Coelhinho da páscoa, que trazes pra mim??
Vivemos em uma geração de pessoas que crescem
ouvindo e vendo nas lojas e televisão que no período chamado páscoa é época de
se comer ovos de chocolate, e ensinam as crianças que é o coelho da páscoa quem
os trás e isso para elas se torna verdade, mas infelizmente não é. Crescem
acreditando em uma mentira mesmo que isso possa até ser divertido e saboroso,
por que não? Quem não gosta de chocolate? A questão é que a instituição da
páscoa voa no tempo e vai muito além da invenção do chocolate. Quem quiser
sinceramente saber o real significado da páscoa terá de pegar sua Bíblia em
casa e lê-la. Em qualquer Bíblia se achará este significado, seja ela dita
evangélica, seja ela dita católica.
A instituição da páscoa foi o próprio Senhor Deus
quem a ordenou. Há muito tempo, os descendentes de um servo do Senhor chamado
Israel, saíram da terra de Canaã e se mudaram para o Egito por causa da grande
seca e consequentemente fome que se instaurou por aquelas bandas nesse período.
Essa descendência de Israel cresceu e se multiplicou no Egito de modo que os
egípcios, tomados de medo do povo de Israel, os fizeram de escravos e
permaneceram assim durante cerca de 400 anos.
O povo de Israel se viu muito afligido pelo trabalho escravo e viu Deus a aflição daquele povo por causa da opressão do Egito. Deus então escolheu a Moisés, um descendente de Israel que havia sido criado pela filha do faraó rei do Egito. Uma vez vendo Moisés que um egípcio estava maltratando um homem de seu povo, acabou matando ao egípcio e fugiu para o deserto. Lá no deserto Deus o chama e lhe entrega a incumbência de libertar o povo de Israel das mãos de faraó.
O povo de Israel se viu muito afligido pelo trabalho escravo e viu Deus a aflição daquele povo por causa da opressão do Egito. Deus então escolheu a Moisés, um descendente de Israel que havia sido criado pela filha do faraó rei do Egito. Uma vez vendo Moisés que um egípcio estava maltratando um homem de seu povo, acabou matando ao egípcio e fugiu para o deserto. Lá no deserto Deus o chama e lhe entrega a incumbência de libertar o povo de Israel das mãos de faraó.
No seu empreendimento Moisés levou consigo, sob a
ordem e poder de Deus, dez pragas a fim de que com estas pragas faraó acabasse
cedendo e deixando o povo israelita partir do Egito. No dia em que a última
praga viria, Deus dá um mandato a Moisés, e esse mandato era que se instituísse
a páscoa. Podemos ver esta instituição sendo feita no livro de Êxodo capítulo
12 nos versículos de 3 a 11. Para achar este texto na Bíblia é bem fácil: Êxodo
é o segundo livro da Bíblia; os capítulos são os números grandes e os
versículos são os números pequenos. Então, no livro de Êxodo se procura o
número doze grande e quando acha-lo inicie sua leitura no número 3 pequenino.
A páscoa aconteceria pouco antes (no mesmo dia) em
que a última praga viria. Deus havia dito a Moisés que a última praga seria a
morte de todos os filhos mais velhos de cada casa. Haviam alguns elementos que
representavam a páscoa naquele primeiro dia dela: o cordeiro que deveria ser
morto e o seu sangue passado nas portas. Este símbolo da pascoa era justamente
o que o anjo da morte veria quando viesse àquela casa para matar ao primogênito
e quando visse o sangue ele passaria por cima daquela casa e não traria a
morte. (Lemos isso no texto de Êxodo capítulo 11, versículos 4 e 5 e também em
Êxodo capítulo 12 versículos 11 ao 14). Mas havia também outros símbolos da
páscoa, o pão sem fermento, chamado pão asmo com as ervas amargas, e o próprio
cordeiro que deveria ser comido assado ao fogo (como lemos em Êxodo capítulo 12
versículo 8). E Deus havia ordenado também que esta comemoração deveria ser
perpétua, ou seja, para sempre.
Quando Jesus estava na terra e havia chegado o
período da páscoa, sendo ele judeu e descendente de Israel, ele chamou aos seus
discípulos para que fossem preparar a páscoa. Ele sabia que esta seria a sua
última páscoa, pois estava para ser morto. (Lemos esse fato em Mateus capítulo
26 do versículo 17 até o 19 – Lembre-se que o evangelho Segundo Mateus é o
primeiro livro do Novo Testamento – está bem depois do meio da Bíblia).
É chegada então a hora de se comemorar a páscoa.
