Como Satanás não gostou do
natal e pensava que seus planos pudessem abortar a vinda do Filho de Deus? 1.
Pensou que enviar uma grávida para uma viagem em lombo de jumento pudesse
impedir o nascimento. 2. Pensou que o nascimento desprezível pudesse manchar o
momento. 3. Achou que o conhecimento do fato por meros e desconhecidos pastores
de ovelhas não atrairia a atenção. 4. Tentou matar a criança aos dois anos. 5.
Conseguiu expatriar o menino para uma terra reconhecidamente hostil. Mal sabia
ele que cada uma dessas coisas estava determinada e cumpria profecias
específicas a respeito do Rei dos Reis. Celebremos o glorioso nascimento do
nosso Senhor.
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Quando as premissas estão equivocadas, todo o restante se
torna inútil. Que é fato que Satanás não queria o nascimento de Cristo é
verdade, mas onde está na Bíblia que 25 de dezembro é o dia natalino de Cristo?
Era de fato o nascimento de Cristo que Satanás queria impedir, ou era a sua
vida sem pecado e sua posterior morte na cruz e sua vitória sobre a morte com a
sua ressurreição? Se ele pudesse impedir o nascimento, necessariamente estaria
impedindo a sua morte na cruz e posterior ressurreição. Onde está na Bíblia que
natal é sinônimo do nascimento de Cristo? Onde está na Bíblia que foi Satanás o
responsável por levar a mulher grávida no lombo de um jumento para impedir o
nascimento? (Mateus 2.13). Onde está na Bíblia
que foi Satanás o responsável por um nascimento desprezível ao invés de uma
profecia divina entregue pelos profetas do AT? Quanto ao fato de ter tentado
matar a criança aos dois anos de idade, o que isso tem a ver com o dia do
nascimento dela? Afinal são dois anos de separação histórica dos fatos. Ambos estão
longe historicamente um do outro: o assassinato dos menores de dois anos e o
dia do nascimento de Cristo. Isso se torna, então, sem sentido a aproximação deste
texto ao dito natal. Assim o nascimento de Cristo foi do modo como foi por que Satanás
o quis ou por que Deus assim planejou e executou tendo a Satanás como um mero
instrumento de sua soberania? A despeito disso, como poderia Satanás não saber acerca das profecias. De certo ele não é onisciente, mas não é cego, nem ignorante, conhece muito bem as Escrituras e até chegou a ter a ousadia de usá-la para tentar o próprio Senhor Jesus. E todas as profecias acerca do Messias já estavam lá na Escritura quando Cristo nasceu. Todos estes intentos de Satanás foram apenas tentativas de impedir o cumprimento das profecias que ele já conhecia.Se ele não as conhecesse, não teria tentado impedír o nascimento de Cristo.
O fato não é sermos contra o natal, pois não existe natal,
conforme a tradição herdada da igreja Católica (ICAR), na Bíblia. O problema é que,
historicamente (e não biblicamente), a comemoração natalina se tornou sinônimo
do nascimento de Cristo, o que definitivamente não é, embora tradicionalmente
herdamos isso da ICAR. Cremos
de fato que Cristo nasceu e é motivo de nos alegrarmos com isso, pois o texto
bíblico nos mostra isso, que o seu nascimento é motivo de alegria para nós. Questionamos
o fato de que o natal comemorado no dia 25 de dezembro está associado e ter surgido do paganismo católico e não da Bíblia. E assim
devemos então comemorar esse natal juntamente com o mundo? Digo juntamente e não
conforme os rudimentos do mundo. Mesmo
que nos abstenhamos da idéia natalina pagã e de seus símbolos e comemoremos esse acontecimento junto com o
mundo, de alguma forma não estamos nos associando ao mundo? Será que o
incrédulo que vê sabe a diferença entre uma comemoração e outra? Para ele as
duas são iguais. Para ele, o mundo nesta época se une em torno de um propósito:
a comemoração do nascimento de Cristo. Mas o que é então o natal? Uma grande
comemoração ecumênica do nascimento do “salvador do mundo”? Acaso somos universalistas? Hoje, os ditos reformados que sustentam a comemoração natalina, o fazem simplesmente por uma questão emocional. Alguns ainda usam do argumento de que a Igreja é uma entidade social/religiosa com uma certa autoridade delegada por Cristo, e que, por causa disso, podemos determinar certas coisas a fazer que não estão na Bíblia. Mas se me lembro houve um argumento semelhante e uma exegese tal qual, quando a ICAR determinou a adoração aos santos, à Maria, o culto aos mortos, o uso do incenso, etc.
Cremos que Cristo veio em carne? SIM! Cremos que Ele é Deus
nascido de uma virgem? SIM! Alegramos-nos com seu nascimento? SIM! Mas não
cremos que o nascimento de Cristo seja um fim em si mesmo. Pois a exaltação de
Cristo se deu com a sua morte, não com seu nascimento que para Ele foi
humilhação (Filipenses 2.7). O nascimento foi o meio e não o fim. A finalidade
do nascimento de Cristo foi a sua morte, no tempo certo, no dia certo, na hora
certa (1 Pedro 1.19-20). Pois foi com ela, com o seu sangue, com a morte, que
Cristo pôde comprar o seu rebanho, não com o seu nascimento (Atos 20.28). E tudo
correu debaixo do propósito de Deus. Não foi possível Satanás devorar o filho
da mulher (Ap. 12), por que não era o momento planejado soberanamente desde
antes da fundação do mundo.
Não se pode abolir o que não está na Escritura, nem nas práticas da igreja primitiva, nem na igreja dos primeiros séculos. Podemos abolir simplesmente práticas que foram incorporadas pela Igreja Católica Apostólica Romana e que não encontra fundamento na Escritura. Onde está na Bíblia que o dia que chamam de natal, 25 de dezembro, nos nossos dias é o referido dia do nascimento de Jesus Cristo? Somos a favor da Sola Scriptura, ou a favor da tradição também? Que devemos nos alegrar com o nascimento de Cristo isso é óbvio, mas onde está que devemos comemorá-lo como se fosse um sacramento? Muitos defendem a comemoração do dia do natal como se isso
fosse um sacramento num dia específico. Mas o caso é que um dos dois únicos sacramentos que ele
ordenou diz respeito à sua morte e ressurreição e não ao seu nascimento (I
Coríntios 11.26). Entretanto, para não sermos contenciosos comemoremos então o nascimento
de Jesus, mas não junto com o mundo, pelo contrário, todos os dias, buscando
uma vida santa, principalmente no dia do Senhor, que é o dia em que o próprio
Senhor conquistou o seu “prêmio” seu descanso no dia de sua ressurreição, o
domingo, ou sábado cristão, como queiram. Se há uma necessidade de se comemorar o natal em um dia específico devemos abaixar nossas cabeças para uma determinação papal? Façamos, pois, em outro dia.
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