O Princípio Regulador do Culto possui implicações claras para quem
deseja promover a celebração do Natal. Ele obriga quem deseja comemorar
essa data a provar, a partir das Escrituras, que Deus a autorizou.
Isso, na verdade, é impossível. Além do mais, a celebração do Natal
viola outros princípios bíblicos.
O Natal é um monumento à idolatria passada e presente
O dia em que o Natal é celebrado (25 de dezembro)
e quase todos os costumes associados a ele têm origem na adoração pagã
de ídolos. “Muitos habitantes da Terra eram adoradores do Sol porque o
curso de sua vida dependia da rotação desse astro nos céus, e festas
eram celebradas para auxiliá-lo no retorno de viagens distantes. No sul
da Europa, no Egito e na Pérsia, as divindades representantes do Sol
eram adoradas com cerimônias elaboradas no solstício de inverno — como o
tempo adequado para render tributo ao deus benigno da fartura —,
enquanto em Roma as saturnais duravam uma semana. Nas terras do norte, o
tempo exato era por volta do dia 15 do mês de dezembro, pois os dias
se tornavam mais curtos e o Sol estava fraco e distante. Dessa forma,
esses povos antigos festejavam no mesmo período em que o Natal é
observado hoje". Durante o solstício de inverno os babilônios adoravam
Tamuz, os gregos e romanos adoravam Júpiter, Mitra, Saturno, Hércules,
Baco e Adônis; os egípcios adoravam Osíris e Hórus; os escandinavos
adoravam Odim (ou Vodã). “Entre as tribos germânicas e celtas o
solstício de inverno era considerado um importante ponto do ano, e eles
celebravam o festival de Yul — o mais importante — para comemorar o
retorno da ‘roda flamejante’. O azevinho, o visco, a fogueira de Yule e
os filós são relíquias de eras pré-cristãs.”
O Natal nunca foi celebrado pela igreja apostólica.
Tampouco foi festejado durante os primeiros três séculos da Igreja. Por
volta de 245 d.C., Orígenes (na Oitava Homilia sobre Levítico) repudiou
a idéia da celebração do nascimento de Cristo “como se ele fosse um
faraó”.d Em meados do século IV, várias igrejas ocidentais de língua
latina passaram a celebrar o Natal. Durante o século V, essa
festividade se tornou um dia santo da Igreja Católica Romana
incipiente. No ano 534, o Natal foi reconhecido feriado oficial pelo
Estado romano.
A razão para o Natal ter se tornado um dia santo não diz
respeito à Bíblia. A Escritura não explicita a data do nascimento de
Cristo. Em nenhum lugar da Bíblia somos incentivados a celebrar o
nascimento de Jesus. O Natal (bem como outras práticas pagãs) foi
adotado pela Igreja de Roma como estratégia missionária.
A fusão com o paganismo como estratégia missionária foi
claramente revelada pelas instruções do papa Gregório Magno aos
missionários no ano 601: “Pelo fato de eles [ospagãos] sacrificarem bois
a demônios, alguma celebração deve lhes ser dada em troca dessa [...]
eles devem celebrar uma festa religiosa e adorar a Deus mediante sua
celebração, de forma a manterem os prazeres externos e poderem,
rapidamente, receber alegrias espirituais”.
Esse sincretismo explica a razão dos costumes do Natal
serem completamente pagãos. A árvore de Natal era usada porque árvores
sagradas tinham um papel importante na adoração pagã durante o solstício
de inverno. Na Babilônia, a sempre-verde representava Ninrode voltando
à vida como Tamuz, supostamente nascido de uma virgem, Semíramis. Em
Roma, decoravam-se pinheiros com frutinhas vermelhas para celebrar as
saturnais.f Os escandinavos colocavam pinheiros em suas casas em honra
ao deus Odim. “Quando os pagãos do norte da Europa se tornaram
cristãos, transformaram suas sempre-verdes sagradas em parte da
festividade cristã, e decoravam árvores com nozes douradas, velas
(remanescente da adoração ao Sol) e maçãs para representar as estrelas, a
Lua e o Sol”.
