títulos para conversão pessoal:  nascer de novo (João 3.3), ser selado com o Santo Espírito da promessa (Efésios 1.13), o nascimento pelo Espírito, etc; são todas elas formas de dizer que houve conversão, ou que há necessidade de conversão na vida de um indivíduo.   O batismo frequentemente e acertadamente é interpretado como o nascer da água. Apesar de não concordar com o silogismo, os próprios evangélicos dizem que ao batizar “nas águas” evidencia a morte para o pecado e o nascimento para a vida eterna. Ou seja, o batismo é o nascer da água. Quando Jesus fala da salvação a Nicodemus ele põe nos seguintes termos em João 3.5-6 “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.  O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.” Aqui existe uma ênfase inversa à do texto de Marcos. Implicando primeiro em ser batizado (nascer da água) e depois havendo uma necessidade de conversão (e do Espírito). Se formos interpretar esse “E” da mesma forma que no texto de Marcos o que seria totalmente justo, a ênfase dada por Jesus teria a ordem cronológica de acontecimentos em que primeiro se deveria batizar, e depois haver a conversão.  

                     iii.     O TERCEIRO CONTRA-ARGUMENTO: NO TEXTO DE MARCOS 16.15-16  a ordem dada por Jesus aos discípulos era para se começar a igreja, pregar o evangelho, é lógico e evidente que se os discípulos pregassem a um bebê ele não iria entender a mensagem do evangelho, nem mesmo propagá-la. Como começar uma igreja pregando para bebês? Por isso a ênfase nesse texto em pregar, crer e ser batizado, o que não implica em descartar o batismo infantil.

                     iv.     O QUARTO CONTRA-ARGUMENTO: Páscoa – ceia
Circuncisão – batismo
É fato que somente pode participar da ceia quem é batizado? Também é fato que a ceia é a substituição da páscoa? Também é fato que o Novo Testamento é o cumprimento do Velho? Sendo assim se o batismo não é a substituição da circuncisão, então a ceia não pode ser a substituição da páscoa, uma vez que foi ordenado a Moisés:

Êxodo 12.43-49
43 Disse mais o SENHOR a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da Páscoa: nenhum estrangeiro comerá dela. 44  Porém todo escravo comprado por dinheiro, depois de o teres circuncidado, comerá dela. 45  O estrangeiro e o assalariado não comerão dela.
46  O cordeiro há de ser comido numa só casa; da sua carne não levareis fora da casa, nem lhe quebrareis osso nenhum. 47  Toda a congregação de Israel o fará. 48  Porém, se algum estrangeiro se hospedar contigo e quiser celebrar a Páscoa do SENHOR, seja-lhe circuncidado todo macho; e, então, se chegará, e a observará, e será como o natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela. 49  A mesma lei haja para o natural e para o forasteiro que peregrinar entre vós.

Somente poderia comer da páscoa quem fosse circuncidado, da mesma forma que só participa da ceia quem é batizado. Desta mesma sorte, vemos em Atos 2.38 e seguintes que a promessa de Deus, referindo-se Pedro ao Batismo, caberia aos que cressem na pregação do evangelho e se arrependessem, e também caberia aos seus filhos, por que para eles também era a promessa. Assim como vimos que haveria uma total restrição em participar da páscoa exigindo-se a circuncisão, da mesma sorte só se participa da ceia quem é batizado. E se a circuncisão era feita aos oito dias de idade, também o batismo deve ser ministrado aos menores.
Aqui vemos que o batismo não é um sinal da conversão espiritual, mas é um sinal da aliança feita com Deus, por ser uma substituição da circuncisão que a mesma é um sinal da aliança.
Alguém poderia afirmar. Se então os menores devem ser batizados e o batismo é uma condição para se participar da ceia, então os menores batizados também devem participar da ceia.  A argumentação não é válida, uma vez que Paulo ao instruir sobre a ceia advertiu: “quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si”. A advertência de Paulo não faz restrições quanto à idade de discernimento. Tanto vale ela para um menor que não discerne coisa alguma, como também para o adulto que não sabe o que está fazendo.
Assim sendo a lógica do argumento diz que todo aquele que pode participar da Ceia, é somente aqueles que foram batizados. Mas isso não significa que todos os batizados devem tomar da ceia.

v. O QUINTO CONTRA-ARGUMENTO

    Surge outro argumento a partir da relação entre o tipo e o que ele apontava no futuro. No caso da ceia, se a páscoa era o tipo da ceia e, na páscoa uma criança poderia participar dela, por que uma criança não poderia participar da ceia? Querendo se afirmar com tal objeção de que a páscoa não era tipo de ceia, a fim de oferecer suporte para o argumento de que a circuncisão não seria tipo do batismo.

