Quando
escrevi acerca do natal já mudaram as palavras que afirmei e que estamos
querendo acabar com o natal e que o próximo passo seria acabar com a páscoa,
permitir a bebedeira e o fumo. Mas afinal, o que uma coisa tem a ver com a
outra? Além do mais não podemos acabar o que nunca foi instituído na Bíblia, na
igreja primitiva, ou na igreja dos primeiros séculos, a comemoração natalina em
25 de dezembro. Aceitar passivamente por que a nossa cultura permitiu e incutiu
nas mentes dos incautos a comemoração natalina tal qual estabelecida pela
igreja Católica (ICAR) desviada da Palavra, acabaremos com a páscoa e
permitiremos a bebedeira e o fumo? Então vejamos por partes.
Primeiramente
a páscoa foi uma ordenança dada por Deus em moldes específicos no AT. Se não
estou esquecido o Senhor Jesus, Ele mesmo apresentou nova forma desta
comemoração, com pão e vinho, a fim de celebrar e anunciar a sua morte até que
Ele volte, como lembra Paulo em I Coríntios 11. Ele não estabeleceu que a
páscoa, agora ceia, fosse comemorada nos mesmos moldes do AT, com carne de
cordeiro (que prefigurava a Cristo), pão, ervas amargas. A ceia continua com os
mesmos elementos, o Cordeiro já foi morto, mas não precisa ser morto novamente
(comemorar a páscoa com carne de cordeiro), pois era tipo de Cristo, agora o
pão representando seu corpo (cordeiro morto) e o vinho seu sangue. E quando
Cristo veio apagou e tornou espúrio toda sombra que existia no AT sobre si
mesmo. Comemorar a páscoa com o cordeiro hoje é um insulto a obra consumada de
Cristo na cruz, chegando ao ponto da heresia praticada. Por isso ele deixou e ordenou pão e vinho, sendo ele mesmo o
cordeiro pascal. “Lançai fora o velho
fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois
também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (1 Coríntios 5:7).
Segundamente
bebedeira é permitido? Nunca foi permitido! A bebedeira, sempre foi considerada
pecado. Mas também nunca lemos na Bíblia que beber é pecado. O limite é o que
está estabelecido como um dos frutos do Espírito: domínio próprio. Alguns que
tem problemas com bebida e até já participaram do AA afirmam que o que se deve
evitar é o primeiro gole. Mas novamente esse não é um princípio escriturístico,
uma vez que a própria ceia foi ordenada a ser servida com vinho não com suco de
uva. O domínio próprio não é evitar a situação de beber o primeiro gole, é você
controlar o impulso de querer o segundo, o terceiro... Evitar o primeiro gole é
saber que não se tem o domínio próprio quando for exposto a ele e que sabe que vai
querer o segundo. Além do mais, como faziam com esta questão os beberrões de
vinho na hora da ceia de que Paulo falou em I Coríntios 11? Sua palavra quanto
a isso não foi: não bebam mais vinho, mas suco de uva. Sua palavra foi: Não
tendes, porventura, casas onde comer e beber? (v.22). Ou seja: querem beber,
bebam em casa. Com isso Paulo também não está também liberando o uso desmedido
da bebida. Pois o mesmo Paulo afirmou: “E
não vos embriagueis com
vinho, no qual há dissolução...” (Efésios 5:18)
E
quanto ao fumo? Muitos homens que despontaram como reformadores, e homens de
teologia reformada faziam uso do fumo, das mais variadas formas. Cachimbo, charuto,
etc. Até pouco tempo atrás, um grande homem de Deus, reformado, veio ao Brasil
implantar um curso de mestrado em teologia, algo inédito por aqui naquela época.
Detalhe: ele fumava cachimbo. Mas, durante seu tempo aqui, notou que nenhum
crente Brasileiro fumava e questionou o motivo. Então lhe deram a resposta do fato
que essa foi uma influência pentecostal na igreja no Brasil. Não sou contra
este princípio, pelo contrário, é válido. Então lhe apontaram o texto de 1
Coríntios 3:17: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o
santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”. Como o fumo provoca a
destruição no organismo, a mensagem foi entendida e a partir daquele dia nunca
mais aquele homem de Deus fez uso do seu cachimbo. Isso é que é uma verdadeira
vida santa diante de Deus, reconhecer o seu erro quando lhe é provado na
Escritura.
Mas
muitos hoje que se declaram cristãos, preferem ficar com a tradição ao invés do
que está claramente na Escritura, ou que claramente não está. Estes são
insubmissos e distorcem o que está sendo dito para ganhar simpatizantes de suas
doutrinas tradicionalmente herdadas do catolicismo. Estão cegos e nada fazem
para buscar ao menos entender o que o outro está dizendo. Preferem criar
divergências pessoais a divergência de idéias.
( http://revjuliopinto.blogspot.com/2011/08/o-evangelho-da-boa-vizinhanca.html
)
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