O acendimento de fogueiras especiais e de velas em 24 e 25
de dezembro origina-se no culto ao Sol. O uso de fogueiras tem sua
origem provável no culto prestado a ele pelos druidas. Não se permitia
que a madeira fosse totalmente queimada, parte dela seria usada para
iniciar o fogo do ano seguinte (possivelmente, símbolo do renascimento
do astro). “Os romanos ornamentavam seus templos e suas casas com
galhos verdes e flores para as saturnais, a estação do contentamento e
da troca de presentes; os druidas juntavam visco com uma grande
cerimônia e o penduravam em suas casas; os saxões faziam uso do
azevinho, da hera e de louros.”
O fato de o Natal estar repleto de práticas pagãs é
universalmente reconhecido: “Contudo, muitos cristãos alegam que essas
práticas não mais possuem conotações pagãs, e crêem que a celebração do
Natal oferece uma oportunidade para culto e testemunho”. Os cristãos
dizem não adorar a árvore de Natal, e que as origens pagãs jazem no
passado remoto e tornaram-se inofensivas. Entretanto, esse conceito,
apesar de comum em nossos dias, demonstra a total desconsideração do
ensino bíblico concernente aos ídolos, à parafernália associada à
idolatria, e aos monumentos idolátricos.
Deus odeia tanto a idolatria que Israel não foi ordenado
apenas a evitar o culto aos ídolos. Ordenou-se especificamente que
Israel destruísse todas as coisas associadas com a idolatria.
Totalmente destruireis todos os lugares, onde as nações que
possuireis serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas, e sobre
os outeiros, e debaixo de toda árvore frondosa; e derrubareis os seus
altares, e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis a
fogo, e destruireis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o
seu nome daquele lugar. [...] e que não perguntes acerca dos seus
deuses, dizendo: Assim como serviram essas nações os seus deuses, do
mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao SENHOR teu Deus… (Dt
12.2-4,30,31).
Quando Jacó saiu para purificar o campo (i.e., sua casa e
seus serviçais) os brincos foram retirados bem como seus deuses
estrangeiros (Gn 35.4), porque os brincos deles estavam associados com
seus falsos deuses. Eles eram sinais de superstição. Quando Elias foi
oferecer seu sacrifício, em uma disputa com os profetas de Baal, ele
não usou o altar pagão, algo criado para os ídolos (p.ex., as
saturnais), e tentou santificá-lo para o serviço de Deus (p.ex.,
Natal); em vez disso, ele reconstruiu o altar do Senhor. Os cristãos
não deveriam tomar emprestado o festival pagão de Yule ou as saturnais e
vesti-los com roupagem cristã; deveriam, em vez disso, santificar o
dia do Senhor como fizeram os apóstolos. Quando Jeú se levantou contra
os adoradores de Baal e seu templo, ele porventura poupou o templo e o
separou para Deus? Não! Ele matou os adoradores de Baal: “Também
quebraram a estátua de Baal; e derrubaram a casa de Baal, e fizeram
dela latrinas, até ao dia de hoje” (2Rs 10.27).
Além disso, temos o exemplo do bom Josias (2Rs 23), porque
ele não apenas destruiu as casas e os altos de Baal, mas também seus
utensílios, bosque e altares; sim, os cavalos e os carros dados ao sol.
Também o exemplo do penitente Manassés, que não apenas destruiu os
deuses estrangeiros, mas também seus altares (2Cr 23.15). E de Moisés, o
homem de Deus, que não se contentou apenas em executar vingança contra
os israelitas idólatras, a menos que ele pudesse também destruir
totalmente o monumento de sua idolatria.
Deus não deseja que sua Igreja use festividades e
cerimônias pagãs e papistas, além de sua parafernália, e as separe para o
uso cristão. Ele nos ordena de forma direta a extinguilas totalmente
da face da terra, para sempre. Talvez você não se ofenda com a
fogueira, a árvore de Natal, o visco, as frutinhas vermelhas e a
escolha de uma data pagã para celebrar o nascimento de Cristo, mas Deus
se ofende. Ele ordena que evitemos qualquer contato com os monumentos e
com a parafernália do paganismo.
Caso sua mulher tivesse levado uma vida promíscua antes de
você se casar com ela, você se ofenderia se ela mantivesse fotos de
seus ex-namorados em sua penteadeira? Você se incomodaria se ela
celebrasse os diversos aniversários relativos aos relacionamentos do
passado? Você se ofenderia se ela guardasse e demonstrasse apreço por
anéis, jóias e presentinhos dados a ela por seus antigos namorados?
