sexta-feira, 8 de abril de 2011

Por que uma única Bíblia e tantas religiões e denominações? PARTE 5

5.   A Escritura está completa, por isso, em nenhum tempo deverão ser subtraídas ou adicionadas partes a ela. Nem por novas revelações, ou tradição dos homens. Mesmo com a certeza da suficiência das Escrituras, é necessária a iluminação do Espírito Santo para se ter a compreensão salvadora das coisas reveladas na Palavra, o que não significa que teremos novas revelações, pois iluminação é diferente de inspiração. Sermos iluminados pelo Espírito, é abrir nosso entendimento para o que foi inspirado.
6.    Existem textos de difícil compreensão na Escritura. Para sua compreensão correta se faz necessário recorrer aos textos originais, basicamente o grego e o hebraico, bem como dados históricos, geográficos, ocasionais que fizeram parte da motivação e da escrita destes diversos livros da Bíblia que são necessários para uma fiel interpretação do texto sagrado nos fazendo como os crentes de Beréia que punham à prova pela Escritura tudo o que o próprio apóstolo Paulo falava. Atos 17:11  Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.
7.    Nosso padrão de aferição de tudo é a própria Escritura. O Espírito Santo não fala individualmente em novas revelações autoritárias, mas pela própria Bíblia. “O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos e concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura”.
8.    Vemos Jesus e escritores do Novo Testamento fazendo uso deste método hermenêutico, usando a Bíblia para interpretar textos do Antigo Testamento em várias passagens. Como exemplo cito Mateus 22.29 ss. 
Dado histórico:
O advento da Reforma no século XVI foi um marco histórico que dividiu a única igreja até então formada com o desejo de fazê-la retornar ao princípio norteador da vida espiritual que há séculos havia se desfeito em meio às tradições inseridas no corpo dessa igreja, a Católica. Para Lutero essa volta seria possível, mas Calvino já não concebia esta idéia. Para ele a igreja tinha se degenerado tanto, que havia se tornado sinagoga de Satanás. Contudo, os católicos não aceitaram o movimento reafirmando-se ainda mais nas suas tradições humanas no concílio de Trento, sendo este uma contra-resposta às legítimas acusações dos reformadores. A igreja então se separa excomungando os reformadores e/ou condenando-os à morte.

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