sábado, 14 de julho de 2012

Quem serás tu?



           Por que se importar com quem não se importa com nada? Por que pregar o evangelho se as pessoas não ouvem, se ouvem não entendem, ou não lhes importa a mensagem uma vez que vêm à igreja apenas para passar o domingo, ou porque é necessário ter uma “religião”[1]. Vêm para ouvir, ouvem e não aceitam, não mudam de vida, continuam pecando, então para que perderem o seu precioso tempo em vir à igreja se nada faz diferença?  
         Certas coisas me angustiam e me fazem pensar na luta diária em que estamos submetidos. Várias vezes no dia me pego lutando contra o pecado, lutando contra o que pode aborrecer a Deus, contra o que pode entristecer o Espírito, e contra o que pode fazer parecer a morte de Cristo na cruz um fato irrisório, desprezível e ridicularizado pelos meus atos.
      Olho para o mundo e até mesmo dentro da igreja, infelizmente, e percebo claramente nas pessoas que elas não estão nem um pouco preocupadas com isso. Que a preocupação delas está em se sentirem bem consigo mesmas. Espanto com a determinação delas em permanecer no pecado, com suas ideias, vontades, desejos carnais, ideais de felicidade.
        Olho e vejo Deus tão distante de suas vidas, clamo ao mesmo tempo para que eu não me torne mais um desses. Clamo para que a vontade no meu coração em conhecê-lO se torne cada vez mais intensa e insaciável, apesar de não merecer absolutamente nada disso. Pois sou um ser humano frágil e descartável; pecador e carente; que tem como única fonte de vida Aquele que morreu na cruz.
      Ando, falo, suspiro, olho, penso, deito, levanto, canto, choro, suplico, faço, todas as coisas pensando nELE. A vida de fato é uma luta diária, uma luta constante contra o pecado e contra os inimigos da cruz, contra os que buscam atalhos, contra os que querem dar voltas, para se chegar a Deus; contra os que rejeitam a oferta dEle em que Ele seja para nós o Meio, o Caminho, o Advogado, Aquele que roga por nós,  o Fim e o Começo de todas as coisas, pois como diz Paulo, “porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas.”
     Sou dono da verdade? Claro que sim!  Tenho vários exemplares dela comigo. Como disse Jesus: "Santifica-os na Verdade, a Tua Palavra (a Bíblia) é a Verdade". A Bíblia é a VERDADE não relativizada, não semiotizada, A ÚNICA METANARRATIVA a ser considerada e a ser crida, para então ser entendida, racionalizada. Quando assim acontece, as escamas caem dos olhos, a vida é descortinada, e todas as coisas se tornam claras. Conseguimos perceber quem somos, conseguimos saber quem são os outros, vemos o passado escrito, percebemos o presente dito, cremos no futuro revelado.
       Vejo claramente a história que um dia começou caminhando para um fim, como o poeta mesmo sendo descrente já disse a Verdade em que creio: “...tudo o que começa um dia acaba e eu tenho pena de vocês...”.  Pena porque infelizmente nem todos ouviram, nem todos ouvem, nem todos ouvirão a sua mensagem. Mas sua mensagem é espada de dois gumes. Ou ela serve para salvação, ou serve para condenação. Para qual lado ela te separará?  Quem serás tu? "Vaso de honra, ou vaso de desonra preparado para a perdição" eterna?


[1] Veja o texto “Teologia reformada não é religião”, neste blog. 

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