Logicamente você se ofenderia! O Senhor Deus é infinitamente mais
zeloso de sua honra que você: ele é o Deus zeloso. Israel poderia usar
os dias festivos de Baal, Astarote, Dagom e Moloque para agradar a
Deus? De forma nenhuma! A Bíblia deixa muito claro quais reis de Judá
agradaram mais a Deus. Ele é servido quando ídolos, seus templos, suas
vestes religiosas, brincos, casas consagradas, árvores sagradas,
postes, ornamentos, ritos, nomes e dias são eliminados da face da terra,
para nunca mais serem restaurados. Deus deseja que sua noiva elimine
para sempre os monumentos, dias, a parafernália e as recordações da
idolatria: “Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos
sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações. Porque os
costumes dos povos são vaidade” (Jr 10.2,3). “Assim não farás ao SENHOR
teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que o aborrece,
fizeram eles a seus deuses” (Dt 12.31).
Os cristãos não devem se desvencilhar apenas dos
monumentos idolátricos do passado, mas também de todas as coisas
associadas à idolatria presente. O Natal é o dia santo mais importante
do catolicismo romano. O nome Natal* provém do romanismo: Christmass — a
“missa de Cristo”. O nome christmas [Natal] une o título de nosso
glorioso Deus e Salvador com a idolátrica e blasfema missa do papado.
Dessa forma, o Natal [christmas] é uma mistura de idolatria pagã e
invenções papistas.
A Igreja Católica Romana odeia o Evangelho de Jesus Cristo. Ela se vale de artifícios humanos, como o Natal, para manter milhões de pessoas em trevas. O fato de muitos milhares de protestantes que dizem crer na Bíblia observarem o dia santo católico romano — sem qualquer mandamento explícito da Palavra de Deus — revela o triste estado do evangelicalismo moderno. “Não podemos nos conformar, comungar e nos identificar com os papistas idólatras, ao usar os mesmos [símbolos], sem nos tornarmos a nós mesmos idólatras mediante nossa participação.” Nossa atitude deve ser a do reformador protestante Martin Bucer, que disse: "Desejo do fundo do meu coração que todos os dias santos, com exceção do dia do Senhor, sejam abolidos. O zelo com o qual foram inventados, sem qualquer garantia da Palavra, e seguidos pela razão corrompida, certamente para eliminar os dias santos dos pagãos… Esses dias santos foram tão conspurcados pelas superstições que me espanto pelo fato de não estremecermos por ouvir-lhes o nome".
A Igreja Católica Romana odeia o Evangelho de Jesus Cristo. Ela se vale de artifícios humanos, como o Natal, para manter milhões de pessoas em trevas. O fato de muitos milhares de protestantes que dizem crer na Bíblia observarem o dia santo católico romano — sem qualquer mandamento explícito da Palavra de Deus — revela o triste estado do evangelicalismo moderno. “Não podemos nos conformar, comungar e nos identificar com os papistas idólatras, ao usar os mesmos [símbolos], sem nos tornarmos a nós mesmos idólatras mediante nossa participação.” Nossa atitude deve ser a do reformador protestante Martin Bucer, que disse: "Desejo do fundo do meu coração que todos os dias santos, com exceção do dia do Senhor, sejam abolidos. O zelo com o qual foram inventados, sem qualquer garantia da Palavra, e seguidos pela razão corrompida, certamente para eliminar os dias santos dos pagãos… Esses dias santos foram tão conspurcados pelas superstições que me espanto pelo fato de não estremecermos por ouvir-lhes o nome".
A objeção comum contrária ao argumento da abolição desses
monumentos pagãos é que esses fatos ocorreram há tanto tempo que se
tornaram inofensíveis para nós. Todavia, essa alegação é totalmente
falsa. Não existe apenas a idolatria do catolicismo romano, há também o
ressurgimento das antigas religiões pagãs tanto na Europa quanto nos
Estados Unidos. O movimento feminista radical revive no presente as
deusas da fertilidade e do Oriente Próximo. A Lei-Palavra de Deus nos
diz para tomarmos cuidado com os monumentos idolátricos. A lei de Deus
não perde sua força com o passar do tempo.
