quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pastora? Pastorado Feminino?

É muito popular em nossos dias ouvirmos esta expressão: “Pastora fulana”. A aceitação de tal expressão tem sido feita de forma passiva pela maioria dos crentes, mas o que tem a Bíblia a dizer sobre isso? Primeiramente o termo pastora foi cunhado recentemente. Nunca na história da igreja cristã, nos demos conta de tal termo existir, muito menos de haver quem o usasse rogando para si tal função dentro da igreja cristã. Em nenhum lugar da Bíblia se vê tal coisa. Machismo? Absolutamente não! Apenas não posso fingir de morto e permitir que mudem o que está escrito na Palavra de Deus de forma pacífica.
Mesmo na história do povo de Israel, nunca se ouviu o termo sacerdotisa, o que não é o mesmo que profetisa. Pelo contrário, somente nas nações pagãs é que sempre houve e sempre haverá tal título para as mulheres que se destacam na celebração do culto ao seu deus pagão. Precisamos ter em mente que o culto celebrado a Deus no AT tem os mesmos princípios do culto estabelecido para os nossos dias. Digo princípios e não nuances da Lei sendo eles: ritual, civil e moral. Mas um era o responsável pelo culto solene a Deus, a chamada santa assembleia, e este não era outro senão a figura do sacerdote, que sempre foi um homem, nunca uma mulher.
O nuance do ritual do AT foi extinto, isso é claro, mas o princípio de se dirigir esse culto nos dias de hoje por uma pastora, isso é uma tremenda metamorfose do princípio elementar do culto solene a Deus que deveria ser feito por um homem, neste caso, hoje um pastor devidamente ordenado por imposição de mãos do presbitério. 1 Timóteo 4:14 Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério.
Quando os apóstolos falam de quem deveria dirigir e ensinar a igreja, em nenhum momento, em nenhum dos textos sagrados encontramos qualquer dos títulos usados por esses no gênero feminino, sempre no masculino. Ao contrário disso, Paulo é bem claro quanto ao comportamento da mulher na igreja, isso não tem o que discutir: 1 Coríntios 14:34 conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina.
A determinação de Paulo para a igreja de Corinto passou pelo problema que era vivido naquela igreja, qual problema? Movimento feminino que se levantou contra a supremacia masculina no tocante à condução do culto. Quando ele fala em I Co 11 sobre o uso do véu, não era o véu o problema em si mesmo, mas por causa do símbolo que ele representava. Ele representava a submissão da mulher ao marido, ou ao homem que lhe fosse responsável. Naquele tempo usava-se o véu como símbolo dessa submissão. Quando a mulher não o usava era considerada duas coisas: prostituta (que não estava submissa a nenhum homem) , ou viúva (que também não estava, agora, submissa a um homem). Para não serem as viúvas confundidas com as prostitutas rapavam a cabeça, por isso o conselho de Paulo que se não quisessem usar o véu, que rapassem a cabeça, do contrário se fosse vergonhoso, então que usassem o véu. Isso não quer dizer que as mulheres tivessem que usar o véu hoje, como Paulo mesmo disse no texto, o símbolo desta submissão era o véu, e era um costume da igreja naquele tempo. Esse costume do véu não o temos, mas isso não nos dá o direito, nem às mulheres de abandonarem o princípio da submissão.
Em debate televisionado, pela Rede Super de Televisão, entre o reverendo Ludgero Bonilha, reverendo Rev. Valdir Carvalho, uma pastora e um Padre sobre ordenação feminina em que todos, exceto reverendo rev. Ludgero, eram a favor de ordenação feminina incluindo o reverendo Valdir que é um dos maiores especialistas em línguas originais do país, ocorreu o seguinte fato: A certa altura do debate, reverendo Valdir declarou o seguinte: “Se tentarmos analisar base para ordenação feminina nas Escrituras, não a encontraremos em lugar algum. Contudo o Espírito Santo há de nos dar novas luzes”. Este ponto é totalmente estranho ao princípio de infabilidade e suficiência da Escritura. A Bíblia tornou-se um livro adicional às revelações. Ou será que existem outras Bíblias sendo inspiradas diretamente por Deus e estão deixando de serem editadas? Se uma contradiz a outra, a mais recente é que vale?
O mesmo princípio percebe-se em religiões e seitas oriundas do cristianismo. As Testemunhas de Jeová alteraram os textos sagrados dizendo que estão incorretas certas traduções a fim de dar suporte às suas doutrinas. Joseph Smith, recebeu revelações, o lívro de Mórmon, diretamente de um anjo a fim de concertar o que a Escritura sofreu de distorção durante a história da igreja. Os Espíritas aceitam a Escritura somente em parte, pois a última revelação de Deus foi dada a Alan Kardec, que transcreveu o Evangelho Segundo o Espiritismo. O Islã tem o Alcorão, A Bíblia e outros como sendo os livros sagrados. Mas prevalece o Alcorão como sendo o primordial, que Maomé o recebeu para corrigir as distorções ocorridas na Escritura ao longo do tempo. Vê-se que o princípio em todos estes casos, bem como nos movimentos modernos já trabalhados são explicitamente idênticos. A Bíblia não é mais suficiente e inerrante, precisa-se de complemento, ou melhor, em alguns casos complementos.