Depois de haverem comido, conforme a ordem que Deus havia dado a Moisés,
centenas de séculos atrás, Jesus está para iniciar uma nova etapa na história.
Aqui então vou copiar o texto da Bíblia como lá está. Se na sua Bíblia estiver
o texto com algumas palavras diferentes, isso não importa, pois, o sentido do
que está escrito é o mesmo. Está no livro de Mateus capítulo 26 do versículo 26
ao 28. Assim está escrito: “26 Enquanto
comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos,
dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. 27 A seguir, tomou um cálice e,
tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; 28 porque
isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos,
para remissão de pecados.”
Ora, Jesus estava comemorando a páscoa com os
discípulos. Na primeira vez que a páscoa aconteceu, Deus estabeleceu uma
aliança com Moisés. Ele havia dito que a casa onde o sangue do cordeiro
estivesse no portal da casa, a morte não entraria. Mas este sangue era de um
animal, e o animal foi morto e comido. Preste bem a atenção nas palavras de
Jesus quando ele afirma com um pedaço de pão em sua mão de que aquele pão
estaria representando o seu corpo (isso é o meu corpo) o pão não se transformou
no corpo de Cristo de fato, pois Cristo estava bem ali e o seu corpo estava
inteiro. Em um segundo momento Jesus toma um cálice de vinho nas mãos e diz que
aquele vinho era a representação do seu sangue (isso é o meu sangue). Não era o
próprio sangue de Cristo, pois o seu sangue ainda corria em suas veias.
Mas vejam que no versículo 28, Jesus reestabelece
uma nova aliança na páscoa. Não era nova no sentido de ser uma aliança inédita,
mas nova no sentido de ser feita em novos moldes. Um molde que substituiria o antigo feito com
Moisés de que eles teriam de matar o cordeiro, comê-lo assado com pão ázimo e
ervas amargas. Cristo estabelece novos símbolos da páscoa, pão e vinho. Mas o
pão já fazia parte da antiga ceia, não teria, então na nova aliança símbolos
que substituíssem o cordeiro, o sangue e as ervas amargas? Claro que sim. Da
mesma forma que as ervas amargas representavam o sofrimento do povo no Egito
por causa da escravidão, houve o sofrimento de Cristo exatamente no dia da
páscoa, na chamada Sexta feira santa, ou sexta feira da paixão de Cristo, o dia
em que Ele foi crucificado. Mas e quanto ao sangue do cordeiro, não tem nenhum
substituto na nova aliança? Sim, também tem. Cristo afirmou que o seu sangue
era o sangue da nova aliança, ou seja, o sangue que substituiria o sangue do
cordeiro. Mas e o corpo do animal sacrificado? Cristo também afirmou que o pão
representaria o seu corpo, sacrificado em favor de seu povo.
Da mesma forma que o sangue do cordeiro na antiga
aliança feita com Moisés evitou que a morte entrasse na casa onde houvesse o
sangue nas portas, o sangue de Cristo também livrará da morte do inferno a todo
aquele que aceitar o seu sacrifício, de modo que o seu sangue o protegerá da
condenação infernal. Cristo é o cordeiro da páscoa e Paulo afirma isso quando
estava ensinando à igreja de Corinto, no livro da 1ª carta do apóstolo Paulo
aos Coríntios no capítulo 5 versículo 7 que Cristo é o cordeiro pascal, ou seja
o cordeiro da páscoa. 1 Coríntios 5:7
Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.
Por isso não precisamos mais fazer qualquer tipo de sacrifício nos nossos dias para a expiação de nossos pecados, basta aceitar exclusivamente a Cristo como seu único Senhor para ser salvo e ter um lugar no paraíso. É o que o apóstolo Paulo afirma quando escreve sua carta aos Romanos no capítulo 10 versículos 9 e 10. (Lembre-se que tanto a Primeira carta aos Coríntios e a carta aos Romanos encontram-se no Novo Testamento, depois do livro do evangelho segundo Mateus. _ Mas preste atenção ao procurar o livro de Primeira Carta aos Coríntios, pois são duas e poderá confundir-se).
Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.
Por isso não precisamos mais fazer qualquer tipo de sacrifício nos nossos dias para a expiação de nossos pecados, basta aceitar exclusivamente a Cristo como seu único Senhor para ser salvo e ter um lugar no paraíso. É o que o apóstolo Paulo afirma quando escreve sua carta aos Romanos no capítulo 10 versículos 9 e 10. (Lembre-se que tanto a Primeira carta aos Coríntios e a carta aos Romanos encontram-se no Novo Testamento, depois do livro do evangelho segundo Mateus. _ Mas preste atenção ao procurar o livro de Primeira Carta aos Coríntios, pois são duas e poderá confundir-se).