O Natal desonra o dia de Cristo
O dia que Deus separou para sua Igreja celebrar em
comunidade a pessoa e obra de Cristo é o “dia” denominado “do Senhor”, o
primeiro dia da semana, o sábado cristão. O primeiro dia da semana é o
dia em que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. É o dia da vitória de
Cristo sobre o pecado, Satanás e a morte. A humilhação de Jesus e sua
morte sacrificial foram completadas. Ele ressuscitou e será exaltado
nos céus para sempre como Senhor do céu e da terra. “… Ainda que também
tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o
conhecemos deste modo” (2Co 5.16). “O dia do Senhor nos foi dado em
memória de toda a obra da redenção”. A idéia de honrar a vida de alguém
de modo gradual (este acontecimento, aquele acontecimento) não procede
da Bíblia, mas da adoração pagã ao imperador. De fato, as únicas
celebrações de aniversário registradas em toda a Bíblia são as do faraó
(Gn 40.20) e do rei Herodes (Mt 14.6; Mc 6.21). As duas festas de
aniversário terminaram com assassinatos: a de Herodes com morte de João
Batista.
Deus foi muito generoso para com seu povo, concedendo-lhe
52 dias santos por ano. Quando os homens adicionam outros dias (p.ex.,
Natal, Páscoa etc.), eles tiram algo, maculam ou até deixam de lado o
dia do Senhor. As pessoas preferem e dão mais atenção ao Natal que ao
dia do Senhor. Muitos cristãos passam quase todo o mês de dezembro se
preparando para o Natal, decorando suas casas, escritórios e igrejas,
comprando presentes, assando tortas e bolos, ensaiando e memorizando
cantigas, peças teatrais, recitais de música etc. Muitas pessoas que
raramente entram em uma igreja vão ao culto de Natal. As pessoas
normalmente nem piscam por violar o dia do descanso, fornicar,
adulterar e se embriagar; mas consideram fanáticos alucinados os
cristãos que não celebram o Natal.
O que Jesus deseja de nós não é a observância de algo que
ele não mandou, mas sim do que ele ordenou: “Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado” (Mt 28.19,20). Isto é o que os apóstolos fizeram. Eles
ensinaram todo o conselho de Deus (At 20.27), o que não incluía o
Natal, a sexta-feira santa ou a Páscoa, porque essas não eram parte das
coisas ordenadas por Cristo. Portanto, aquele que entende “o
verdadeiro significado do Natal” (ou da sexta-feira santa ou da Páscoa)
é precisamente quem percebe que essas datas são invenções humanas. E
para honrar a Cristo como único Rei e cabeça da Igreja, essa pessoa não
observará essas adições feitas por seres humanos ao que nosso Senhor
ordenou. Tal pessoa deverá evitar esse costume bastante popular. O mais
importante é que ela estará ao lado de Cristo e dos apóstolos.
O único dia autorizado por Deus como dia santo é o dia do
Senhor. Se a Igreja deseja agradar a Jesus Cristo e honrá-lo, deverá
fazê-lo guardando seu dia e sendo exemplo para o mundo não-cristão.
Quando os cristãos tornam o Natal mais especial que o dia do Senhor,
desobedecem aos ensinos de Cristo e desonram seu dia.
O Natal é uma mentira
O cristianismo é a religião da verdade. Deus não pode
mentir. Toda a verdade e todo o conhecimento procedem de Deus. Jesus
Cristo é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). O Espírito Santo é
chamado “o Espírito da verdade” (Jo 16.13). O Evangelho é chamado “a
palavra da verdade” (Ef 1.13). Deus ordena: “Não dirás falso testemunho
contra o teu próximo” (Êx 20.16). Paulo nos diz para “segui[r] a
verdade em amor” (Ef 4.15), deixar a mentira e falar a verdade com o
próximo para não entristecermos o Espírito Santo (Ef 4.25,30). Jesus
Cristo nos diz que “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o
adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24). Os cristãos devem ser sal e
luz do mundo (Mt 5.13,16); devem testemunhar ao mundo falando e
vivendo a verdade. A celebração do Natal é compatível com nossa
responsabilidade de falar e viver a verdade perante o mundo? Não, porque
o Natal é uma mentira.
