Princípios da reforma que são utilizados ainda hoje para hermenêutica bíblica:
1. “Um texto obscuro relacionado a um tema deve ser esclarecido por outro texto mais claro acerca deste mesmo tema. Se usarmos a própria Bíblia para interpretá-la, o que vai ocorrer é uma coerência na interpretação da própria Bíblia como um todo, e não várias interpretações que culminam no surgimento de novas denominações e até mesmo de heresias. A Bíblia interpreta a Bíblia, sendo ela suficiente em si mesma, ou seja, não precisamos de revelações adicionais, experiências pessoais, ou até mesmo tradições para nos ditar o modo de conduta de nossas vidas.
2. Crença na infalibilidade da Escritura nos textos originais, basicamente em grego e hebraico, por ser totalmente inspirada por Deus. Outro erro comum das igrejas neopentecostais e pentecostais tem haver com o uso da Bíblia traduzida como se o texto na língua vernácula fosse inspirado, o que não é. Quando se traduz um texto, seja ele qual for, o tradutor tem de fazer ajustes entre as línguas para se traduzir. E muitas vezes o que acontece é que nestes ajustes o sentido real do texto fica corrompido pela falta de palavras que tenham o mesmo significado de uma língua para outra. A Bíblia foi inspirada sim, mas em grego e hebraico basicamente. Para formulação de doutrinas se faz necessário o entendimento pela língua original para evitar que estes ajustes da tradução interfiram maliciosamente no escopo da doutrina, mesmo que não seja intencional. Contudo, a mensagem geral da Bíblia não perdeu seu significado real e principal, ou seja, a mensagem de salvação.
3. As Escrituras (A Bíblia) não são quaisquer escritos de natureza religiosa ou prezados por sua antiguidade como os livros apócrifos, mas o termo é identificado com a compilação de todos os livros do Antigo Testamento aceitos tanto pelos judeus como por Jesus Cristo que fizeram referência em várias passagens de 39 livros; também são reconhecidos 27 livros do Novo Testamento reconhecidos como canônicos (inspirados) pela igreja perfazendo um total de 66 livros e, é claro, excluídos os livros apócrifos inseridos na Bíblia, como canônicos, no concilio de Trento há cinco séculos atrás. Antes disso, estes livros eram usados apenas como referências históricas e não como Palavra de Deus. Mas a tradição fez com que a Igreja Católica os inserisse, erroneamente, como parte da Bíblia a fim de subsidiar doutrinas como a de adoração aos santos e o culto aos mortos (finados). (Lucas 16.16 e 29; Lucas 20.42; Atos 2.34; etc.)
4. A Escritura não precisa do testemunho de nenhum homem, ou de qualquer igreja, ou seja, a autoridade da Escritura é inerente a ela mesma. Não deve ser aceita porque a igreja estabeleceu assim, deve ser aceita “porque é a Palavra de Deus”. É A ÚNICA VERDADE ABSOLUTA.
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