Sincretismo Feminista

Nesta Terceira Onda surge também o sincretismo feminista. Na década de 60 surge um estreitamento entre o movimento feminista secular e o cristão.
E o que era válido começando por querer anular diferenças entre homens e mulheres no tocante aos direitos civis, torna-se agora a luta pelo direito de definir-se a si mesma, a sociedade e a Deus, visto que a Bíblia fora escrita por homens. Deus, sociedade e a própria mulher, foram definidos por homens. O movimento então diz: "Nós temos o direito de nos definirmos, direito de definirmos a sociedade, e mais que isso podemos e devemos definir a Deus. Os movimentos feministas secular e religioso passam a caminhar lado a lado. O religioso absorve o secular, e o que era secular se torna religioso. Tal qual Acaz que traz um novo altar para o templo.
A luta pela igualdade dos sexos é vista com bons olhos, e deve, mas esta visão é passada para dentro da igreja sem se avaliar as conseqüências e sua validade no tocante a certos aspectos. A luta para ordenação de mulheres se torna um hábito da igreja atual, sem se avaliar sua validade escriturística, caso seja este o crivo de avaliação destas pessoas. Muitos líderes da igreja aderem ao movimento simplesmente para manter uma política de boa vizinhança. Estes se apegaram a Bíblia para provar a validade da ordenação feminina, levando em consideração de que os Pais haviam sido influenciados pela sociedade machista de suas épocas. Contudo, a base que os levaria para sustentar a ordenação feminina, não a encontraram, mesmo depois de minucioso estudo. Como o próprio rev. Valdir afirmou no programa de TV. A saída então, seria reescrever a Palavra, a partir de uma tradução já feita, agora com uma linguagem politicamente correta, buscando anular as diferenças entre homem e mulher.
Lançaram mão do texto de Gálatas 3.28 para ser o crivo pelo qual todos os outros textos da Escritura que tratam a cerca das diferenças entre homens e mulheres, denominando-o de Crux Interpretum . Com isso “Elas decidiram buscar a androginia na Igreja indo rumo à ordenação de mulheres, destruindo a estrutura de papéis no casamento”. Qual a diferença entre o que elas fizeram e o conceito que o grupo do Kansas tem com relação a Palavra, ou com o que rev. Valdir declarou em público? Ou ainda, com relação as seitas oriundas do cristianismo? Qual a diferença entre alterar as Escrituras mutilando os textos e anular, ou suplantar, ou equiparar os textos, ou as revelações sob o pretexto de novas direções dadas pelo “Espírito” mesmo que a Palavra não ratifique? Esquece-se claramente da Palavra. Era o que temia o apóstolo Paulo:
"...Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo. (II Co 11.3). Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema. (Gl 1.8)"

A luta pela derrota do cristianismo
Muitos distorcem e lutam intencionalmente fazendo com que o evangelho seja ridicularizado e destruído. Como o movimento feminista queria redefinir tudo, Deus não ficou de fora. Naomi Goldemberg, teóloga judia feminista, disse que a essência do evangelho nesta Terceira Onda seria profundamente mudada, como ela mesma expressa:
"O movimento feminista na cultura ocidental está unido à lenta execução de Cristo e Yahweh. Contudo muito poucas mulheres e homens que agora trabalham pela igualdade sexual de dentro do Cristianismo e Judaísmo entendem a dimensão de sua heresia."