A páscoa então traz como símbolos o pão e o vinho,
fazendo-nos lembrar do nascimento, vida, obra, morte (sacrifício) e ressurreição de Cristo na cruz até que Ele retorne. É o
que o apóstolo Paulo ensina na sua primeira carta aos Coríntios no capítulo 11,
versículo 26 quando afirma:
1 Coríntios 11:26
Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.
1 Coríntios 11:26
Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.
Lembrando ainda que:
1.Não vemos nenhuma continuidade da Páscoa praticada pela igreja após a morte e ressurreição de Cristo registrada na Escritura...
2. João, após a morte e ressurreição de Cristo, ou seja, já no período do NT, registra uma informação histórica e doutrinária para a igreja com respeito à Páscoa: "Ora, a Páscoa, *festa dos judeus,* estava próxima"... A festa era dos judeus, não da igreja.
3.O tipo tendo sido cumprido, não resta nem a data específica anual da sombra. O Cristo cumpre o tipo e ordena: "... o sangue da Nova Aliança no meu sangue". Comemoramos o tipo cumprido: domingo, ceia, batismo. As sombras ficaram pra trás: Páscoa, circuncisão, sábados e outras datas festivas, sacrifícios, etc.
4. A mesma simbologia da Páscoa com o cordeiro e ervas amargas, sangue nas portas para os judeus: livramento da escravidão, morte, salvação; também Cristo com a Ceia nos dá. Tipo e antitipo, ou um, ou outro, os dois não dá.
4. A mesma simbologia da Páscoa com o cordeiro e ervas amargas, sangue nas portas para os judeus: livramento da escravidão, morte, salvação; também Cristo com a Ceia nos dá. Tipo e antitipo, ou um, ou outro, os dois não dá.
Mas e o coelhinho da páscoa e os ovos de chocolate
como invadiram essa celebração cristã que havia sido instituída pelo próprio
Senhor Jesus? Inicialmente alguns alegam que o coelho por ter uma grande
fertilidade, simboliza o renascimento uma nova vida, assim como os ovos.
Contudo a fertilidade era adorada na antiguidade em dezenas de rituais pagãos.
Entre eles estes símbolos da páscoa são uma alusão a esses antigos rituais
pagãos onde a deusa Ishtar ou Astarte, ou ainda Astarote (associada outro deus
pagão chamado Baal, plural baalins - citado no livro de Juízes capítulo 2
versículo 13) Este livro é do Antigo Testamento, está no princípio da Bíblia. Em
rituais a esta deusa, representada em figura humana, em toda primavera se
utilizavam ovos pintados e lebre “o coelho” como símbolos da fertilidade. A
lebre, coelho, era sacrificada e a deusa através de suas entranhas previa o
futuro. A deusa utilizava-se de rimas para compor seu ritual onde dizia: “Lebre de Eostre, o que suas entranhas
trazem de sorte pra mim?” A versão original da cantiga atual: “coelhinho da
páscoa que trazes pra mim?”. Era considerada principalmente a deusa da
fertilidade, onde os rituais em sua adoração consistiam de orgias sexuais e até
sacrifícios de crianças (DIT, AT, 1718b).
A verdadeira páscoa hoje, poucos a conhecem, e
quando tem a oportunidade de conhecer a verdadeira, preferem permanecer cegos,
e o pior de tudo, recitando cantigas e fazendo uso de símbolos pagãos para
comemorarem uma páscoa mentirosa que tem tudo haver com o lucro do comércio e
das fábricas de chocolate que se aproveitam da crendice e da tradição pagã
inserida na cultura popular.
Agora deixo algumas perguntas: 1ª Não comemoramos a
páscoa todas as vezes em que participamos da ceia? 2ª Se isso não for verdade
em nossas vidas como podemos afirmar que somos servos do Senhor Jesus? 3ª Como
servos do Senhor Jesus e conhecedores destas verdades devemos comprar ovos de
páscoa, símbolos de um ritual pagão, para nossos filhos crentes?
Que Deus tenha misericórdia de nossas vidas.
Rev. Júlio César Pinto
Fonte da informação sobre a deusa astarote (astarte) ou como na antiga canção: Eostre encontram-se em vários sites de origem pagã, dentre eles: http://www.magiazen.com.br/magia-na-origem-do-coelho-da-pascoa.html
Deusa Astarote fazia parte do culto cananeu. "Deusa do sexo e da guerra, uma representação vívida do paganismo em suas manifestações mais perversas". DIT, AT, 1718-1718b
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