Já havia dito Jesus Cristo que viriam muitos falsos profetas, pregando sobre falsos Cristos. A acusação nos púlpitos virou moda, não obstante o próprio Senhor Jesus, os seus apóstolos e os seus profetas antes desses já haviam advertido ao povo de Deus sobre esta triste verdade. E eles mesmos, inclusive o Senhor foi tido pelos fariseus e sacerdotes de seu tempo foi tido como um falso mestre, falso profeta, tanto é que o mataram. Mas a questão se torna complicada para o ouvinte dos púlpitos em discernir quem está falando a verdade.
Bom, isso é fácil, poderá alguém dizer, é só ver quem está usando a Bíblia como fundamento de suas afirmações. Mas não é bem assim, uma vez que todas as heresias são fabricadas usando-se a própria Bíblia. Mas há uma medida que pode ser tomada que irá diminuir sensivelmente as confusões causadas nos ouvidos ineptos e inaptos. Aprender a observar se a Bíblia está sendo usada como desculpa para uma prática, ou afirmativa pessoal, ou se está sendo a Bíblia usada como fundamento para tais. A diferença entre uma e outra é de que a primeira a prática é comprovada pela Bíblia, a segunda a Bíblia é a razão da prática. Ainda é confuso mas vou tentar esmiuçar.
Via de regra, quando a Bíblia é usada para dar base a uma prática ou a uma afirmativa absurda, os textos são usados de forma aleatória e desconexo de seu contexto. Um exemplo é afirmar que Deus pode nos dar tudo que quisermos inclusive exigirmos de Deus riqueza e prosperidade, afinal de contas, como disse Paulo: “Tudo posso naquele que me fortalece”. Mas a pergunta necessária a ser feita é: Foi isso mesmo que Paulo estava querendo dizer? Só poderemos afirmar sim ou não após observarmos os contextos próximos dessa declaração e o contexto do todo Bíblico. O contexto do exemplo citado é o de Filipenses 4. Nos versículos anteriores vemos Paulo afirmar que já havia passado por tudo em sua vida: Fome e fartura, humilhação e exaltação. Em outros textos Paulo afirma ter sido açoitado, passou nudez, foi preso como um marginal, ou seja, Paulo passou de tudo em sua vida, por isso ele podia afirmar com mais autoridade que qualquer outro que ele podia passar por tudo, uma vez que Deus é quem o fortalecia.
Em suma, a declaração feita sobre prosperidade foi usada com base bíblica, mas simplesmente como desculpa para um total absurdo e desconexão com o texto sagrado. Aqueles que sobem no púlpito para praticarem tais coisas não são, de forma alguma pastores do rebanho do Senhor, senão pastores de si mesmos, preocupados apenas em manter suas igrejas cheias. Não possuem qualquer compromisso com a Palavra de Deus, muito menos com o Deus da Palavra. São pastores que em época de eleições públicas usam o púlpito para promover o candidato x ou y, depende de qual lhe oferecer mai$. Transformam as ovelhas do Senhor em comércio literalmente, quando na Palavra já havia sido predito: (2 Pedro 2:3 também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme).
São pastores de si mesmos, pastoreiam seu próprio ventre, seus próprios desejos. Quando sobem no púlpito, sobem como se fosse um palco onde discursam um monólogo farisaico e herético a fim de subtrair almas sedentas para lhes alimentar seus sórdidos desejos de ganância. (Judas 1:12 Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas;)
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