Esta declaração de Goldemberg esclarece algumas coisas, como por exemplo, a tendência do movimento feminista que por muitos anos tem aparentado simplesmente um movimento com tendências sociais. Ë muito mais que isso, é uma luta pela destruição do cristianismo tal qual se conhece, e muitos homens e mulheres cristãs, inclusive líderes estão defendendo a igualdade dos sexos no tocante aos princípios bíblicos para ordenação feminina, sem o conhecimento profundo da causa. O que Goldenberg disse em outras palavras é que líderes da igreja cristã estão trabalhando em defesa da ordenação feminina sem saber que isso será a própria ruína da cristandade.

6 comentários:

  1. - Alô, é a irmã Luiza Ângela?
    - Sim. Quem fala?
    - É o reitor Aloísio Nicomedes?
    - Ah! Reitor. O que o leva a este telefonema?
    - Olha, é que a senhora fez uma inscrição para nosso Curso Superior de Teologia...
    - Ah! É verdade...
    - Bem, eu estou lhe contactando para fornecer algumas informações importantes. Ok?
    - Pode falar, estou ouvindo...
    - Então..., nosso curso tem nível superior. Dentro da denominação é o que melhor a senhora poderia fazer. Tem a duração de quatro anos. Não é nada, se a senhora vir o semblante dos formandos deste ano... Nossa grade curricular é bem recheada e visa proporcionar aos nossos alunos a melhor preparação possível para exercer a teologia dentro da igreja do Senhor... A maioria de nossos alunos são mulheres, de maneira que a senhora irá se sentir muito bem entre elas...
    - Ah! Que ótimo, quanto ao tempo, não tem problema, não é o que é necessário?
    - Para a carga horária, sim. Sabe, queremos dar peso ao nosso curso. Ele fica bem denso e se aprofunda bastante na Bíblia... bom a senhora poderá conferir pessoalmente nas aulas.
    - Eu estou eufórica para que iniciem...
    - Só tem um probleminha... precisamos saber qual seu intuito ao fazer o curso?
    - Como assim?
    - Qual a sua intenção ao fazer o curso? Ou seja, para que fins ele será usado na Igreja?
    - Ah! O que eu queria mesmo era dar um reforço no culto doméstico, sabe? Lavar panos e pratos com mais qualidade, enquanto recito os clássicos. Ensinar aos meus filhos um pouco de exegese. Compartilhar textos em grego e hebraico com minhas amigas no chá da tarde. Entrando no seminário, fazendo um Curso Teológico de nível superior, tudo terá muito mais densidade, acredito...
    - Ah! Muito bom. Eu pensava que a senhora havia aderido às novas tendências...
    - Quais, reitor, estou por fora?
    - As que reivindicam cargos como pastoras para as mulheres...
    - Qual nada, reitor, eu estava até preocupada com a grade que me foi fornecida na matrícula. Havia várias cadeiras sobre administração eclesiástica, liderança, exposição bíblica. Agora que o senhor me telefonou, ufa! Foi por pouco... Tirou um peso enorme das minhas costas.
    - Amém, minha santa. Não fique preocupada, aquelas aulas são para os homens. Sabe como é... Até as aulas...
    - Fique na paz, reitor.

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  2. "Essa de lavar panos e pratos com mais qualidade", forçou hein, Jesus! Tem gente que acha que mulher nasceu para o forno, o tanque e a pia. Com certeza as filhas deles só fazem cursos de faxina e prendas domésticas.

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  3. O problema Lindalva, não é o que eu penso, ou o que você pensa, ou o que a cultura moderna prega... é o que está escrito na Bíblia.

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  4. Deus na bíblia enalteceu a mulher, haja vista Débora, uma juíza, colocou o amor de mãe como aquele que mais se assemelha ao dele, que eu saiba toda mãe é mulher. A mulher de provérbios é uma eficaz empresária, ágil e inteligente. O apóstolo Paulo fala que não há homem ou mulher, ou seja, somos todos iguais. Só mesmo, machistas, como você querem colocar o seu machismo na frente do que a bíblia ensina, temos que ver o que está escrito na bíblia, e não, o que nossa arrogância masculina acha, não é. Júlio?

