Há quem já dizia que “Jesus Cristo é o caminho e o bispo Edir Macedo o pedágio”. Esse é um trocadilho que se identifica muito bem com o a prática da igreja Católica que causou a revolta de Martinho Lutero. A venda de indulgências nada mais era do que o pedágio para salvação das almas que permaneciam na invenção chamada de purgatório. Se as almas já tivessem no inferno, não teria solução, mas se houvesse um lugar chamado purgatório, um lugar de transição, seria mais fácil. Tal doutrina da igreja Católica deturpava o legítimo direito de quem realmente pode de conceder a salvação aos seres humanos.
Desde 1517, quando Lutero escreveu suas 95 teses, alguma coisa mudou? Apesar de toda a luta da Reforma Protestante, em querer reverter este quadro, o mundo continua o mesmo. Nascem e morrem gerações e as ideias e heresias continuam as mesmas. Mudam de roupa, tomam uma nova cara, passam uma maquiagem, mas a podridão das ideias continua a mesma. Como Jesus afirmou sobre os fariseus, chamando-os de túmulos pintados, assim são as heresias que perambulam pelo mundo afora desde os tempos antigos. Um dos maiores sábios, senão o maior deles que já pisou nesta terra (afora Cristo), já dizia: “O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol.” (Eclesiastes 1:9).
A angústia que sempre toca o coração humano de alguma forma ela precisa ser saciada, apagada, aplacada, ou pelo menos despistada. Dai o ser humano se apega ao material, ou nega a existência de Deus, ou aceita que através de rituais seus problemas serão resolvidos, ou ainda se enterra em seu trabalho, ou se enterra literalmente entregando-se às drogas ou cometendo o suicídio. Na verdade todos estes comportamentos são reflexos da mesma e única realidade de todos: nada destas coisas trás descanso ao coração aflito do ser humano que não sabe para onde ir, em quem descansar, o que acontecerá após a morte, ou se é só esta vida mesmo que existe. Tudo isso causa angústia e terror à mente do ser humano que é frágil e só sabe reconhecer isso na hora da morte, ou quando ela é uma realidade bem próxima.
O coração do ser humano não foi preparado para este tipo de coisa, daí a sua fragilidade se mostrando nestes momentos ruidosos, desconcertantes ou inesperados da vida o quão frágil se é. Alguns, pela experiência, já se controlam mais do que outros, contudo, quando a morte é uma possibilidade bem próxima, costuma-se clamar: “Ai, meu Deus!”. Um súbito deslize clamando pela salvação. Não há escapatória para tal reação ela é evidente e todos sabem muito bem disso. Ao contrário dos incrédulos, a própria cristandade que assumiu o nome de evangélicos, dizem: a salvação não é como a igreja Católica prega: penitência, batismo, boas obras, ser membro da igreja, enfim tudo o que o ser humano puder realizar e que a igreja diz que leva a salvação, mas é de graça, Cristo te dá de graça. Estão certos nisso também?
Precisamos saber que existe uma grande, aliás, infinita diferença entre a salvação ser de graça, ou ser pela graça. Paulo quando escreve à igreja em Éfeso afirma em 2.8 que somos “salvos pela graça” e não de graça. De graça é aquilo que não teve preço algum; de graça é o que não é vendido; de graça é aquilo que não nos custa nada! Bem, neste ponto de vista de fato a salvação não nos custa nada, mas nem por isso podemos afirmar que a salvação é de graça, pois ela teve um preço muito alto. Custou a morte de Deus, o Filho, na cruz. E isso é algo que ninguém pode comprar, mas para Ele custou e muito!
1 Coríntios 7:23 Por preço fostes comprados; não vos torneis escravos de homens.
I Pedro 1.18-19 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,
Agora, você que compreende esta mensagem, também deve compreender esta:
1 Coríntios 6:20 Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.
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