    A princípio poderia rejeitar tal questionamento pelo fato de a páscoa ter sido substituída pela ceia não se trata de uma doutrina desenvolvida ao longo de séculos pela igreja, mas foi uma afirmação clara de Jesus falando da mudança para Nova Aliança no texto referido como sendo a “última páscoa”. Entretanto, vamos argumentar como se tal declaração de Cristo não tivesse efeito sobre a ceia, ou a páscoa.

Sobre essa questão há duas coisas a se dizer.

    A primeira coisa a se dizer sobre esse ponto, é que, na páscoa, não se pode afirmar categoricamente que as crianças participavam dela, até uma certa idade. O texto da instituição da páscoa é bastante esclarecedor nesse sentido.

Êxodo 12:3

3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.

    De forma generalizada, o texto afirma que o cordeiro era para a família. Entretanto, isso não significa que bebês de colo participavam dela e o motivo era bem simples. A menos que se pretendesse matar um bebê de indigestão dando a ele: pão, ervas amargas e carne de cordeiro, e para complicar um pouco mais, quiçá um bocado de vinho, a páscoa não era dada aos lactentes. Há indicação clara no texto de que havia uma idade própria em que a criança pudesse participar da páscoa.

Êxodo 12:24-27

24 Guardai, pois, isto por estatuto para vós outros e para vossos filhos, para sempre. 25 E, uma vez dentro na terra que o SENHOR vos dará, como tem dito, observai este rito. 26 Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? 27 Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou.

    A revelação foi progressiva pelo simples fato de que essa é a forma com que Deus sempre fez uso da revelação. Quando temos a orientação de Paulo aos Coríntios acerca de quem poderia comer da páscoa e ele orienta afirmando em 1 Coríntios 11:29 “...pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.” Tal ensino de Paulo não é algo novo, não é algo que ele tirou da cartola para complementar o seu argumento. Havia algo no AT que lhe fosse o ponto de partida para fazer tal afirmação, Deus revelando progressivamente.

    Perceba que, no texto de Êxodo sobre a instituição da páscoa, o sacramento deveria ser guardado de forma perpétua. Além do significado intrínseco de perpetuidade (para sempre, mas com os devidos aperfeiçoamentos que foram esclarecidos na progressividade da revelação no NT), ainda temos descoberta no texto a ideia de que a criança chegou à idade da razão. Ela questiona acerca do rito. Ela questionando acerca do rito é uma indicação de que ela poderia participar da páscoa. Não seria mais dependente de leite, podendo digerir outros tipos de alimentos, e já teria também capacidade de indagar e conhecer a razão por detrás do sacramento.

    Em segundo lugar, como vimos, tudo o que é tipo está inserido dentro do contexto da progressividade e continuidade da revelação até que o tipo fosse substituído por aquilo que ele simbolizava do passado com vistas ao futuro. Desta maneira, tais substituições foram todas necessárias dadas às imperfeições de todos os tipos.

    Um simples exemplo que podemos usar é o de Melquisedeque, ou outro qualquer que tipificasse a Cristo. Se eles atendessem a todo os requisitos do que eles simbolizavam, Cristo, não haveria necessidade de mudança da sombra para a perfeição, do tipo para o que ele representava. Não haveria necessidade da encarnação de Cristo, pois o tipo por si só já seria suficiente. A característica inerente de todo tipo é a imperfeição e necessidade de mudanças, aperfeiçoamento. Assim, tanto o tipo da páscoa como da circuncisão eram imperfeitos, e careciam de aperfeiçoamento e mudanças tais como as que ocorreram vindo a perfeição do que simbolizavam: ceia e batismo. 


Batismo por aspersão ou imersão?