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    1. Percebe que os argumentos que você usou, foram argumentos sentimentalistas? Nenhum deles bíblico de fato. Onde: qual livro, capítulo e versículo a mulher está autorizada a ensinar na igreja e exercer pastorado? Só se for na sua bíblia ( e com letra minúscula mesmo) por que na minha não tem um só versículo que aponte tal ideia; a não ser um versículo fora de contexto como usou o de Paulo. Deixe-me te situar no texto de Paulo... Gálatas 3:28 Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.,,, onde neste texto a igualdade entre homem e mulher está dizendo que isso diz respeito aos ofícios na igreja? De novo: EM LUGAR ALGUM. Paulo está falando acerca do Reino de Deus com respeito à salvação quando ele afirma que a justificação é pela fé... e não por obras...o texto dos versículos anteriores dizem: 24 De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.
      25 Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.
      26 Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
      27 porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.
      Ou seja... a justificação é o ato jurídico de Deus que declara o ímpio (réu do tribunal divino) isento de culpa; culpa esta que o colocaria no inferno. Assim... de fato não existe vantagem alguma entre raças, ou gênero. O judeu não tem vantagem na salvação, nem o homem, todos são justificados por meio da fé, e não segundo a lei (obras).
      Desta maneira... como desde o pecado em Gênesis.. a queda do homem se deu em primeiro lugar pela omissão de Adão em não cumprir seu papel de GUARDADOR do jardim..(ver Gn 2.15). Foi pela omissão de Adão, Eva assume seu papel... da mesma maneira... quando na nação de Israel os homens de omitiram... uma mulher se levantou? Mas esse é o padrão divino? Há um versículo permitindo tal coisa? O que lemos na Bíblia é o contrário: 1 Timóteo 2:12 E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio.... A questão é que para dar base ao pastorado feminino, a Bíblia precisa ser omitida, ou distorcida. Exatamente como você fez no comentário acima. Quando os oficiais da igreja, tanto para o tempo apostólico, quanto para a igreja futura tiveram suas características determinas veja as especificações:
      Atos 1:21 É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós...
      Atos 6:3 Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;
      Efésios 4.11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,
      12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,...
      A PROMESSA DO AT PARA O NT: Jeremias 3:15 Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência.
      .. Em algum texto bíblico aqui viu-se a menção de gênero feminino? Absolutamente...
      Sinto... mas sua defesa feminista não tem fundamento Bíblico, apenas sentimentalista e apoiado no discurso da política da boa vizinhança. Mas eu não estou aqui para agradar ninguém, exceto expor o que a Escritura diz de fato.

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  5. Faltou em minha resposta falar sobre a mulher de Provérbios... Empresária????? Este foi o pior de todos. Primeiro um assassinato cultural foi cometido.... Naquele tempo, naquela cultura, a mulher não tinha esse direito SOCIAL, o que também se tivesse, não tem nada a ver, absolutamente, com direito de se tornar oficial eclesiástica. Segundo: A mulher de Provérbios não se tem certeza de quem Salomão está se referindo, duas são as possibilidades...Primeira possibilidade - Ele mesmo questiona: Mulher virtuosa, quem a achará? Uma pergunta retórica que a resposta está estampada: NINGUÉM... Porque? Por que essa mulher se trata de uma mulher ideológica e não uma mulher real... A outra possibilidade sobre quem seja esta mulher é a de que Salomão está referindo-se a uma de suas centenas de esposas, que dentre elas, essa se destacava pela orientação e serviço que ela desempenhava no palácio. Mais uma vez... No palácio subserviente ao rei Salomão, por isso não foi à toa que foi destacada por ele. Em qualquer das situações: seja uma mulher fictícia, ou uma das mulheres de Salomão, isso não autoriza qualquer mulher assumir o serviço pastoral. Portanto, sua resposta não possui um argumento cultural, ou históricos corretos, muito menos bíblicos, mais uma vez: sentimentais.

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