A data usada para celebrar o nascimento do Cristo, 25 de
dezembro, é uma mentira. Segundo a Bíblia, Jesus não nasceu nesse dia:
“Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e
guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho” (Lc 2.8). É de
conhecimento público que os pastores na Palestina voltavam dos campos
antes do inverno. A estação chuvosa na Judéia começa no fim de outubro
ou no início de novembro. Os pastores já teriam voltado com seus
rebanhos para as aldeias antes do início da estação de chuvas.
Portanto, Jesus nasceu antes da primeira semana de novembro.
É evidente que Cristo não nasceu no meio da estação do inverno.
Mas, as Escrituras nos dizem em que estação do ano ele nasceu? Sim, as
Escrituras indicam que ele nasceu no outono. O ministério público de
nosso Senhor durou três anos e meio (Dn 9.27). Seu ministério teve fim
no tempo da Páscoa (Jo 18.39), que ocorre durante a primavera. Portanto,
três anos e meio antes marcariam o início do ministério no outono
daquele ano. Quando Jesus começou seu ministério, ele contava 30 anos
de idade (Lv 3.23). Esta era a idade para o sacerdote começar a exercer
seu ministério sob o Antigo Testamento (Nm 4.3).
Se os cristãos estão desejosos de celebrar uma mentira e
lotar o falso dia do aniversário de Cristo com mitologia papista e pagã
(p.ex., papai-noel, árvore de Natal, visco, fogueira, sempre-verde
etc.), por que, então, o mundo deveria acreditar na Igreja quando ela
realmente diz a verdade? Se você mente a respeito do nascimento de
Cristo e faz vistas grossa em relação à mitologia pagã, quando você
disser a seu vizinho sobre a ressurreição de Jesus, por que ele deveria
acreditar em você? Ao celebrar o Natal, você põe uma pedra de tropeço
diante de seu vizinho incrédulo. Ele poderia raciocinar com toda a
razão: visto que você fala e vive uma mentira acerca do nascimento de
Cristo, você não é confiável para falar sobre a ressurreição dele.
Alguns intelectuais já me disseram, depois de ter argumentado com eles a
respeito da morte e ressurreição de Cristo, que essas doutrinas eram
mitos propagados por pessoas simples da mesma forma que o papai-noel e o
coelhinho da Páscoa (é claro que a mentira sobre o Natal dura há tanto
tempo que a maior parte das pessoas a aceita como verdade). A Igreja
deve parar de macular a Palavra de Deus inspirada e infalível ao
posicionar fantasias humanas ao lado da revelação divina. O Natal
contradiz a narrativa bíblica do nascimento de Jesus.
O mundo ama o Natal
“… Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra
Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus” (Tg 4.4).
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há” (1Jo 2.15).
Quem é o verdadeiro guia? Não deve a Igreja do Senhor
Jesus Cristo servir de exemplo para o mundo? Não é ela o sal e a luz das
nações? É correto que ela siga o modelo pagão? O Natal não se origina
na Bíblia nem na igreja apostólica; é totalmente pagão. O dia, a
árvore, a troca de presentes, o visco, as frutas vermelhas sagradas —
tudo isso tem origem nas festividades pagãs idolátricas do solstício de
inverno. A Igreja de Roma comprometida e apostatada tomou as práticas
pagãs e tentou cristianizá-las. Todos os transgressores da lei, as
pessoas que odeiam a Cristo, os adoradores de ídolos e incrédulos
pagãos amam o Natal. Por quê? Porque o Natal não é bíblico, não procede
de Deus, é uma mentira. Satanás, seu mestre, é o pai da mentira.
Ateus, homossexuais, feministas, políticos ímpios, assassinos,
molestadores de crianças e idólatras —todos— amam o Natal. Se essa fosse
uma data bíblica, e sua observância uma ordenança, o mundo o amaria?
Com toda certeza: não! O mundo odiaria o Natal. “Ora, o homem natural
não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura” (1Co 2.14). Por acaso o mundo ama o dia do Senhor, o sábado
cristão? Claro que não. O mundo o odeia. O mundo ama e obedece ao Rei
dos reis e Senhor dos senhores ressurreto? Não! O mundo odeia Jesus. O
mundo é capaz de amar um bebezinho de plástico ou de barro em uma
manjedoura. Um bebezinho de plástico não é muito ameaçador. Entretanto,
Jesus não é mais um bebezinho. Ele é o rei glorificado que se assenta à
destra do Pai. “… Ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a
carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo” (2Co 5.16).