1.      Vários batismos  em Atos.

Muitos podem citar os batismos narrados em Atos, como sendo apenas batismos pelo Espírito Santo. Mas uma breve reflexão nos textos, logo essa possibilidade é descartada como passamos a seguir.
1. Os ditos sobre batismo em Atos, ao invés de se referirem ao batismo com água, quando não explícitos, podem muito bem se referir ao batismo com Espírito Santo, o que deixaria esses textos em suspenso em relação ao batismo por aspersão ou com relação ao batismo infantil.
a.      Com respeito ao texto de Atos 2.38, claramente se vê que há duas referências distintivas entre o batismo, e o dom do Espírito Santo, mostrando que não se trata de uma e mesma coisa. Portanto o batizar aqui não significa batismo com o Espírito Santo, uma vez que ele é citado posteriormente à palavra batismo, e se tratando de eventos em momentos diferentes, e que, portanto, a palavra batismo não pode ser entendida diferentemente de batismo com água.
                                                          i.     Neste dia foram batizadas três mil pessoas. Ali estavam onze pessoas autorizadas por Jesus, até o momento, para realizar o batismo; os apóstolos. Essa quantidade de gente batizada significa que cada apóstolo batizou em um único dia cerca de 272 pessoas. Isso é completamente absurdo e improvável dadas as condições físicas que se exigiria de cada um para batizar por imersão essa quantidade de gente. O que não seria um absurdo se o batismo fosse por aspersão.
b.      Com respeito ao texto de Atos 8.7-15, não existe possibilidade de que o batismo mencionado no texto pode estar se referindo ao batismo com o Espírito Santo, uma vez que o batismo recebido pelos de Samaria é mencionado no versículo 12, e o batismo com o Espírito Santo do mesmo povo de Samaria é mencionado em ocasião diferente, somente após a ida de Pedro à cidade e que ele orava pelas pessoas. O que é referido no versículo 15. O batismo aqui citado, é portanto, o batismo com água.
c.      Quanto ao batismo de Cornélio e dos que com ele estavam não pode de forma alguma ser referido que essa palavra batismo se refira ao batismo com o Espírito Santo, uma vez que a resposta de Pedro ao que havia acontecido (batismo com Espírito Santo) era de que não se poderia negar o batismo com água uma vez que já haviam sido batizados com o Espírito Santo, ou seja, a conversão (batismo com Espírito Santo, de acordo com Efésios 1.13 e João 3.5) sua conversão ocorreu antes do batismo com água. Como é de fato claramente dito em Atos 10.47-48. Uma observação a ser feita é que no texto de João 3.5 ocorre primeiramente o batismo com água e depois a conversão. (ver comentário sobre batismo infantil); o batismo de Cornélio e dos seus aconteceu ali mesmo, na sua casa. (possibilidade única – aspersão)
d.      Quanto ao texto de Atos 18.7-8, quando Lucas se refere ao batismo de Crispo e todos os de sua casa, foi quando Paulo esteve em Corinto fundando a igreja de lá, citado em Atos 18.7-8, não pode nunca o termo “Batizados” se referir ao batismo com o Espírito Santo, uma vez que quando Paulo escreve sua carta a essa mesma igreja que ele começou em Corinto, ele cita o Batismo de Crispo e os de sua casa, como sendo ele o feitor do batismo, ou seja, Paulo foi quem batizou a Crispo, como se vê citado claramente no texto de I Coríntios 1.14, e não o Espírito Santo. Também de forma alguma pode-se entender que foi batizado Crispo, pelo Espírito Santo, através de Paulo, porque haveria uma total necessidade de reconstruir-se a frase em grego para se dar esse entendimento, o que chegaria a ser uma fraude ao texto original. O detalhe que vemos além destes é que Crispo, muitos dos coríntios foram batizados na casa de Tício Justo. (possibilidade única – aspersão)
O que vemos nestes textos é que estas pessoas foram batizadas com água e dentro de casa. A possibilidade de que houvesse uma piscina em cada casa dessa é, no mínimo, ridícula. Foram batizados por aspersão.