A Bíblia ensina que “a sabedoria deste mundo é loucura
diante de Deus” (1Co 3.19). “Assim diz o SENHOR: Não aprendais o
caminho dos gentios… Porque os costumes dos povos são vaidade” (Jr
10.2,3). O apóstolo Paulo tinha em mente uma aplicação bem mais ampla
que apenas ao casamento quando disse, “Não vos prendais a um jugo
desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a
injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há
entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que
consenso tem o templo de Deus com os ídolos? [...] Por isso saí do meio
deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu
vos receberei” (2Co 6.14-17). Quando a Igreja possui algo em comum
relacionado à adoração e à religião com o mundo pagão incrédulo, ela,
nessa área, jaz sob o mesmo jugo que os incrédulos. A Igreja não deve
celebrar um feriado pagão com o mundo pagão. Quanta hipocrisia e
impiedade!
Não seja enganado
Paulo nos adverte que “Satanás se transfigura em anjo de
luz” (2Co 11.14). Essa é a razão pela qual os festivais pagãos em todo o
mundo são dias de diversão, dias de comidas especiais, festas,
desfiles, reuniões familiares e de troca de presentes. O objetivo de
Satanás não é simplesmente escravizar indivíduos, mas também controlar
instituições, culturas e nações. O calendário pagão de “dias santos”,
nos quais os festivais pagãos são celebrados no tempo exato a cada ano,
é um recurso inspirado por Satanás para envolver culturas inteiras na
rebelião contra a aliança divina. Ele deseja que pessoas e países sejam
escravizados por rituais pagãos e pelas trevas. Uma cultura está
saturada de satanismo quando festivais, ritos e cerimônias pagãs se
tornam tão naturais que não são mais questionados em determinada
sociedade.
Como puderam os cristãos ser enganados a ponto de celebrar
um dia festivo pagão? O dia foi transformado de um período de trevas
em um dia de luz. Como isso aconteceu? É muito simples: a primeira coisa
a ser feita é mentir. Ensine que esse dia é o aniversário de Cristo. O
fato de Jesus não ter nascido nesse dia não importa. Pouquíssimas
pessoas averiguarão os fatos. E quem o fizer será considerado fanático,
pessoas indesejadas como Scrooges modernos. A seguir, transforme a
data em um dia de reunião familiar, com presença obrigatória de todos.
Que coisa maravilhosa: um dia para a família toda jantar junta e
apreciar seus valores. Faça-o também um dia de presentes e de caridade,
um dia de se preocupar com o próximo e de partilhar. Quem se oporia a
isso? A seguir, dedique-o a todas as crianças do mundo, um dia repleto
de lembranças agradáveis. É um dia de sentimentalismo intenso. Não corre
uma pequena lágrima de seu olho quando você pensa em pais e irmãos
reunidos perto da árvore? Certifique-se de que todas as cidades
(independentemente do tamanho) estejam decoradas a caráter. Mantenha a
indústria do entretenimento a todo o vapor com artigos especiais,
filmes, espetáculos e recitais. Exerça pressão em sua comunidade, local
de trabalho, igreja e família sobre quem não celebra o dia para que
seja considerado perversor da verdade ou desconectado da realidade.
Essa estratégia tem sido efetiva? Sim, e muito. Houve um
tempo quando presbiterianos e congregacionais disciplinavam irmãos pela
celebração do Natal. Para os protestantes da ala calvinista da Reforma,
a celebração desse dia foi impensável durante quase 300 anos. Agora se
você for presbiteriano e não celebrar o Natal, irmãos da mesma
denominação pensarão que você é fanático. Os protestantes têm sido
enganados, iludidos, ludibriados e tapeados por terem esquecido o
Princípio Regulador do Culto a Deus: “Toda a Palavra de Deus é pura:
escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras,
para que não te repreenda e sejas achado mentiroso” (Pv 30.5,6).
Haveria apenas uma razão aceitável para o cristão celebrar o Natal, e
ela seria uma ordem direta da Palavra de Deus para assim proceder.
Visto que não há uma instrução implícita ou explícita para agir dessa
forma, sua celebração é proibida.
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