2.      Atos 1:5  Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. “Atos 2.3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles”.
a.      Nestes dois versículos vemos a promessa de Jesus Cristo quanto à vinda do Espírito Santo, chamando este evento predito de batismo com o Espírito Santo. Quando em 2.3 o evento predito acontece a forma que o Espírito vem até eles, é descrito de forma metafórica que foi de cima para baixo, (pousou), uma forma de batismo de cima para baixo, ou aspersão.
3.      Paulo em sua primeira carta aos Coríntios fala de um batismo a pés secos e de cima para baixo: “1 Coríntios 10:2  tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés.” – o batismo no mar é uma referencia à travessia do mar quando Deus abriu as águas.
4.      “Êxodo 24.8 - Então, tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o SENHOR fez convosco a respeito de todas estas palavras.”  As formas veterotestamentárias de purificação dos pecados, todas elas envolviam a aspersão.
5.      “Êxodo 29.21 - 22 - Tomarás, então, do sangue sobre o altar e do óleo da unção e os aspergirás sobre Arão e suas vestes e sobre seus filhos e as vestes de seus filhos com ele; para que ele seja santificado, e as suas vestes, e também seus filhos e as vestes de seus filhos com ele.  Depois, tomarás do carneiro a gordura, a cauda gorda, a gordura que cobre as entranhas, o redenho do fígado, os dois rins, a gordura que está neles e a coxa direita, porque é carneiro da consagração”.   “Levítico 7. 2  No lugar onde imolam o holocausto, imolarão a oferta pela culpa, e o seu sangue se aspergirá sobre o altar, em redor.” Da mesma forma os rituais de consagração (santificação – separar para Deus) envolviam a aspersão.
a.      Atos 19.1  Aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões mais altas, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, 2  perguntou-lhes: Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao que lhe responderam: Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo. 3  Então, Paulo perguntou: Em que, pois, fostes batizados? Responderam: No batismo de João. 4  Disse-lhes Paulo: João realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois dele, a saber, em Jesus. 5  Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus. 6  E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam. 7  Eram, ao todo, uns doze homens. – a ordem de Atos 2.38-39 de serem batizados, como já vimos se referia ao batismo com água. Aqui ela é seguida e repetida para serem batizados em nome de Jesus, por que o batismo de João não havia um elemento que Cristo exigiu e que é repetido aqui pelos apóstolos. Cristo exigiu que os discípulos fossem batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A omissão por parte de Lucas em serem batizados em nome do Pai e do Espírito Santo também, o que ele não diz, ele diz apenas serem batizados em nome de Jesus, não implica que a ordem havia sido mudada, mas que simplesmente Lucas apresenta na autoridade de quem o batismo deveria ser realizado, ou seja, na autoridade de Jesus quando ele ordenou na grande comissão em que as pessoas que cressem fossem batizadas em nome da Trindade. Isso é assim por causa da ênfase que Pedro dá com relação à pessoa e obra de Jesus Cristo, pois Ele é o único que pode perdoar pecados. Mesmo por que os escritos de Lucas não foram feitos por ter sido ele  uma testemunha ocular dos fatos, mas ele fez uma pesquisa com as tais testemunhas. Fatos detalhados de ordens e outras dúvidas que possam surgir, precisa-se ver o que as próprias testemunhas (apóstolos) escreveram e ver se Lucas concorda com eles, o que não há problemas em relação a isso. Agora excluir o que as testemunhas oculares escreveram para se apoiar apenas no que Lucas escreveu podem surgir heresias. 
b.      Um elemento importante. Ezequiel, ao fazer uma profecia sobre o novo tempo que estava por vir, falando acerca da vinda do Espírito Santo e o aspecto da Aliança renovada em Cristo Jesus, ele fala sobre o batismo. O simbolismo do batismo deve ter em conta o aspecto da aliança, da promessa feita por Deus; mas não exclui que só poderiam ser batizadas pessoas que se confessassem pecadoras (arrependimento) e cressem em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. O profeta diz assim: “Ezequiel 36.25-26  Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. 26  Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.”

2 comentários:

  1. Devemos crer,batizar(nao aspergir )e seguir JESUS,permanecendo firme ate o fim para sermos salvos!.nao firmando em achismos ou suposicoes e nem relacionando o velho com o novo testamento.fique comDEUS!!!

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  2. O problema Anônimo, é que creio que você não leu direito... A palavra Batizar (na bíblia) não significa imergir em Agua apenas. Tem outros significados, que inclusive foi usada para mostrar em 1 Coríntios 10:2 que o povo foi batizado a pés secos na travessia do mar e debaixo de uma nuvem, diz o texto: " tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés."

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